Monday, September 27, 2010

FILHA ESCREVE SOBRE MÉDICO E CRONISTA MARCUS ARANHA

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O médico e escritor Marcus Aranha, que “nunca admitiu recuar em uma luta”, é retratado em artigo, no Correio da Paraíba, pela filha Luciana Aranha



Luciana Aranha publica no Correio da Paraíba depoimento sobre o pai médico que luta há anos contra um câncer


Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor
druzz.tjpb@gmail.com

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Este artigo é também reproduzido pelos seguintes URLs:

- Blog Cultural EL THEATRO, de Elpídio Navarro: www.eltheatro.com

- Portal PS OnLine, de Paulo Santos: www.psonlinebr.com

- Portal Literário RECANTO DAS LETRAS:
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/druzz

- Portal do Jornal A UNIÃO ON LINE:
www.auniao.pb.gov.br

- Blog DRUZZ ON LINE, de Evandro da Nóbrega:
http://druzz.blogspot.com



Por sermos admirador do insigne médico, escritor, historiador e cronista Marcus Aranha é que tomamos a liberdade de reproduzir aqui (mais abaixo) artigo de autoria de Luciana Aranha, sob o título de "Nasceu para lutar" e publicado no jornal Correio da Paraíba de 28 de setembro de 2010. 
Luciana é filha do grande médico paraibano Marcus Aranha, que indômita e valentemente, uta há anos contra um câncer. Ao artigo que publicou sobre o pai, Luciana acrescenta uma foto, tendo por legenda esta frase: "Ele nunca admitiu recuar em uma luta."
A publicação do artigo, pelo jornal, foi imediatamente comunicada a redes sociais da Internet e a grupos de discussão on line, como o LivrePensar (comunicação do professor Ivaldo Gomes) e o grupo Umas & Outras, de Clotilde Tavares (comunicação da Dra. Aglaé Fernandes).
Sobre o artigo de Luciana Aranha, Ivaldo Gomes destacou: "Marcus Aranha é um exemplo de vida. De um médico que se dedicou a vida toda em salvar vidas de verdade. Neste domingo de pouco sol, que a vida brilhe em seu peito e renove suas energias para mais uma luta. Agora, por sua própria vida. Que Deus o proteja e lhe recobre a saúde". 
Ao chamar a atenção para o artigo de Luciana, Aglaé Fernandes, por sua vez, assinalou: "Vejam a delicada homenagem que Marcus [Aranha] recebeu da filha. Parabéns aos dois! E haja luta e haja vitória!"
O artigo de Luciana Aranha (que é também sobrinha do acadêmico e agitador cultural paraibano Carlos Aranha) tem o seguinte teor:


NASCEU PARA LUTAR
 
por Luciana Aranha


Hoje o leitor deste espaço com certeza notará a diferença de estilo literário. Não há porque esconder ou não lembrar aos leitores de Marcus Aranha que ele luta contra o câncer há alguns anos, até porque ele mesmo, com total desprendimento, já tornou pública sua luta.
Luta, palavra que cabe e combina bem com este homem. Lutou a vida inteira, e, até onde tenho conhecimento, venceu todas as batalhas. Começou aos 14 anos na padaria do Tio Waldemar. Com uma bacia contendo água e açúcar, dava lustre em pão doce. Foi também ali onde adquiriu sua primeira vitória: foi promovido a caixa da padaria, para seu orgulho de rapazote. 
A partir daí, só cresceu, lutando para concluir os estudos, lutando para entrar na Faculdade de Medicina e se tornar médico. Médico reconhecido e renomado na Paraíba, vitorioso na profissão e líder de sucesso em tantas instituições, como INAMPS, Instituto Cândida Vargas, Maternidade Frei Damião, GEAP, dentre outras. Por sua competência e honestidade, deixou admiradores e amigos por onde passou. 
Passei minha infância e adolescência vendo este homem lutar, lutar dando a vida a muitos, lutar por reerguer instituições, pela saúde das pessoas, pela saúde da Paraíba, e até estar um pouco ausente da família para lutar pelos que mal conhecia. Cresci vendo Marcus Aranha ajudar e lutar direta ou indiretamente pelo próximo.
E lutar sempre com muita paixão. Recentemente ouvi, contado por uma médica renomada, o depoimento de que Marcus costumava passear durante as madrugadas pelas casas de saúde sob sua responsabilidade. Segundo ela, um exemplo raro.
Um homem apaixonado por tudo o que realiza. No início de sua carreira, quando trabalhava na perícia médica do INAMPS, um colega mais experiente o aconselhou a andar armado, para se proteger dos falsos doentes. Ele, intenso nas suas paixões, seguiu o conselho, convertendo-o em uma biblioteca sobre armas, em um estande de tiros no seu sítio e em uma coleção de armas antigas que enfeitavam as paredes de nossa casa.
Ele nunca admitiu recuar em uma luta, e hoje luta por si mesmo com uma garra que continua orgulhando e surpreendendo aos que lhe cercam. Dizem que o apogeu da inteligência de um homem chega quando ele é capaz de rir de si mesmo e de suas desgraças. Se for assim, ele está entre eles.
Mesmo com tanto sofrimento que o tratamento do câncer provoca, houve quem já dissesse que, se fôssemos visitá-lo e ouvir seus comentários sobre a luta contra doença, ao final estaríamos todos morrendo de rir com o espírito de Marcus. Eu mesma fui testemunha de vê-lo sofrer de uma tremenda falta de apetite, sem comer há três dias, olhar para um pão com um ar de riso e dizer: “Estou morrendo de raiva deste pão, então vou comê-lo. Você não quer entrar, mas vou comê-lo todinho”. Depois do pão, ele contou a piada do estudante de Medicina que, preocupado, disse ao colega que achava que estava com anorexia, porque não comia ninguém há dois meses.
Também ouvi comentários sobre suas taxas sanguíneas, que lhe preocupam tanto. Seu médico havia lhe informado, muito preocupado, que sua ferritina (nível de ferro no sangue) estava alta. Ele, espirituoso, respondeu que também se preocupava, pois mora no Seixas, em frente ao mar, e, com tanto ferro no sangue, levando aquela maresia, iria enferrujar. São tantas tiradas de humor, que seria impossível contá-las aqui.
Pois é... Queria que neste domingo além dos leitores habituais deste espaço, Marcus Aranha também o fosse. Ele que já escreveu sobre tantos temas e tanta gente. Aposentado do trabalho diário e das grandes instituições, não se aposentou de lutar, e continua nos orgulhando por sua força. Pai, nos orgulhamos muito de você...

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Saturday, September 11, 2010

COMO FOI A REUNIÃO DOS POETAS POPULARES EM JOÃO PESSOA (6)

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[Clique nas fotos para ampliá-las, com suas respectivas legendas]


TRIBUTO À ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL


Evandro da Nóbrega,
Escritor, Jornalista, Editor
[druzz.tjpb@gmail.com]
[druzz@reitoria.ufpb.br]



FOTOS de Michelle Cristina Oliveira
para o NUDOC da UFPB


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Apresentamos (mais abaixo) as glosas produzidas pelo poeta José Walter Pires sobre a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, instituição em que ele foi recentemente empossado como um dos mais recentes "imortais" a ingressarem em seus quadros acadêmicos. É o poeta José Walter Pires, recentemente eleito e "entronizado" na ABLC, um baiano de Ituaçu, residindo atualmente em Brumado, sudeste da Bahia. 

Além de poeta (especialmente poeta popular), é também sociólogo, advogado e educador, bem como atuante e participativo membro das atividades socioculturais de seu Estado natal, como produtor e escritor incansável de livretos de cordel. 

Neste particular, já tem diversos títulos publicados, versando os mais diversos temas, incluindo o folclore, fatos do cotidiano, assuntos históricos, políticos, ambientais, governamentais, educativos, sendo estes o seu principal foco de interesse. Acaba de publicar, em versos de cordel, “A história da Ordem dos Advogados de Brasil”.

OS DOIS OUTROS NOVOS "IMORTAIS"

Além de José Walter Pires, dois outros novos "imortais", como se vê na Parte IV deste extenso noticiário sobre a Plenária da ABLC em João Pessoa (PB), tomaram posse em cadeiras da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Foram eles: 1) João Dantas; e 2) Beto Brito, a seguir apresentados com suas minibiografias:

QUEM É JOÃO DANTAS — O poeta João Dantas (João Cristóstomo Moreira Dantas), um dos eleitos para os quadros da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, nasceu em janeiro de 1954, em Nova Palmeira, antigo distrito de Picuí (PB). 

É ator, autor e diretor teatral, produtor musical e poeta popular, além de compositor e pesquisador do folclore nordestino, radialista filiado à Associação Campinense de Imprensa e à Associação Paraibana de Imprensa. Até recentemente, ocupava o cargo de Vereador (quadriênio 2004/2008). É casado há 35 anos com a Srª. Janete Dantas, com quem tem cinco filhos, que lhes deram cinco netos.


QUEM É BETO BRITO — Já o poeta Beto Brito, também eleito e empossado como acadêmico da ABLC, autodefine-se como rabequeiro-nordestino e cordelista-brasileiro. Cresceu em meio às feiras-livres no interior do Piauí, a partir mesmo do município de Santo Antonio de Lisboa, cidade onde nasceu em 1962 e em que viveu até o início da adolescência.

Aos 12 anos de idade, mudou-se para Picos (PI), onde continuou sua vida de vendedor ambulante, trabalhando na feira do Mercado Central. Nesse período, teve a oportunidade de conviver com violeiros, cegos, repentista, mágicos, trapaceiros, romeiros, ciganos, malandros, coquistas, emboladores e vendedores ambulantes daquela região. Aos 17 anos, resolveu buscar os sonhos em torno da Música e da Literatura: deixou Picos e foi morar em Fortaleza (CE), Recife (PE), São Luís (MA) e Teresina (PI). Por fim, veio dar com os costados na Paraíba, Estado em que fez morada e onde também desenvolve sua arte.

O QUE DIZ CHICO SALLES AO PRESIDENTE GONÇALO FERREIRA
O diretor cultural da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, poeta popular e multiartista Chico Salles (de Araújo), paraibano de Sousa, envia-nos, ao Presidente da Academia, poeta Gonçalo Ferreira, e a todos nós, admiradores da Literatura Popular, mais um texto sobre a repercussão da Reunião Plenária realizada pela ABLC em João Pessoa, capital da Paraíba. 

Trata-se de uma série de glosas escritas pelo novo acadêmico José Walter Pires, que tomou posse numa cadeira da Academia justamente no dia 21 de agosto de 2010, quando do encontro pessoense. 

Chico Salles considera esta série de glosas "uma maravilha" e sugere sua transcrição no blog da ABLC. Aqui, vamos logo transcrevendo-a, com outra observação de Chico Salles: a próxima Reunião Plenária da Academia Brasileira de Literatura de Cordel será realizada no dia 18 de setembro, às 16 h em sua sede do Rio de Janeiro. Na ocasião, será comemorado o 22º. aniversário de existência da ABLC. Tal comemoração se configurará numa "grande festa, que vem sendo efusivamente produzida pelo acadêmico Willian J. G. Pinto", para usar as próprias palavras de Chico Salles, o incansável diretor cultural da entidade.

AINDA NAS COMEMORAÇÕES ANIVERSÁRIAS

Dentro desta programação de aniversário, a Academia terá igualmente, conforme planejado no calendário oficial de 2010, "O Cantador dos Quatro Cantos", isto é, o acadêmico Marcus Lucenna, falando sobre seu Patrono, o poeta e editor João Martins de Athayde. Para o sucesso das comemorações, acredita Chico Salles que será "muito importante a divulgação e a participação de todos". Mesmo porque, ao final da Reunião Plenária, haverá shows e apresentações de vários artistas.

E, agora, vamos apresentar, finalmente, o texto com as glosas do poeta José Walter Pires, que acaba de ser empossado numa das Cadeiras da ABLC. Seus versos intitulam-se justamente


TRIBUTO À ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL

Autor: José Walter Pires,
"imortal" da ABLC


1.

Mês de agosto, 21
2010, do corrente
Foi um dia incomum
Gravado na minha mente
Pra ficar eternamente
Porque solene restou
Tudo que se registrou
Numa noite nordestina
Paraíba, masculina
Mulher macho, sim senhor!

2.

A posse na Academia
Brasileira de Cordel
De um poeta da Bahia
E modesto menestrel
Com seus versos no papel
Como aprendiz trovador
Que sabe render louvor
A quem essa glória arrima
Paraíba masculina
Mulher macho, sim senhor! 

3.

As palavras são pequenas
Para tanta gratidão
Fruto de emoções extremas
Ao bater do coração
No rito da ocasião
Envolvente, acolhedor
Do qual fui merecedor
Elevando a minha estima
Paraíba masculina
Mulher macho, sim Senhor!

4.

De Gonçalo, Presidente
Da augusta ABLC
Do cordel um expoente
É mister reconhecer
Aplaudir e enaltecer
Pois isso não é favor
Que se faz ao Protetor
Desse Ofício que sublima
Paraíba masculina
Mulher macho, sim senhor!

5.

Grande Manoel Monteiro
Cuja verve é um vulcão
De poeta alvissareiro
Buscando a transformação:
— O cordel na educação
Defendendo com ardor
De moderno professor
Esse sonho que colima
Paraíba masculina
Mulher macho, sim senhor!

6.

Chico Salles, bom poeta
Cantador e forrozeiro
Que vive fazendo festa
Lá no Rio de Janeiro
Com eventos o ano inteiro
Vai mostrando seu valor
Como artista e produtor
Da cultura que domina
Paraíba masculina
Mulher Macho, sim senhor!

7.

Presente Moraes Moreira
Entre diversos artistas
Da cidade hospitaleira
Cantadores, repentistas
Escritores, jornalistas
Demonstrando com ardor
Todo afetivo calor
Numa expressão genuína
Paraíba masculina
Mulher macho, sim senhor!

8.

João Dantas, Beto Brito
Pela mesma faculdade
Traduzida pelo rito
Daquela solenidade
Dois poetas de verdade
Cada qual merecedor
Da honra que se forjou
Pelas veredas da sina
Paraíba masculina
Mulher macho, sim senhor!

9.

O meu tributo termino
Pois palavras já não tenho
Para não perder o tino
Nestes versos me contenho
Mas valeu o meu empenho
Como simples trovador
Por satisfeito me dou
Como o bom senso me ensina
Paraíba masculina
Mulher macho, sim senhor!

10.

Vou deixar as despedidas
Para voltar outro dia
E pelas horas vividas 
Foi grande a minha alegria
No seio da confraria
Que o destino me doou
Imortal — agora sou 
Nesta vida severina
Paraíba masculina
Mulher macho, sim senhor!

11.
Excelsa ABLC
Lá no Rio de Janeiro
Vá um dia conhecer
Gonçalo, seu timoneiro 
O Presidente primeiro
Grande idealizador
Da Entidade cujo amor
Transformou em obra-prima
Paraíba masculina
Mulher macho, sim senhor!

12.
Meu adeus, João Pessoa 
Aprazível Capital
A terra de gente boa
E de feição cultural
Como não há outra igual
Assim Monteiro cantou
E para o Mundo mostrou
Sua face feminina
Paraíba masculina
Mulher macho, sim senhor!


José Walter Pires,
agosto de 2010



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Monday, September 06, 2010

COMO FOI A REUNIÃO DOS POETAS POPULARES EM JOÃO PESSOA (5)

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TEXTO DE DRUZZ SOBRE POETAS POPULARES NA PARAÍBA SERVIRÁ COMO ATA OFICIAL DESSA PLENÁRIA DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL — E SERÁ ASSIM PUBLICADA EM SEUS ANAIS 


O presidente da ABLC, Gonçalo Ferreira, e seu Diretor Cultural, Chico Salles, informam:

1) ainda repercute a histórica Reunião Plenária realizada a 21 de agosto no Cine Banguê do Espaço Cultural "José Lins do Rego", em João Pessoa;


2) A reportagem (sem dúvida a mais completa e a mais bem ilustrada) sobre o evento, elaborada pelo escritor, jornalista e editor Evandro da Nóbrega — e disponibilizada em seu blog DRUZZ ON LINE — será considerada a Ata Oficial dessa Plenária; e, nesta qualidade, será publicada nos "Anais da ABLC", como um dos mais completos registros feitos sobre as atividades da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, em 2010; 


3) O registro oficial desta decisão será efetivado na próxima Plenária da entidade, que ocorrerá na sede da ABLC, no dia 18 de setembro vindouro.


Please, não deixem de ver o link: 


http://druzz.blogspot.com/

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COMO FOI A REUNIÃO DOS POETAS POPULARES EM JOÃO PESSOA (ATÉ AGORA, EM CINCO PARTES)

A Reunião Plenária da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no sábado, 21 de agosto, trouxe a João Pessoa grande número de poetas populares de todo o Brasil. O que o leitor vai encontrar nesta série de textos não se pretende a melhor cobertura do encontro — mas deverá ser a cobertura mais extensiva... Além do mais, vai-se ela ampliando pelo envio de novos materiais da lavra dos próprios participantes interessados em manifestar sua opinião... 


Evandro da Nóbrega,
Escritor, Jornalista, Editor
[druzz.tjpb@gmail.com]
[druzz@reitoria.ufpb.br]


FOTOS de Michelle Cristina Oliveira
para o NUDOC da UFPB

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- Portal Literário RECANTO DAS LETRAS:
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/druzz

- Portal do Jornal A UNIÃO ON LINE:
www.auniao.pb.gov.br

- Blog DRUZZ ON LINE, de Evandro da Nóbrega:
http://druzz.blogspot.com

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SEM CORRER VISÃO E SEM
FAZER MAL-ASSOMBRADO...

(mas ainda sobre a reunião de Poetas de todo o Brasil, promovida a 21 de agosto, em João Pessoa, PB, pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel, à frente o Presidente Gonçalo Ferreira e o Diretor Cultural Chico Salles Araújo)


Ex-cabra de Lampeão,
por nome Pilão-de-Pé,
odeia o falso islâmico
qui mata e cita Maomé...
— Mas faz agora um convite:
"O Druzz On Line visite
pra nas coisas tomar pé!"...

http://druzz.blogspot.com

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ALGUNS PORTAIS E BLOGS DE INTERESSE

Para além dos sites e demais endereços e links já citados nas páginas anteriores, não se podem esquecer instituições, órgãos e entidades como os seguintes, da mesma forma voltados para a defesa da Literatura Popular, da Literatura de Cordel e itens correlatos. O seu apoio, em geral, a todos, e a cada um deles, em particular, é muito importante para que se preservem em nosso país séculos de Cultura popular da mais autêntica. A seguir, uma relação, ainda que bem incompleta, de alguns desses centros (Você pode enviar a lista dos que estão faltando, que eles irão sendo acrescentados à medida que chegarem):

  • Academia Brasileira de Literatura de Cordel: www.ablc.com.br
  • Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular: www.cnfcp.gov.br
  • Museu do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular: www.museudofolclore.com.br
  • Associação Brasileira de Música e Artes: http://www.abramus.org.br.com.br
  • Site do ECAD (legislação, direitos autorais, consultas etc): www.ecad.org.br
  • Blog do poeta Chico Salles [de Araújo]: www.chicosalles.com.br/
  • Blog sobre Literatura de Cordel do universo feminino: http://cordeldesaia.blogspot.com/
  • Site sobre a Cultura nordestina: www.nordesteweb.com
  • Cordel On Line: www.cordelonline.com.br
  • Blog Cordel de Saia [de responsabilidade das poetisas Maria do Rosário Pinto e Dalinha Catunda, isto é, Maria de Lourdes Aragão Catunda, de Ipueiras, CE]: www.cordeldesaia.blogspot.com
  • Primeiro Portal de Notícias do Sertão: www.obeabadosertao.com.br
  • Câmara Brasileira de Jovens Escritores: www.camarabrasileira.com/cordel29.htm
  • Blog Cultura Nordestina: http://culturanordestina.blogspot.com
  • Blog Encontro com Poetas: http://encontrocompoetas.blogspot.com
  • Blog do Linaldo Guedes: www.linaldoguedes.blog.uol.com.br
  • Blog do poeta Antônio Araújo Campinense, o Poeta do Campo: http://ppoetacampinense.flog.oi.com.br/
  • Poeta Marco di Aurélio: www.marcodiaurelio.com


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ALGUNS DOS MUITOS ESTUDIOSOS DA POESIA POPULAR, DO CORDEL E DE TEMAS CORRELATOS




  • Átila Augusto Freitas de Almeida, autor, com José Alves Sobrinho, do precioso Dicionário bio-bibliográfico de repentistas e poetas de bancada [Editora Universitária, 1978, João Pessoa].
  • Alfredo de Carvalho (1870-1916)
  • Mário de Andrade (1893-1945) 
  • Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
  • Zilda Paim (nascida em Santo Amaro da Purificação, no ano de 1919)
  • Dilu Melo (Maria de Lourdes Argollo Oliver, 1913-2000)
  • Umberto Peregrino Seabra Fagundes (1911-2003)
  • Hildeberto Barbosa Filho, crítico literário paraibano


[ESTA LISTA, CLARO, IRÁ AUMENTANDO!]



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CADEIRAS, PATRONOS, OCUPANTES

A Cadeira número 1 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel tem como Patrono o grande poeta brasileiro Leandro Gomes de Barros, nascido em Pombal (PB). E esta primeira Cadeira é com muita justiça ocupada pelo atual presidente da Academia, o poeta cearense Gonçalo Ferreira da Silva.

Já a Cadeira número 2 tem por Patrono o poeta José Pedro de Barros, sendo o seu ocupante atual o poeta sergipano Gilmar Santana.

Da Cadeira 3, é Patrono o poeta Firmino Teixeira do Amaral (o atual ocupante é o carioca Fábio Sombra).

Na Cadeira 4, pontifica o Patronato de Apolônio Alves dos Santos (Cadeira ocupada pelo poeta cearense Moreira de Acopiara)

A Cadeira 5, patronímica de José Camelo, tem como atual ocupante o poeta João José dos Santos (Azulão), da Paraíba.

A Cadeira número 6 tem por Patrono Guerra Vascurado — e seu atual ocupante é potiguar Sepalo Campelo.

Cabe o Patronato da Cadeira número 7 ao grande poeta João Martins de Athayde (sendo ocupada atualmente por Marcus Lucenna, do Rio Grande do Norte).

A Cadeira número 8 é do Patrono Sebastião Nunes Batista, sendo ocupada hoje pelo artista e poeta Bule Bule, da Bahia.

Na Cadeira número 9, temos como Patrono o poeta Luiz da Costa Pinheiro — e ela é ocupada por outro vate, Olegário Alfredo, de Minas Gerais).

A Cadeira número 10 pertence ao Patrono Catulo (da Paixão) Cearense e é hoje ocupada pelo paraibano de Sousa Chico Salles de Araújo, também Diretor Cultural da ABLC.

Eis a relação das Cadeiras restantes, com os nomes de seus Patronos e eventuais ocupantes:

CADEIRA 11 — Patrono: José Pacheco [atual ocupante: Klévisson Viana]

CADEIRA 12 — Patrono: Francisco das Chagas Batista [ocupante anterior: Paulo Nunes Batista]

CADEIRA 13 — Patrono: Delarme Monteiro

CADEIRA 14 — Patrono: Pacífico Pacato Cordeiro Manso (atual ocupante: William J. G. Pinto, de Alagoas)

CADEIRA 15 — Patrono: Patativa do Assaré (atual ocupante: Antônio Francisco Teixeira de Melo, do Rio Grande do Norte)

CADEIRA 16 — Patrono: Veríssimo de Melo (atual ocupante: Adriana Cordeiro Azevedo, do Rio de Janeiro)

CADEIRA 17 — Patrono: Silvino Pirauá (atual ocupante: o mineiro Manoel Santamaria)

CADEIRA 18 — Patrono: José Bernardo da Silva (atual ocupante: Maria do Rosário Pinto, poetisa maranhense)

CADEIRA 19 — Patrono: Leonardo Mota (atual ocupante: a carioca de origem sefardita Messody Ramiro Benoliel, advogada, poetisa, cantora, compositora, fundadora de várias instituições e presidente de outras)

CADEIRA 20 — Patrono: Manoel d'Almeida Filho (ocupante anterior: Glória Fontes Puppin; atual ocupante: João Dantas)

CADEIRA 21 — Seu Patrono é o poeta Joaquim Batista de Sena, nascido em Patos (PB), mas que morou por muitos anos no Ceará, especialmente em Redenção (o atual ocupante é o poeta Guaipuan Vieira, nascido no Piauí mas radicado no Ceará)

CADEIRA 22 — Patrono: Antônio Batista Guedes (ocupante anterior: Argeu Sebastião da Motta)

CADEIRA 23 — Patrono: Capistrano de Abreu (ocupante anterior: Agenor Ribeiro; atual ocupante: Sergival Silva, de Sergipe)

CADEIRA 24 — Patrono: Francisco Sales Areda (ocupante anterior: Heloisa Crespo; atual ocupante: o poeta cearense José Maria de Fortaleza)

CADEIRA 25 — Patrono: Juvenal Galeno (ocupante anterior: Francisco Silva Nobre; atual ocupante: Maria de Lourdes Aragão Catuda, do Ceará)

CADEIRA  26 — Patrono: Luís da Câmara Cascudo (atual ocupante: o também norte-rio-grandense Crispiniano Neto)

CADEIRA 27 — Patrono: Severino Milanês - Atual ocupante: Victor Alvim Garcia (Lobisomem), do Rio de Janeiro

CADEIRA 28 — Patrono: Caetano Cosme da Silva - Ocupante: João Batista de Melo, de Sergipe

CADEIRA 29 — Manoel Caboclo e Silva (atual ocupante: a carioca Maria Luíza Gomes dos Santos de Oliveira)

CADEIRA 30 — Patrono: José Galdino da Silva Duda (atual ocupante: o pernambucano Cícero Pedro de Assis)

CADEIRA 31 — Patrono: Umberto Peregrino (General do Exército, ex-Diretor da Biblioteca do Exército, reconhecido estudioso da Literatura Popular) - Atual ocupante: Ivamberto Albuquerque Oliveira, da Paraíba

CADEIRA 32 — Patrono: Zé da Luz (José da Luz) - Atual ocupante: Antônio de Araújo (Campinense, o Poeta do Campo), poeta nascido em Campina Grande há mais de 80 anos e ainda bem ativo.

CADEIRA 33 - Patrono: Rodolfo Coelho Cavalcante (atual ocupante: Wanda Brauer, da Bahia)

CADEIRA 34 - Patrono: Manoel Camilo dos Santos - Atual ocupante: o poeta paraibano Luís Nunes Alves (Severino Sertanejo), autor de uma História da Paraíba em Versos. É Conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.

CADEIRA 35 — Patrono: Manoel Pereira Sobrinho - Ocupante atual: Sávio Pinheiro, do Ceará

CADEIRA 36 — Patrono: Expedito Sebastião da Silva (atual ocupante: João Firmino Cabral, de Sergipe)

CADEIRA 37 - Patrono: José Soares (atual ocupante: J. Victtor, de Minas Gerais)

CADEIRA 38 — Patrono: Manoel Tomaz de Assis (atual ocupante: o grande poeta popular nordestino Manoel Monteiro, nascido em Bezerros (PE), mas radicado há muitos anos em Campina Grande. Manoel Monteiro é um dos poetas mais atuantes dentre aqueles
classificados como da "velha guarda"; vem, no entanto, modernizando o Cordel, não apenas na prática poética, mas por intermédio de conferências e outras intervenções nas áreas crítica e universitária.

CADEIRA 39 — Patrono: Sebastião do Nascimento - Atual ocupante: Pedro Costa, do Piauí

CADEIRA 40 — Patrono: João Melquíades Ferreira (atual ocupante: Arievaldo Viana, do Ceará).

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Saturday, September 04, 2010

COMO FOI A REUNIÃO DOS POETAS POPULARES EM JOÃO PESSOA (4)

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[Clique na foto para vê-la ampliada com sua respectiva legenda]


Reunião Plenária da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no sábado, 21 de agosto, trouxe a João Pessoa grande número de poetas populares de todo o Brasil. O que o leitor vai encontrar nesta série de textos não se pretende a melhor cobertura do encontro — mas deverá ser a cobertura mais extensiva... Além do mais, vai-se ela ampliando pelo envio de novos materiais da lavra dos participantes... 


Evandro da Nóbrega,
Escritor, Jornalista, Editor
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[druzz@reitoria.ufpb.br]


FOTOS de Michelle Cristina Oliveira
para o NUDOC da UFPB

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http://recantodasletras.uol.com.br/autores/druzz

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A POSSE DOS TRÊS NOVOS ACADÊMICOS:
João Dantas, Beto Brito e José Walter Pires

A decisão de realizar a Plenária de agosto em João Pessoa tem uma explicação, dada pela própria diretoria da ABLC: "A Paraíba é berço de expressivos e atuantes cordelistas. Além do mais, vamos empossar, durante a Plenária, TRÊS NOVOS POETAS POPULARES (cordelistas) recentemente eleitos como nossos Acadêmicos:
1) o poeta João Dantas (João Crisóstomo Moreira Dantas);
2) o poeta Beto Brito; e
3) o poeta José Walter Pires."


QUEM É JOÃO DANTAS — O poeta João Dantas (João Cristóstomo Moreira Dantas), um dos eleitos para os quadros da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, nasceu em janeiro de 1954, em Nova Palmeira, antigo distrito de Picuí (PB). É ator, autor e diretor teatral, produtor musical e poeta popular, além de compositor e pesquisador do folclore nordestino, radialista filiado à Associação Campinense de Imprensa e à Associação Paraibana de Imprensa. Até recentemente, ocupava o cargo de Vereador (quadriênio 2004/2008). É casado há 35 anos com a Srª. Janete Dantas, com quem tem cinco filhos, que lhes deram cinco netos.


QUEM É BETO BRITO — Já o poeta Beto Brito, também eleito acadêmico da ABLC, autodefine-se como rabequeiro-nordestino e cordelista-brasileiro. Cresceu em meio às feiras-livres no interior do Piauí, a partir mesmo do município de Santo Antonio de Lisboa, cidade onde nasceu em 1962 e em que viveu até o início da adolescência. Aos 12 anos de idade, mudou-se para Picos (PI), onde continuou sua vida de vendedor ambulante, trabalhando na feira do Mercado Central. Nesse período, teve a oportunidade de conviver com violeiros, cegos, repentista, mágicos, trapaceiros, romeiros, ciganos, malandros, coquistas, emboladores e vendedores ambulantes daquela região. Aos 17 anos, resolveu buscar os sonhos em torno da Música e da Literatura: deixou Picos e foi morar em Fortaleza (CE), Recife (PE), São Luís (MA) e Teresina (PI). Por fim, veio dar com os costados na Paraíba, Estado em que fez morada e onde também desenvolve sua arte.


QUEM É JOSÉ WALTER — É o poeta José Walter Pires, igualmente recém-eleito para os quadros da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, baiano de Ituaçu, residindo atualmente em Brumado, sudeste da Bahia. Além de poeta (especialmente poeta popular), é também sociólogo, advogado e educador, bem como atuante e participativo membro das atividades socioculturais de seu Estado natal, como produtor e escritor incansável de livretos de cordel. Neste particular, já tem diversos títulos publicados, versando os mais diversos temas, incluindo o folclore, fatos do cotidiano, assuntos históricos, políticos, ambientais, governamentais, educativos, sendo estes o seu principal foco de interesse. Acaba de publicar, em versos de cordel, “A história da Ordem dos Advogados de Brasil”.

OS QUE RECEBERAM A 
MEDALHA "ROGACIANO LEITE"

Receberam a Medalha “Rogaciano Leite” os seguintes comunicadores, considerados pela Diretoria da ABLC "personagens gigantes da Cultura Popular Nordestina, os ilustres paraibanos”: 

1 - José Nêumanne Pinto, poeta, jornalista, cronista, comentarista de rádio e tv, profissional multipremiado;
2 - Os Nonatos (não puderam comparecer);
3 - David Fernandes (José David Campos Fernandes, subsecretário-executivo da Cultura), que também não pôde comparecer;
4 - O procurador jurídico da Subsecretaria Executiva da Cultura, Dr. José Gomes;
4 - Bráulio Tavares (igualmente não pôde comparecer); 
5 - Oliveira de Panelas, o Pavarotti dos Sertões, um dos maiores cantadores de viola, improvisadores e repentistas já surgidos no Brasil;
6 - Evandro da Nóbrega, escritor, jornalista, editor, que, bissextamente, produz décimas em Cordel, sob o pseudônimo de Vandim das Espinharas;
7 - Jessier Quirino, "arquiteto por profissão, poeta por vocação, matuto por convicção";
8 - Moraes Moreira, cantor e compositor que, cada vez mais, usa da Literatura de Cordel em suas músicas; 
9 - Marco di Aurélio, militante da Literatura de Cordel, que passa 24 h ao dia dedicando-se à disseminação do gênero entre o povão.


AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS 

Foram bastante lamentadas as ausências de Os Nonatos; do subsecretário-executivo da Cultura na Paraíba, José David Campos Fernandes; e do grande intelectual brasileiro (paraibano, campinense) Bráulio Tavares. Eles tinham compromissos inadiáveis, agendados anteriormente ao convite da ABLC. 

David Fernandes, por exemplo, se encontrava em São Paulo tratando de assuntos de interesse da Cultura paraibana — mas de lá telefonou, durante a solenidade, para saber se tudo corria em paz. David — juntamente com o secretário da Educação e Cultura Sales Gaudêncio (que, na noite anterior e no mesmo local, tomara posse como novo acadêmico integrante de outra Academia, a Paraibana de Letras) — cedeu o Cine Banguê para a realização da cerimônia e providenciou outras facilidades para que a Academia Brasileira de Literatura de Cordel pudesse reunir-se sem maiores tropeços no Espaço Cultural “José Lins do Rego”.

POR QUE ROGACIANO LEITE 

Mas as Medalhas deverão ser posteriormente enviadas a esses ausentes. Em tempo: trata-se da Medalha “Rogaciano Leite”, que homenageia um dos grandes cordelistas brasileiros e é comemorativa dos 22 anos de existência da ABLC. Ela surgiu assim: bem depois de se haver constituído o quadro de 40 cadeiras acadêmicas da Instituição (cada qual designada pelo nome de um grande poeta popular ou cordelista nacional), viu-se com pesar que fora esquecido o nome de um grande vate, justamente Rogaciano Leite; então, para se sanar tal lacuna, deu-se o nome de Rogaciano à Medalha.

Poeta, jornalista, advogado e também formado em Letras, Rogaciano Bezerra Leite nasceu no sítio Cacimba Nova (hoje município de Itapetim, PE) em primeiro de julho de 1920 e faleceu no Rio de Janeiro a 7 de outubro de 1969 [mas foi sepultado em Fortaleza (CE)]. De origem humilde (seus pais eram agricultores), era de privilegiada inteligência. Aos 15 anos, iniciou sua carreira de cantador, desafiando o violeiro Amaro Bernardino para uma cantoria em Patos (PB). Depois, Rogaciano saiu de Pernambuco e foi para o Rio Grande do Norte, instalando-se posteriormente em Caruaru (PE) e Fortaleza (CE). Era amigo do poeta Manuel Bandeira. 

UM POEMA EM MOSCOU 

Ainda depois, foi para São Paulo e Rio de Janeiro, de onde, na década de 1960, seguiria para a Europa, inclusive URSS. Numa praça de Moscou, deixou gravado um poema seu, sobre o proletariado.
Antes, nos anos de 1940, ao lado de Ariano Suassuna, organizou o I Congresso de Cantadores Repentistas do Brasil. Em 1950, teve um de seus livros prefaciados por Câmara Cascudo. É extraordinária a importância de sua contribuição poética para o desenvolvimento da Literatura de Cordel no Brasil.

DOCUMENTÁRIO DA UFPB 

Ainda com relação a este encontro plenário recém-concretizado pela ABLC: outra importante providência foi tomada pela Reitoria da Universidade Federal da Paraíba: a realização de um documentário institucional — um vídeo de 15 minutos para assinalar a importante passagem, por João Pessoa, de tão grande número de poetas populares, interessados em participar da primeira reunião da Academia Brasileira de Literatura de Cordel a realizar-se na Capital paraibana [Já se registraram, bem antes, outras duas reuniões plenárias da ABLC, mas em Campina Grande].
Para a produção desse marcante vídeo-documentário — dirigido pelo professor e pesquisador João de Lima Gomes, do NUDOC (Núcleo de Documentação Cinematográfica da UFPB) —, o cameraman Alfredo Amaral teve, no entanto, que filmar praticamente todo o encontro, que se iniciou às 14 h e somente se encerrou no início da noite. 

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA 

Já a fotógrafa Michelle Cristina Oliveira igualmente realizou, para o mesmo NUDOC, um trabalho de documentação fotográfica em torno do encontro: produziu um DVD com mais de 250 fotos em alta definição.

São delas, por exemplo, pratricamente todas as fotos aqui por nós divulgadas. Outro fotógrafo que passou o tempo todo dando os seus cliques foi o conhecido profissional da área e professor da UFPB Arion Farias, que tratou de obter fotogramas para seu próprio acervo. Afinal, não é todo dia que se reúnem tantos poetas populares, num só local!

MARCO DI AURÉLIO, o escritor, poeta, cordelista, fotógrafo, produtor cinematográfico e até mesmo uma espécie de militante diário, diuturno da Literatura de Cordel; anda com sua “malinha” de folhetos, artes e sortilégios, apresentando cantorias, folhetos e xilogravuras em quaisquer ambientes, das favelas às universidades; pernambucano de Bodocó e funcionário aposentado do Banco do Brasil, radicou-se na Paraíba há vários anos e revelou-se como o autor, no Brasil, da primeira edição de cordel em braille do Brasil;


CORDEL PARA CEGOS — Marco di Aurélio é realmente uma figura à parte, com sua longuíssima barba em forma de lamparina invertida. Ator, poeta, cordelista, fotógrafo, escritor, bota-de-sete-léguas-que-nunca-pára, Marco se transformou de há muito em autêntico militante da poesia popular. Até anda com uma mala chamativamente colorida, que abre nas ruas a fim de apresentar as novidades em termos de cordel.
É um dos que cultivam o chamado romance-cordel. Foi ele, no Brasil, o autor da primeira edição da literatura de cordel no sistema Braille — isto é, para deficientes visuais. Nascido em Cabrobó (PE), ele, que não pára quieto num canto, se fixou na Paraíba há muitos anos. Participa de tudo quanto é feira, livre ou não, especialmente se há um lugar reservado para o cordel.


JOSÉ NÊUMANNE PINTO — O acadêmico, escritor, jornalista, editorialista, poeta e compositor José Nêumanne Pinto nasceu em Uiraúna (PB), no ano de 1951, e trabalhou sucessivamente no Diário da Borborema, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, El Nuevo Herald, é desde 1996 editorialista do Jornal da Tarde e comentarista político e econômico do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) com o programa diário “Direto ao Assunto”, levado também ao ar pela Rádio Jovem Pan. Entre seus prêmios principais, destacam-se: Esso de Jornalismo, Troféu Imprensa, Prêmio Senador José Ermírio de Moraes, da Academia Brasileira de Letras, de melhor livro de 2004, com o romance “O silêncio do delator” [A Girafa Editora, 2005]; Medalha José Lins do Rego do Mérito Literário, concedida pela Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba; na Academia Paraibana de Letras, ocupa a Cadeira 01, cujo Patrono é o poeta Augusto dos Anjos.

David Fernandes (ou José David Campos Fernandes, atual subsecretário-executivo da Cultura estadual, na Paraíba), é Doutor em Comunicação e, anteriormente, trabalhara na UFPB, com uma bela carreira de professor e, também, de profissional da área de Comunicação Social; foi ele quem implantou todo o Polo Multimídia, que reúne os serviços de Imprensa, Rádio e TV.

Com Bráulio Tavares, também, não se podem economizar palavras. Trata-se de um dos grandes profissionais brasileiros da palavra, nascido em Campina Grande. Há anos, caladinho, a partir da Paraíba, vem revolucionando a crônica brasileira, "atirando" de sua pequena/grande trincheira: a coluna diária que mantém no Jornal da Paraíba.
   
Oliveira de Panelas, o Pavarotti dos Sertões, um dos maiores cantadores de viola, improvisadores e repentistas já surgidos no Brasil.

Evandro da Nóbrega, escritor, jornalista, editor, que, bissextamente, produz décimas em Cordel, sob o pseudônimo de Vandim das Espinharas; é muito sincero, também: na hora de receber a Medalha "Rogaciano Leite", disse, entre outras "aresias" [heresias], que, "nestes 50 anos de estudo, só aprendi BEM duas coisas: 1) a ler ruim; e 2) a escrever pior"...

Jessier Quirino, "arquiteto por profissão, poeta por vocação, matuto por convicção", que tem modificado a forma pela qual o grande público recepciona a Literatura de Cordel, graças a suas obras produzidas em CD, DVD e vídeo;

Moraes Moreira, cantor e compositor que, cada vez mais, usa da Literatura de Cordel em suas composições. Diz-se até que, na pisada que vai, Moraes Moreira, dentro de mais um par de anos, não desejará mais quaisquer outras influências sobre sua música senão aquelas advindas do Cordel.

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O notável poeta popular cearense Rogaciano Leite, em foto da juventude
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COMO FOI A REUNIÃO DOS POETAS POPULARES EM JOÃO PESSOA (3)


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MORAES MOREIRA, GLORINHA GADELHA, EVANDRO DA NÓBREGA — E, ENTRE ELES, A IMENSA FIGURA DE SIVUCA — Na foto isolada, acima, o notável cantor e compositor brasileiro Moraes Moreira abraça a compositora, poetisa, contista, cantora e escritora Glória Gadelha, viúva de Sivuca, sob as vistas do escritor, jornalista e editor Evandro da Nóbrega, por seu turno "biógrafo oficial" de Sivuca


[Clique nas fotos para vê-las ampliadas, inclusive em suas legendas]

Reunião Plenária da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no sábado, 21 de agosto, trouxe a João Pessoa grande número de poetas populares de todo o Brasil. O que o leitor vai encontrar nesta série de textos não se pretende a melhor cobertura do encontro — mas deverá ser a cobertura mais extensiva... Além do mais, vai-se ela ampliando pelo envio de novos materiais da lavra dos participantes... 


Evandro da Nóbrega,
Escritor, Jornalista, Editor
[druzz.tjpb@gmail.com]
[druzz@reitoria.ufpb.br]


FOTOS de Michelle Cristina Oliveira

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Este artigo é também reproduzido pelos seguintes URLs:

- Blog Cultural EL THEATRO, de Elpídio Navarro: www.eltheatro.com

- Portal PS OnLine, de Paulo Santos: www.psonlinebr.com

- Portal Literário RECANTO DAS LETRAS:
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/druzz

- Portal do Jornal A UNIÃO ON LINE:
www.auniao.pb.gov.br

- Blog DRUZZ ON LINE, de Evandro da Nóbrega:
http://druzz.blogspot.com

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Em clima de muita emoção, grande número de poetas populares de várias partes do Brasil reuniu-se neste final de semana em João Pessoa, Capital da Paraíba. 

Foi durante a Reunião Plenária, referente a este mês de agosto, da ABLC - Academia Brasileira de Literatura de Cordel [www.ablc.com.br].

O encontro se iniciou às 14 h, no Cine Banguê do Espaço Cultural “José Lins do Rego”, e somente terminou no início da noite, com discursos, récita de poemas, venda de CDs, livros sobre cordel e versos de feira propriamente ditos — e muita coisa mais, como se verá a seguir. 

LITERATURA DE CORDEL SERÁ TOMBADA COMO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DO BRASIL

O que deixou os poetas populares e seus seguidores ainda mais animados foi o anúncio, feito logo na abertura do encontro, de que o IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) já deu início ao processo de análise do REGISTRO DA LITERATURA DE CORDEL como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Trata-se, dentre outras coisas, do reconhecimento de que o Cordel ainda vem servindo — e, de uns tempos para cá, sob as mais diversas manifestações — como veículo de difusão da Cultura em sua mais ampla acepção do termo. Os versos de feira chegam a locais sem bibliotecas, sem escolas, sem cinemas, atuando inclusive como coajuvante do rádio.

EM MARTELO AGALOPADO

Ao dar início à solenidade, o paraibano Chico Salles — cujas qualificações serão apresentadas logo em seguida — valeu-se do martelo agalopado para exaltar o 

“CORDEL CONTEMPORÂNEO 

Prá falar do cordel contemporâneo
Primeiro é preciso relembrar
Sua origem, seu berço e seu lugar.
Oriundo lá do Mediterrâneo
Nas cabeças do povo conterrâneo
Pelas feiras e praças se mostrou
Em livretos o poeta apresentou
Dissabores e risadas nordestinas
Com violas, meles e concertinas
Alegrando o meu interior. 

Ficção juntou com realidade
Utilizando as palavras como rima
Colocando a poesia lá em cima
No seu verso a essência da verdade
Carimbou com certeza e lealdade
A peleja do sábio cantador
Fez valer as histórias de amor
E por ela a sua boa fé declara
Zé Limeira mostrou a sua cara
O absurdo externando o seu valor.

Caminhou pelos becos e vielas
Demorou mas chegou à faculdade
Conduziu no seu conto a liberdade
Na cidade abriu portas e janelas
Bateu pé no asfalto e nas favelas
Não deu bolas para as dores do cansaço
Cantou e encantou sobre o cangaço
Sobre a seca, e também religião
Sobre tudo que tinha no sertão
Escreveu e cantou sem embaraço. 

Hoje em dia o cordel já tem renome
Atuando e resistindo com bravura
Escrevendo em nossa literatura
A importância trazida no seu nome
Sabedor que pro homem a maior fome
É a falta do saber na sua vida
O cordel neste caso é a partida
Desta necessidade que decola
Caminhando para dentro da escola
Na certeza desta missão cumprida. 

O cordel Contemporâneo não caduca,
Antenado no que é cotidiano
O seu tema tem o tino soberano
Bota a mão no fogo e na cumbuca
Às vezes ele fere, não machuca
Traz no texto o desejo dos amantes
Sua bandeira hasteada aos estudantes
Representa também o descontente
O cordel brasileiro é resistente
Aos descasos culturais dos governantes. 

Hoje vejo o cordel ser contemplado
Deixando-me assim muito contente
Agradeço a todos aqui presente
E também ao Governo do Estado
Neste dia para mim abençoado
O cordel num momento importante
Guardião de conteúdo brilhante
Patrimônio do povo brasileiro
Salve a vida e o amor verdadeiro
É o que desejo a todos neste instante.”

A solenidade dividiu-se em três partes: 

a) a Introdução Geral aos Trabalhos, que acabamos de ver; 

b) a posse dos três novos acadêmicos da Academia Brasileira de Literatura de Cordel; e

c) a entrega da Medalha “Rogaciano Leite” a nove personalidades escolhidas pela Diretoria da ABLC por sua intransigente defesa da Cultura Popular Nordestina.


CONHEÇA A ACADEMIA 

A ABLC é entidade cultural permanente, fundada em 1988 e sediada no Rio de Janeiro. Abriga em seus quadros de Acadêmicos e Beneméritos os mais ilustres e representativos escritores da Literatura de Cordel, assim como destacados admiradores desta genuína expressão oral e escrita da Língua Portuguesa. Neste ano, por decisão da nova diretoria da entidade — alavancada pelo dinamismo e pela revitalização que vêm sendo implantados na Academia —, a reunião plenária de agosto foi realizada na Capital paraibana.
Esses encontros plenários (ou simplesmente Plenárias) constituem reuniões mensais dos acadêmicos integrantes da ABLC, não apenas para congraçamento, mas também para avaliações em torno do que vem sendo realizado e de novas propostas e projetos.

ALGUNS DOS PRINCIPAIS PRESENTES 

Esta Plenária referente ao mês de agosto e que se realizou-se em João Pessoa (PB) graças à decisão e organização de dois poetas principais: 

1) Gonçalo Ferreira da Silva (Presidente da Associação Brasileira de Literatura de Cordel) Poeta, contista, ensaista. Nasceu em Ipu, Ceará, no dia 20 de dezembro de 1937. Autor fecundo e de produção densa, principalmente no campo de literatura de cordel, área que mais cultiva e que mais ama. Poeta intuitivo, de técnica refinada, chega a ser primoroso em algumas estrofes. É, porém, a abrangência dos temas que aborda que o situa entre os principais autores nacionais, tendo produzido diversos títulos com a temática de ciência e política. Quando participa de congressos e festivais é comum vê-lo contando histórias em versos rimados e de improviso. Hoje vive no Rio de Janeiro e é presidente da ABLC.; e 

2) Chico Salles de Araújo, mais conhecido no Sudeste como Chico Salles; é Diretor Cultural da Academia Brasileira de Literatura de Cordel; paraibano de Sousa, radicou-se no eixo Rio de Janeiro-São Paulo há muitos anos.

MUITOS OUTROS POETAS 

Entre outros ilustres poetas populares que compareceram, inclusive como integrantes nordestinos da ABLC, contam-se:

1 — Crispiniano Neto, secretário da Cultura do Rio Grande do Norte, poeta com mais de 150 cordéis já publicados, ocupante da Cadeira número 26 da ABLC, cujo patrono é o também potiguar Luís da Câmara Cascudo, considerado o maior folclorista do Brasil e o que mais escreveu sobre as origens da Literatura de Cordel; Crispiniano Neto é o terceiro poeta norte-riograndense a tornar-se “imortal” da ABLC, como se colhe na Imprensa natalense: o primeiro foi o poeta cordelista, cantor e compositor Marcos Lucenna, que ocupa a Cadeira número 7 da ABLC, cujo patrono é o poeta e principal editor da Literatura de Cordel João Martins de Athayde; o segundo foi o poeta Antônio Francisco Teixeira de Melo, que ocupa a Cadeira número 15, cujo primeiro ocupante foi Patativa do Assaré; outro norte-rio-grandense, o falecido folclorista e escritor Veríssimo de Melo, é também homenageado por esta Academia, já que é patrono da Cadeira número 16, ocupado pela poetisa Adriana Cordeiro Cavalcanti;

2 - Klévisson Viana [Antônio Klévisson Viana], poeta, ilustrador, gravador, premiado cartunista e editor da Literatura de Cordel; nasceu em 1972, em Quixeramobim (CE), tendo estreado como poeta popular em 1998 e já sendo autor de mais de 100 folhetos de feira; ele mesmo, como editor, lidera um grupo de poetas que publica na Tupynanquim Editora; muitos de seus trabalhos já foram adaptados para o Teatro e a TV, como informa a Enciclopédia Nordeste; 

3 - Sávio Pinheiro, médico e poeta popular cearense, pois nasceu em Várzea Alegre (CE); tem grande número de folhetos publicados e é conhecido por seu estilo irreverente;

4 - Arievaldo Viana,  poeta popular, radialista, ilustrador e publicitário, nascido em 1967, na Fazenda Ouro Preto, em Quixeramobim (CE);

5 - Manoel Monteiro, de Campina Grande; 

6 - Bule Bule, cantor, compositor e repentista brasileiro;

7 - José Maria de Fortaleza;

8 - João Firmino Cabral; e

9 - Pedro Costa.


COMITIVA DE SP, RJ & MG 

Fez-se presente, da mesma forma, uma comitiva de acadêmicos da ABLC residentes no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Dentre eles, destacam-se os poetas:

— Moreira de Acopiara;

— Cícero Pedro de Assis;

— Antônio Araújo, mais conhecido por Campinense, “o Poeta do Campo”, por haver de fato nascido em Campina Grande (PB); poeta de cordel e repentista, em sua linguagem simples, abre mão de tecnicismos para mostrar de forma competente sua crítica bem humorada deste mundo do qual faz parte e é um atento observador. Membro da ABLC, cadeira, nº 32, patronímica do poeta popular Zé da Luz [Severino de Andrade Silva]. Faz palestras e oficinas em escolas e universidades.

— João Batista de Melo, 

— Fernando Silva Assumpção, 

— Marcus Lucenna, “o Cantador dos Quatro Cantos”; 

— Olegário Alfredo e 

— Maria do Rosário Pinto [mais conhecida como Rosário Pinto], a única mulher repentista/cordelista que compareceu a essa reunião — mesmo residindo no Rio de Janeiro; ela é membro titular da ABLC (cadeira nº. 18, cuja patronímica é do poeta e editor José Bernardo da Silva); para a Imprensa, Rosário tem rico veia poética, “descrevendo o cotidiano através das ricas rimas da poesia popular; e é um nome que ganha destaque na plêide nordestina de mulheres cordelistas”; ela também compõe, há mais de 12 anos, a equipe da Biblioteca Amadeu Amaral do CNFCP (Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular), órgão do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), pertencente ao MinC (Ministério da Cultura, oferecendo aos visitantes rico acervo poético [www.cnfcp.gov.br]; Rosário nasceu Bacabal (MA) e frequentemente trabalha em associação com outra grande poetisa popular e agricultora, Dalinha Catunda [Maria de Lourdes Aragão Catunda], de Ipueiras (CE), especialmente na manutenção do blog Cordel de Saia [www.cordeldesaia.blogspot.com/];


GONÇALO PEREIRA, O PRESIDENTE DA ABLC
O Gonçalo Ferreira é, realmente, não só um poeta, mas um criador, na mais alta expressão do termo — e um criador  em geral de vastos recursos, tendo em vista sua abrangente cultura. Vai com a maior facilidade de um folheto como aquele intitulado "Faleceu Mané Garrincha, o fabricante de Joãos", a uma produção de nível totalmente diverso, como "Laplace: Momentos de um grande gênio" — ou para outras obras que marcam sua fascinante produtividade: "Antônio Silvino, a Justiça acima da Lei" e "A história emocionante de Celeste e Bitião"...

SUGESTÃO DE GLÓRIA GADELHA 

A compositora, escritora, poetisa, cantora e instrumentista Glorinha Gadelha — viúva de Sivuca e que também compareceu ao encontro na qualidade de convidada especial — aproveitou o ensejo para solicitar à Direção da Academia Brasileira de Literatura de Cordel não apenas a inclusão de maior número de mulheres em seus quadros, como também a premiação de mais representantes do belo sexo nas promoções da entidade. 

O presidente Gonçalo Ferreira lhe agradeceu, também publicamente, por tal sugestão, ao mesmo tempo em que explicava: já existe determinada percentagem de poetisas ocupando cadeiras da ABLC — e este número tende a aumentar nos próximos anos, à medida em que mais e mais mulheres se engajam nas atividades cordelísticas.   

Alguns desses acadêmicos — a exemplo do poeta paraibano Chico Salles (em atividade artística há vários anos no eixo Rio de Janeiro-São Paulo e que também dirige o setor cultural da ABLC — já estavam em João Pessoa na sexta-feira anterior, a fim de assistirem também à posse do novo integrante de outra Academia (a Academia Paraibana de Letras), o professor Sales Gaudêncio. Esta posse, a do Dr. Sales Gaudêncio (Secretário de Estado da Educação e Cultura), ocorreu a partir das 18h15m do dia 20 (sexta-feira), no mesmo auditório do Cine Banguê do Espaço Cultural.

Como esperavam o presidente da ABLC, poeta Gonçalo Ferreira da Silva, e o diretor cultural da instituição, poeta Chico Salles, a plenária da Academia em João Pessoa alcançou sucesso acima das expectativas. Aproveitando a entrada franca, pessoenses amantes da boa poesia popular lotaram o auditório do Cine Banguê, de 500 poltronas.

Para esta nova Plenária (a segunda a realizar-se fora da sede da Academia, no Rio de Janeiro), trouxe a Diretoria da ABLC a experiência de idêntica reunião ocorrida no ano de 2009, em Fortaleza (CE). 

Pretende-se, igualmente, adotar a prática de tornar itinerantes algumas das Plenárias anuais, realizando-as rotativamente em outros Estados, “em especial naquelas Unidades da Federação que tenham filhos nos quadros acadêmicos da ABLC e nos Estados que ofereçam o apoio e a infra-estrutura indispensáveis à realização de nossos eventos".



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