Wednesday, February 06, 2013

ADENSA-SE O MISTÉRIO DAS PLAQUINHAS IDDÝLLICAS...


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O MISTÉRIO DAS IDDÝLICAS PLAQUETAS

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FRENTE À FRENTE COM A MONSTRA NESSIE
Na ilustração de uma testemunha ocular dos acontecimentos, o notável desenhista pan-russo Mitslav de Luna Nóbrega, vê-se a cientista britânica, engenheira civil e também criptozoóloga Iddy KeyRoss atirar em Nessie, a Monstra do Lago Ness, a partir de seu iate, o Crazybook. A supercarabina de Miss KeyRoss, porém, está carregada com balas especiais, que não matam: têm apenas efeitos sedativos — ela queria capturar a monstra viva. Outras presenças no barco: o magnata da Imprensa inglesa Oskar Karrheir; o Dr. Smith Marcell, da Saint-Kathryn University; e a festeira promoter Hammanda Bridges, igualmente das Ilhas. [Clique no desenho para ampliá-lo]

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O MISTÉRIO DAS MUI IDDÝLICAS PLAQUINHAS CONTINUA AINDA MAIS MISTERIOSO — MAS SURGEM OUTRAS PLACAS, ESTAS COM SEU INCRÍVEL CONTEÚDO REVELADO

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[pela transcrição,
Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor]

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O que continham, afinal, as misteriosas plaquinhas ressurgidas (e logo depois desaparecidas) durante a festa báquica na mansão da Dra. Thammara Kellys?

As placas viram-se trocadas, ainda mais misteriosamente, entre a cientista britânica, engenheira civil e também criptozoóloga Iddy KeyRoss; o magnata da Imprensa inglesa Oskar Karrheir; o Dr. Smith Marcell, da Saint-Kathryn University; e a promoter Hammanda Bridges, igualmente das Ilhas.

MAIS QUE SIMPLES PLACAS
Os bem estranhos, mui suspeitos, superenigmáticos e até agora totalmente inexplicados objetos deixaram pairando no ambiente (e fora dele!) uma atmosfera obscura e intrigante, que até o momento continua a mexer com a imaginação das pessoas, especialmente as mais curiosas.

Vários estudiosos, voltados para a pesquisa esotérica ou para os conhecimentos herméticos, para as Ciências Ocultas em geral & para as Letras Apagadas do Desconhecido e do Intrigante em geral, continuam a dar tratos à bola, em ai de desvendar tantos arcanos escondidos sob o que se pensava serem simples plaquinhas, não mais que plaquinhas.

HAVIA OUTRAS PLACAS!
Mas, aqui, antes que Você chegue a saber o que seja mesaraico ou mesentério, apresentamos abaixo importante dossiê divulgado pelo hebdomadário Inverness Times & Courier, que circula (ou deveria circular) na região das Highlands escocesas. Longe de resolver o mistério das Plaquinhas Iddýlicas, o jornal escocês levantou mistérios ainda mais misteriosos.

Plaquinhas Iddýlicas?! Se o leitor não sabe o que danado é isto, não precisa esquentar a cabeça, que ficará sabendo logo mais. Submetido a exemplar tortura, o escriba meio semítico e muito somítico Druzz al-Druzziym deu com a língua nos dentes (enfim, “deu o serviço”) — mas não sobre as plaquinhas da Dra. Iddy KeyRoss e, sim, sobre outras placas da mesma especialista, só que tratando de um tema totalmente diferente, mas igualmente cativante. 

DEPOIMENTO DO COITADO DO EL-DRUZZIYM
Vejam o depoimento que os torturadores arrancaram de al-Druzziym, juntamente com pedaços de pele e unhas suas (o relato só tem o aspecto de ser escrito em versos porque, na juventude, o escriba Druzz al-Druzziym chegou a exercer a profissão de poetastro):

[...]
Mas eu vos digo que as outras plaquetas
da Dra. Iddy KeyRoss tratam de um monstro,
o Monstro de Loch Ness, a Nessie...
Houve até quem se atrapalhasse
e fizesse uma fotografia
da grande escultura de Nessie,
pensando tratar-se do monstro "em pessoa",
quando não passa duma escultura imensa,
postada a céu aberto,
junto ao Museu do mesmo nome,
erguido em homenagem ao criptídeo aquático.

Nem todos acreditavam em sua existência,
até que Idy Queiroz e sua equipe
mostraram ao Mundo as provas cabais
de que o gigantesco animal se banha
há uns mil e quinhentos anos
nas águas escuras, profundas e misteriosas
do Loch Ness.

[Disse eu “animal”?!
Pôxa, não é que até eu,
o mais cético de todos os céticos
no vasto e nebuloso campo da zoocriptologia
já estou também a acreditaire!)...

Quase mil e quinhentos anos depois...
Sim, porque a primeira referência
ao monstro do Lago Ness
deve-se ao missionário, depois canonizado,
e que portanto nos chegou com nome de santo:
são Columbano,
também conhecido como são Columba,
que floresceu entre 521 e 597 de nossa era
e que fora morar na Escócia,
no exercício de sua missão evangélica.

Um dia, Columba queria atravessar o rio Ness
com seus seguidores...

[Como? O quê, madame?
Não! É isto mesmo! Além do lago Ness,
registre-se também o rio Ness, uma das ligações
da grande lagoa com o oceano,
quando essas ligações ainda existiam
antes do início da última Era Glacial...

Releve-se esta interrupção
devida a Dona Anna Alphabéttykka,
e prossigamos.]

São Columbano esperou que
à margem chegasse o barqueiro,
um picto, isto é, um membro do antigo povo píctico
que habitava a Caledônia, em território escocês.

Quando o picto viera se aproximando da margem,
com sua barcaça,
surgira das profundezas das águas escuras
o horripilante monstro de Loch Ness
— e esta foi, a crer no registro histórico,
a primeira vez que sua aparição
se viu testemunhada.
Sim, o columbano santo deixou escrito
como salvou o píctico barqueiro
dos gadanhos do enorme peixe
ou o que danado fosse aquilo.
Teria o santo gritado para o monstro,
em altos brados e com seu mui potente vozeirão:
tratasse de largar o pobre barqueiro picto
e que dali se fosse embora imediatamente
sob pena de ser enviado ao Inferno.

Se Vocês não creem fosse assim tão forte
a voz do santo,
saibam que ela era treinada em pregações,
quando ainda nem se sonhava
com microfones & altofalantes;
e é bom que se lembrem:
de certa feita, Columba matou grande javali
com um só e altíssimo grito!

Mas... quanto ao Monstro do Lago Ness?!
Seria uma serpente gigante?
Seria um avião caído das alturas dos céus
nas profundezas das águas e que afinal boiou?
Um barco que emborcara?
Um iate naufragado?
Um submarino que não retornou à tona?
Seria um imenso réptil com demasiada timidez
ante o gênero humano e a claridade do dia?
Ou seria mesmo um plessiossáurio,
um pré-histórico sauropterígeo,
como queriam certos estudiosos?!

Mui errado andou o Governo escocês
quando anunciou, em fins de maio de 2003,
que o Monstro do Lago Ness não existe
e que tudo não passaria da mais pura imaginação.
O que têm eles contra as pessoas imaginosas?
Ora, se o próprio turismo na Escócia
se tem beneficiado
do que se achava ser uma lenda "ben trovata".

Agora, com o achado de Iddy KeyRoss
e dos demais membros de sua missão científica,
não há mais lugar para teorias contra ou a favor
— porque há fatos, fotos, textos, filmes e muita coisa mais
produzida por esses denodados quase-mártires da Ciência!
(Já pensou se algum deles tivesse recebido,
digamos, uma bocanhada ou outra qualquer sarrafuscada
do descomunal bicho?!)

A venerável Dra. Iddy KeyRoss
— além de todas as suas qualidades,
palpáveis & impalpáveis —
calha de ser também exímia mergulhadora.
Hospedada no Forte Augusto,
junto ao Canal Caledônio,
saiu ela, logo cedo da manhã,
com seus trajes de nadadora e, sozinha,
aventurou-se às frias águas do Lago Ness,
sem se importar com os gritos dos pescadores
de que devia sair urgentemente dali,
porque já se viam e ouviam sinais
de que o monstro se aproximava da superfície.

Mas a valente Iddy KeyRoss
não quis saber de conversa nem de mas-mas;
e, em pouco, já a cinco metros da tona,
avistaram-se ela e a serpente gigante dita Nessie.
Quer dizer, a serpente viu Iddy e Iddy viu a serpente,
diferentemente daquilo das vetustas cartilhas de abecê,
em que o Ivo via a uva, mas a uva não via o Ivo
— e em que o vovô via o ovo e a uva
e gritava em alto e bom som: "Ovo e uva boa!"...

Armada somente com seu arpão a raios laser,
Iddy KeyRoss cravou os belos olhos
nos horrendos olhões do asqueroso monstro.

No momento em que Iddy saltara na água,
trouxera novamente à vigília
aquela estranha criatura,
que lá embaixo dormitava,
recostada na quilha em decomposição
de uma velha barca de carga afundada...

Dependendo do ângulo de visão da infeliz presa,
poderia o monstro parecer também um batráquio,
ou, se quiserem, um anfíbios anuro do gênero Bufo,
membro da família dos bufonídeos,
de hábitos terrestres e pele rugosa...

Sapo gigante, tubarão pré-histórico
ou serpente ancestral, o fato é que o bicho
acordara-se de seu sono
entrecortado por temíveis roncos
e de seus sonhos eivados de sangue
— e, muitíssimo irritado, saíra em busca,
de quem lhe invadia os domínios.

Naquelas águas profundamente escuras,
vários meses durou o sensacional embate
entre a heroína Iddy KeyRoss
(que muito se assemelhava a Lara Croft)
e está espécie de Monstro da Lagoa Azul.

Às margens do lago, iam-se juntando curiosos
de toda natureza e procedência,
sem ligarem para as temperaturas
absurdamente gélidas de toda a área.
(Na Escócia, a média de dias ensolarados
não passa de 48 ao ano,
ao passo que regiões como a Paraíba,
no Brasil, apresentam 365 dias de Sol
no mesmo período de doze meses).

Assim é que, das margens do lago Ness,
enquanto se feria o terrível combate
entre a diva Iddy KeyRoss e a monstra Nessie,
equipes de TV filmavam;
magotes de fotógrafos fotografavam;
zilhões de jornalistas fofocavam;
mocinhas sofriam chiliques
e outras, coitadas, desfaleciam mesmo.

Ferdinand Waskoncellos, dono de um grande circo,
oferecia 30 mil libras esterlinas
a Iddy KeyRoss ou a qualquer outra pessoa
que capturasse viva a criatura
para que ele pudesse exibir,
numa jaula de seu picadeiro principal,
esse parente distante dos dinossauros,
que não mais existem desde o mesozoico
ou do cretáceo, há mais de 60 milhões de anos.

Havia, antes das descobertas de Iddy KeyRoss,
descrições de répteis aquáticos de grandes dimensões,
com um pescoço desproporcional ao tamanho da cabeça,
quem sabe da superordem dos Sauropterígeos,
que se deslocavam com a ajuda de enormes membros
em forma de barbatana,
alimentando-se o tempo todo
de salmões, enguias, esturjões e trutas,
enquanto percorriam locais inacessíveis
da grande falha tectônica existente na área do lago,
de 37 km de comprimento
por mais de um quilômetro e meio de largura
e com a profundidade máxima de 226 metros.

Quem via tal monstro estaria sofrendo
de histeria coletiva ou pareidolia?
Ou havia mesmo ali, no lago modelado
pelas geleiras ou glaciares
daquela última Era do Gelo,
uma criatura também vista por Scooby Doo,
e que duelou com Xiaolin e o SuperMario,
e que é prima dos monstros
de outros lagos misteriosos
como o Coruja, o Naso e o Porkness?!

Todas estas riquíssimas informações
estão contidas noutros HDs e tábuas e tabelas
de propriedade da cientista Iddy KeyRoss
— mas são tabuletas completamente diversas
daquelas Tabuinhas Iddýlicas
aparecidas e em seguida desaparecidas
da Festa Greco-Romana do Solar Thammaral.
E essas tabuinhas e esses discos rígidos
contém tudo o que já foi reunido,
nas últimas décadas,
pela Biblioteca do Congresso Americano
e pela Smithsonian Institution
em torno do monstrão lacustre.
São materiais os mais diversos,
sob a forma de livros, filmes, plaquettes,
folhetos, filmes, dicionários para os céticos,
manuais de ficção, tratados inteiros
sobre todas estas coisas estranhas,
recortes mil de The New York Times
e de centenas de outros jornais Mundo afora.

Com sua cultura abrangente,
não teve a Dra. Iddy KeyRoss
dificuldade alguma em logo batizar de Nessie
o criptídeo recém-encontrado “em pessoa”
depois de sua fuga da Festa Greco-Romana
em casa da semideusa Thammara.
E todo mundo está careca de saber que,
além de engenheira civil,
ela é também criptozoóloga,
ao passo que o enamorado,
Herr Marcell Díaz,
especializou-se em criptobotânica
— formando os dois, portanto,
imbatível par nos meios científicos!...

Os mais crédulos até consideram que essa
lagartixa imensa que tem o nome de Nessie
pode ser uma inacreditável mistura
de vegetal, mineral, animal e matéria estelar,
um zoobotânico aborto da Natureza
em estado mais ou menos líquido,
mais ou menos gasoso, mais ou menos sólido
e, por que não,
mais ou menos em estado de plasma...

A Dra. Iddy KeyRoss já se se topou muitas vezes
com esse criptídeo nas solidões invernosas
das Terras Altas da Escócia,
onde tais bichos de há muito viraram atração turística.

É um réptil gigantesco, o Monstro do Lago Ness,
irmão em espírito de outras criaturas legendárias,
como o Iéti ou Abominável Homem das Neves,
o Chupa-Cabra, o Pé-Grande, o Verme-da-Mongólia,
os Dragões Alados, o Demônio de Jérsei,
a Besta de Gévaudan, o Macaco-de-Loys,
o Símio-de-Bondo, o Skunk Ape,
os Celacantos, as Lulas Gigantes,
o Ornitorrinco e o Mapinguari,
o Yehren e o Sasquatch,
o Mokele-Mbembe e o Mothman,
entre muitas outras assombrações, brrrr!
Sobre o Monstro do Lago Ness,
editou a Dra. Iddy KeyRoss uma obra coletiva
que já saiu em vários idiomas,
a exemplo do português e o galego,
o espanhol, o catalão, o valenciano, o inglês,
o francês, o italiano e o vêneto,
o mandarim e o cantonês, o árabe e o urdu,
o russo, o búlgaro, o polonês, o tcheco,
o eslovaco, o ucraniano, o dinamarquês,
o norueguês, o sueco, o alemão,
o holandês ou neerlandês, o hebraico e o iídiche,
o grego, o esperanto e o ido, o letão,
o estoniano e o lituano, o croata, o sérvio,
o servo-croata e o macedônio, o esloveno, o eslovaco,
o fársi ou iraniano, o finlandês, o híndi e o assamês,
o magiar ou húngaro, o indonésio,
o malaio e o tagalog ou tagalo, o japonês, o coreano,
o romeno, o gaélico escocês, o gaélico irlandês
— e até mesmo no idioma euscara ou basco
ou vasco ou vascaíno ou biscainho.

Essas plaquinhas, plaquetas, chapinhas ou tabuletas
se constituem num mistério desde os tempos
das escritoras karyhokkazz Byanka Wykk e Lucy Wykk,
promoters das primeiras festas virtuais de que se tem notícia.
Não se sabe nem se as plaquinhas são em grande número
ou se não passam de umas poucas...

A Scotland Yard, o Mossad e outros serviços secretos
de várias partes do Mundo
já colocaram seus melhores homens na investigação
em torno do mistério das plaquinhas iddýlicas
— mas sem o menor sucesso,
vez que o segredo é muito bem guardado,
não diria a sete chaves simplesmente,
mas a sete mil chaves, trancas & cadeados
(e, ademais, as Guardiãs do Segredo são incorruptíveis).

De modo que há muita gente
perdendo literalmente o juízo
porque não consegue penetrar os arcanos
das Plaquinhas Iddýlicas,
as quais provavelmente estão fadadas
a nunca serem desvendadas,
permanecendo no limbo das coisas inexplicadas.

As Dras. Leylla Maryanna Ferrdynnándezz
e Sirlei Boselli, esta from Saint Joseph of Black River,
até acharam que haviam decifrado tudo
— mas ex-agentes da CIA, da KGB e da Neo-Gestapo
juram de pés juntos que elas nem chegaram perto.
O Dr. Ferdinand Waskoncellos, no entanto,
ficou bem “quente”, matando a charada
quase que totalmente...

Agora se pode cabalmente explicar
o porquê do sumiço da cientista Iddy KeyRoss
da Festa Greco-Romana promovida
na semana passada: de fato, Miss KeyRoss
desapareceu dos amplos salões
com placas e tudo o mais
simplesmente porque, nos jardins da mansão,
secretamente pousara silencioso helicóptero
que a levou a um submarino
ainda mais secreto e silencioso
e o submarino a transportou a uma base aérea
onde os militares trataram de a transportar
para a região das Terras Altas e dos lagos escoceses.

Mas Iddy KeyRoss não se dirigiu à Escócia
só por causa de seu gosto pelo uísque nacional lá deles!
E, na viagem, ela transportou não as tais plaquinhas,
que vão continuar sendo um baita de um mistério,
mas a tabuinhas em que revelava
outros segredos: os mistérios de Loch Ness,
que afinal vêm a lume agora!

O magnata da Imprensa inglesa Oskar Karrheir,
o Dr. Smith Marcell, da Saint-Kathryn University,
e a promoter igualmente britânica Hammanda Bridges
são três grandes aliados da cientista Iddy KeyRoss.
Tão periculoso quarteto conhece bem todo o mistério,
mas não revelarão o segredo das tabuinhas
nem que contra eles se empreguem
as mais cruéis torturas imaginadas por terroristas.

Continua, portanto, o suspense.
E, de minha parte, confesso francamente
não ter a mais mínima ideia
do que contenham as tais placas.
E se forem... placas-mãe?!

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