Thursday, November 03, 2016


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A SOKA GAKKAI INTERNACIONAL E O IHGP
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UM ESCRITOR MUITO PROLÍFICO
Autor de grande número de livros e coleções inteiras de diálogos e análises sobre os mais diversos assuntos, Daisaku Ikeda está com 88 anos, mantendo incansável atividade internacional. [Clique na foto para ampliá-la]
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DAISAKU IKEDA E AUSTREGÉSILO DE ATHAYDE
Foi em fevereiro de 1993 que, no Brasil, o já mundialmente conhecido líder japonês Daisaku Ikeda veio a conhecer o então presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, com quem escreveu um livro, fruto do longo e produtivo diálogo que mantiveram sobre os direitos humanos no início do Terceiro Milênio. [Clique na foto para ampliá-la]
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LÍDER JAPONÊS DAISAKU IKEDA ELEITO O MAIS NOVO SÓCIO HONORÁRIO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO

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por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor,
sócio efetivo do IHGP
[druzzevandro@gmail.com]

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Uma das maiores personalidades mundiais é, a partir de agora, sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), sediado em João Pessoa. Trata-se do internacionalmente conhecido líder japonês, escritor, educador, filósofo budista, fotógrafo e ativista antinuclear Daisaku Ikeda [池田 大作 ou Ikeda Daisaku, já que, em japonês, o sobrenome precede o nome que para nós seria o prenome].

Daisaku Ikeda tem 88 anos, preside a organização Soka Gakkai International, é poeta laureado no Japão e autor de grande número de livros, muitos dos quais já traduzidos no Brasil (ver a relação, mais adiante, neste mesmo informe).

NUMA ELEIÇÃO UNÂNIME
O Dr. Daisaku foi eleito unanimemente, neste dia 3 de novembro, pelos integrantes do IHGP reunidos em assembleia geral, durante pleito dirigido pelo presidente da instituição, o médico, escritor e historiador Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins.

Por sinal, o Dr. Guilherme atuou como mediador da proposta para que o líder japonês passasse a integrar o Instituto Histórico — mais importante e antiga instituição cultural em funcionamento contínuo no Estado.

12 MILHÕES DE MEMBROS
A organização budista laica e internacional Soka Gakkai, que trabalha em estreito contato com a ONU, a UNESCO, a FAO e outros organismos mundiais, está presente em 198 países, inclusive no Brasil, dispondo de cerca de 12 milhões de membros. A residência principal de seu presidente, Daisaku Ikeda situa-se na capital japonesa.

Ikeda é o terceiro presidente da Soka Gakkai. É a SGI (Soka Gakkai International) o maior dos movimentos neo-religiosos do Japão e, também, a maior organização budista leiga do mundo.

JÁ VISITOU 55 PAÍSES
O nome de Daisaku Ikeda (que já visitou 55 países e publicou mais de 50 diálogos com grandes personalidades internacionais) é artificialmente pronunciado, em inglês, como "dáissaku aikída" — mas, na realidade, soa como "dayssáku ikedá" em japonês.

Filho de Itchi Ikeda (mãe) e Nenokitchi Ikeda (pai), Daisaku Ikeda nasceu a 2 de janeiro de 1928, em Ōta, Tóquio, Japão e é casado com a Sra. Kaneko Ikeda, tendo os filhos Hiromasa Ikeda e Takahiro Ikeda. 

HUMANISMO SEM FRONTEIRAS
Seu objetivo principal é fomentar a paz, a educação e a cultura, numa visão budística de um humanismo sem fronteiras, com ênfase na liberdade de pensamento e no desenvolvimento pessoal, respeitadas todas as formas de vida. Assim é que o movimento banca desde creches e escolas do jardim-de-infância até grandes universidades.

Os temas mais presentes nos sucessivos encontros promovidos em todas as partes do mundo pelos entusiastas da Soka Gakkai incluem itens como a paz e o desarmamento, desenvolvimento e crescimento econômicos, diálogo inter-religioso, budismo e ciência, direitos humanos, direitos femininos etc etc etc.

PRINCIPAIS LIVROS EM PORTUGUÊS
Muitos dos livros de Ikeda já foram traduzidos e lançados no Brasil. A Wikipédia em português lista os seguintes:

* Revolução Humana (em 12 volumes)

* Nova Revolução Humana (em 23 volumes)

* A Sabedoria do Sutra de Lótus (diálogo com Katsuji Saito, Takenori Endo e Haruo Suda, em seis volumes)

* Preleção dos capítulos Hoben e Juryo

* O Buda vivo

* Budismo: o primeiro milênio

* O Budismo na China

* Clássicos da literatura japonesa

* Uma paz duradoura (em três volumes)

* Desafio de uma nova era de paz

* Escolha a vida (dialogando com o historiador Arnold Toynbee)

* Vida, um enigma, uma joia preciosa

* Diálogo sobre a juventude (em três volumes)

* 365 dias: frases para mulheres

* Antes que seja tarde (diálogo com o "scholar" e industrial italiano Aurelio Peccei, fundador e primeiro presidente do Clube de Roma, que chamou a atenção mundial com seu relatório de 1972, intitulado "Os limites do crescimento")

* Direitos humanos no século XXI (diálogo com o pensador brasileiro Austregésilo de Athayde)

* Valores humanos num mundo em mutação (diálogo com o professor emérito Bryan Ronald Wilson, da Universidade de Oxford e presidente da Sociedade Internacional de Sociologia da Religião, além de autor de vários livros influentes, sobre as novas religiões, como "A dimensão social do sectarismo" e "Mágica e o Milênio")

* A noite clama pela alvorada (diálogo com o escritor francês René Huyghe, conservador do Museu do Louvre, psicólogo e filósofo da Arte, além de professor do Collège de France e membro da Académie Française)

* Cidadania planetária (diálogo com o escritor inglês futurista, homem de tv e iconoclasta econômico Hazel Henderson, autor de diversos livros importantes, como "Além da globalização" e "Mercados éticos: o crescimento da Economia Verde")

* Ser humano: onde a ética, a medicina e a espiritualidade convergem (diálogo com os profissionais canadenses da Saúde René Simard e Guy Bourgeault, sendo que o primeiro é médico patologista, pesquisador na área do câncer e administrador universitário, inclusive como reitor da Universidade de Montreal)

* Astronomia e budismo: uma jornada rumo ao distante Universo (diálogo com o astrônomo brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão)

* Juramento Kayo (coletânea de orientações).


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Sunday, September 18, 2016

OS 111 ANOS DE FUNDAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO

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IMPRENSA PARAIBANA EM PAPEL DEIXA PASSAR TOTALMENTE EM BRANCO O TRANSCURSO DOS 111 ANOS DO IHGP, NOSSA MAIS ANTIGA CASA DA MEMÓRIA E DA CULTURA EM ATIVIDADE CONTÍNUA
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A sede do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, no centro de João Pessoa. [Clique na foto para ampliá-la]

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O brasão de armas do IHGP. [Clique na foto para ampliá-la]
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por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor e
sócio efetivo do Instituto Histórico
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Causou espécie em meios intelectuais e culturais do Estado o fato de o 111º. aniversário do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico Paraibano) haver transcorrido no dia 7 de setembro próximo passado sem que a Imprensa escrita da Paraíba dedicasse, já não se diz uma reportagem, mas sequer uma única nota sobre a efeméride.

É isto mesmo: passaram-se totalmente em branco, para essa Imprensa impressa, os 111 anos da mais antiga Casa da Memória e da Cultura da Paraíba em atividade contínua.

O IHGP é também conhecido com a Casa de Irineu Ferreira Pinto, seu fundador e secretário perpétuo, além de autor de uma obra indispensável, sob o título de Datas e Notas para a História da Paraíba.

SÓ SAIU NA INTERNET...
Essa data teria passado TOTALMENTE EM BRANCO não fosse o degas aqui haver noticiado em seu blog DRUZZ ON LINE e em seu perfil do Facebook (o que felizmente recebeu vários e imediatos compartilhamentos) o aniversário do Instituto Histórico associado à posse de seus novos Presidente e Vice-Presidente, os historiadores Guilherme Gomes da Silveira d’Avila Lins e Joaquim Osterne Carneiro.

Com efeito, no último dia 7 de setembro de 2016 (quarta-feira), o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP) celebrou em sessão magna não apenas a passagem de seus 111 anos de existência, mas também a posse coletiva de toda a sua nova Diretoria.

DIRETORIA LAMENTA EM NOTA
É no mínimo estranhável que nossos meios de Comunicação, considerando que frequentemente propalam ter apreço à nossa História e à nossa Cultura, terem deixado passar em brancas nuvens essa relevante efeméride.

De fato, tirante nossas já aqui aludidas referências on line, a data transcorreu SEM UM ÚNICO REGISTRO por parte da Imprensa local escrita em suporte de papel. E muito menos se assinalou — nem antes, nem durante, nem depois — a comemoração realizada na mesma data, juntamente com a concorridíssima posse da nova Diretoria.

No entanto, a Diretoria do IHGP — entendendo que, “diante disso, é de se imaginar que, na óptica da Imprensa local, o aniversário mais que centenário da Casa da Memória e da Cultura da Paraíba pode transcorrer sem qualquer menção” — não deixou de acusar essa falta de atenção dos periódicos em papel. E lançou a Nota a seguir reproduzida:

O 111o aniversário do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP)

“Ninguém contesta o fato de que a Paraíba é geograficamente um pequeno Estado deste País, todavia, este “pequenino grão de areia” constitui um vasto celeiro para a história do Brasil, cujos prolegômenos das guerras de conquista do seu território se iniciaram no final do terceiro quartel do Século XVI, em 1574, e se prolongaram por mais de duas décadas.

Por outro lado, no que tange à sua contribuição cultural pelos tempos afora a Paraíba vem enriquecendo sobremaneira o manancial das letras desta nação, tendo inclusive conseguido, ainda bastante jovem, extrapolar suas próprias fronteiras geográficas. Para fundamentar tais afirmativas menciono aqui apenas dois dos seus mais remotos exemplos.

Assim, este Estado é o único que no contexto da história nacional pode ostentar com júbilo a elaboração de uma crônica primordial propriamente dita (protocrônica), ou seja, o Sumário das Armadas, concluído em 1594. Além disso, em 1618 estava sendo rascunhado na Paraíba o célebre Dialogo das Grandezas do Brasil, obra que no entendimento do enciclopédico Prof. José Honório Rodrigues representa um dos doze maiores livros escritos sobre este País durante o nosso período colonial.

Estes são apenas dois marcos pioneiros da iluminada maratona histórica e cultural da Paraíba, a qual, daí por diante, foi sendo palmilhada com muito valor e brilho até os dias atuais. Fica óbvio, dessa maneira, que uma abrangente ilustração da sua produção intelectual não caberia nestas exíguas linhas.

Pois bem, no último dia 7 de setembro de 2016 (quarta-feira) o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP) celebrou em Sessão Magna o transcurso de seus 111 anos de existência, ele que é a mais antiga Casa da Memória e da Cultura da Paraíba em atividade contínua, sendo também conhecido com a Casa de Irineu Ferreira Pinto, seu  Fundador e Secretário Perpétuo, autor das reverenciadas Datas e Notas para a História da Paraíba.

É portanto curioso __ considerando que os nossos meios de comunicação costumam propalar seu apreço à nossa história e à nossa cultura __ o fato de aquela importante efeméride do IHGP ter transitado sem um único registro, por parte da imprensa local escrita em suporte de papel, assinalando a comemoração ali levada a cabo, nem antes, nem durante, nem depois do referido evento.

Diante disso, é de se imaginar que na óptica da imprensa local o aniversário mais que centenário da Casa da Memória e da Cultura da Paraíba pode transcorrer sem qualquer menção.

O tempora! O mores!... Isto se mostra deveras lamentável até porque teve ou tem assento nessa Instituição admiráveis figuras da nossa história e da nossa cultura como João Rodrigues Coriolano de Medeiros, Irineu Ferreira Pinto, Celso Mariz, João de Lyra Tavares, Eudésia de Carvalho Vieira, Josa Magalhães, Antônio Botto de Menezes, Maurício de Medeiros Furtado, Clóvis dos Santos Lima, Oscar de Oliveira Castro, Elpídio de Almeida, Horácio de Almeida, Humberto Carneiro da Cunha Nóbrega, Deusdedit de Vasconcelos Leitão, Lauro Pires Xavier, Heronides Alves Coelho Filho, Maurílio Augusto de Almeida, Joacil de Brito Pereira e tantos outros Membros deste Silogeu.

É bom que se diga que, a rigor, o IHGP não carece de loas ou nótulas para lembrar que ele merece o respeito de quem sabe da sua existência, até porque os fatos históricos têm, por si só, seu valor intrínseco e são sempre noticiáveis, todavia, nem sempre as notícias constituem fatos históricos.

De todo modo, a citada festividade transcorreu plena de sucesso com a presença de uma centena de pessoas distintas e ilustres que a abrilhantaram na medida do seu merecimento.
Dentre os que prestigiaram aquela solenidade contava-se inclusive um Professor Titular da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Quanto às diversas mensagens de congratulações recebidas naquela ocasião há que se ressaltar as de autoridades universitárias estrangeiras, oriundas de Portugal (Universidade de Lisboa) e da Espanha (Universidade de Salamanca), além de uma muito especial enviada da Áustria por um dos Membros da Casa Imperial do Brasil, trineto de D. Pedro II, Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e do IHGP. Também não faltou a mensagem do Prof. Dr. Arno Wehling, Presidente do IHGB.

Dessa maneira, o aniversário do IHGP foi sobejamente festejado por muita gente de destaque que reconhece e reverencia a história e a cultura da Paraíba.

Entre muitos outros estavam presentes o Presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, um Desembargador do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, Membros do Ministério Público do Estado, Professores da UFPB (Cursos de História e de Direito), o Presidente do Conselho Regional de Medicina, vários Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, o Presidente da Academia Paraibana de Medicina (APMED) e diversos dos seus Membros, o Presidente da Academia Paraibana de Letras (APL) e vários dos seus Membros, o Presidente da Academia Paraibana de Letras Jurídicas (APLJ), Membros da Academia Paraibana de Letras Maçônicas (APLM), o Presidente da Sociedade Paraibana de Arqueologia (SPA) bem como alguns Membros do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG), Membros da Academia de Letras de Areia (ALA), o Presidente da Academia Paraibana de Engenharia (APENGE), um representante da Academia Paraibana de Odontologia (APO), vários Membros do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica (IPGH) e, é claro, 22 Membros do IHGP. Inegavelmente, estes são fatos digno de nota.

Para concluir, a verdade é que, apesar das muitas dificuldades enfrentadas até hoje por esta vetusta Instituição (aliás, esta é a regra geral das entidades congêneres neste País), as quais têm sido sempre superadas com muita dignidade, pode-se dizer que, mesmo diante dos ventos agrestes eventualmente açoitando seu frontispício, o IHGP permanece incólume e ativo há 111 anos, trilhando seu caminho histórico e cultural (além de educacional) e assim continuará no porvir.

A Diretoria do
Instituto Histórico e Geográfico Paraibano”


Tuesday, September 06, 2016

POSSE DE GUILHERME D'AVILA LINS & JOAQUIM OSTERNE NO IHGP


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SERÁ NO FIM DA TARDE DESTE DIA 7 DE SETEMBRO A POSSE DA NOVA DIRETORIA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO

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No próximo triênio (2016-2019), a "Casa da Memória e da Cultura" — como também é conhecida a mais importante e antiga instituição cultural em funcionamento contínuo no Estado — será presidida pelo médico e historiador Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins, tendo por vice-presidente o engenheiro-agrônomo e historiador Joaquim Osterne Carneiro.

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 Você não vai querer perder a posse do Dr. Guilherme d'Avila Lins na Presidência do IHGP — mesmo porque, nessa investidura, ele lerá, como alocução de posse, o mais recente trabalho historiográfico de sua autoria, abordando a contribuição dos médicos (paraibanos em particular e brasileiros em geral) para os estudos históricos e pesquisas conexas, aqui e alhures. 
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O novo Vice-Presidente eleito, o Dr. Joaquim Osterne Carneiro. [Clique na foto para ampliá-la] 
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A sede do Instituto Histórico e Geográfico, no Centro de João Pessoa. [Clique na foto para ampliá-la] 
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O brasão d’armas do IHGP. [Clique na foto para ampliá-la]
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A POSSE DA NOVA DIRETORIA DO IHGP 


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por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor,
membro do IHGP
[druzzevandro@gmail.com]
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Será às 17 h deste dia 7 de setembro de 2016 a posse da nova Diretoria do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), também conhecido como "a Casa da Memória e da Cultura" — enfim, a mais importante e mais antiga instituição cultural do Estado em atividade contínua. Foi fundada num Sete de Setembro como este, em 1905, e nunca mais parou de trabalhar em benefício da Paraíba.

A nova Diretoria do IHGP — que comandará os destinos da entidade no triênio que vai de 2016 a 2019 — será presidida pelo historiador, médico, acadêmico e escritor Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins. Trata-se de um dos maiores especialistas brasileiros em História Colonial e autor de grande número de livros, especialmente no campo historiográfico.

Ele terá como Vice-Presidente o engenheiro-agrônomo e historiador Joaquim Osterne Carneiro, que até agora presidiu o Instituto. O espírito de inovação e de criatividade do Dr. Guilherme d'Avila Lins e a experiência do Dr. Joaquim Osterne na condução da Casa da Memória e da Cultura da Paraíba fazem prever uma administração voltada para realizações de real valor para a intelectualidade estadual.

JÁ TOMA POSSE INOVANDO
E o novo presidente do IHGP já toma posse inovando em pelo menos dois aspectos:

a) fez retornar a data de posse ao dia 7 de setembro, que é a data em que foi fundado o Instituto, há exatos 111 anos; e,

b) ao invés de pronunciar um discurso apenas protocolar, talvez até com tons de oba-oba, preferiu apresentar um novo e original trabalho historiográfico de sua lavra, sob o título de UMA BREVE APRECIAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DOS MÉDICOS PARA OS ESTUDOS DA HISTÓRIA E DOMÍNIOS CONEXOS NA PARAÍBA E NO BRASIL".

Será, portanto, uma autêntica alocução de posse a que pronunciará o Dr. Guilherme d'Avila Lins quando de sua investidura no cargo de presidente do IHGP.


O INSTITUTO HISTÓRICO
O autor destas linhas tem o maior orgulho em pertencer à principal e mais antiga Casa de Memória e da Cultura na Paraíba, o IHGP.

Declarado de utilidade pública desde o ano de 1909 (pela Lei no. 317), o Instituto Histórico (como é por vezes referido, abreviadamente) tem sede na Rua Barão do Abiaí, 64, no Centro de João Pessoa.

Dispõe o IHGP de uma página na Internet (www.ihgp.net) e se dispõe a ouvir o público em geral por intermédio de seu endereço eletrônico (faleconosco@ihgp.net) e de seu telefone (83-3222-0513).


QUEM É O NOVO PRESIDENTE
O Dr. Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins é uma de nossas maiores autoridades em História, especialmente História Colonial (e não apenas História Colonial do Brasil!).

Além de já haver publicado grande número de livros, o novo presidente do IHGP é sócio correspondente do IHGB (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro) e realiza frequentemente, no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano ou na Academia Paraibana de Letras (de que igualmente é membro), seminários sobre candentes e polêmicos temas da História.

Eis outras qualificações do novo (e cultíssimo!) presidente do IHGP:

* Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP)

* Sócio Efetivo do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica (IPGH)

* Ex-Pesquisador de História do Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional da Universidade Federal da Paraíba (NDIHR/UFPB)

* Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri (IHGC)

* Sócio Correspondente do (hoje extinto) Instituto Histórico e Geográfico de Campina Grande (IHGCG)

* Sócio Correspondente do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG)

* Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Patos (IHGP)

* Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB)

* Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN)

* Sócio Correspondente do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP)

* Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL)

* Sócio Correspondente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHBA)

* Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP)

* Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR)

* Sócio Efetivo da Sociedade Paraibana de Arqueologia (SPA)

* Sócio Efetivo da Academia Paraibana de Medicina (APMED)

* Sócio Efetivo da Academia Paraibana de Filosofia (APF)

* Sócio Efetivo (Fundador) da Academia de Letras e Artes do Nordeste – Núcleo da Paraíba (ALANE-PB) [demissionário]

* Sócio Efetivo da União Brasileira de Escritores – Núcleo da Paraíba (UBE-PB)

* Sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Regional da Paraíba (SOBRAMES-PB)

* Sócio Efetivo da Academia de Letras de Areia (ALA) e

* Professor Emérito da Universidade Federal da Paraíba.


ANEXO BIBLIOGRÁFICO
Nesta última instituição, aliás, foi por muitos anos professor de Medicina, além de pesquisador na área da História. Mantém também um blog na Internet, sob o título de "Gravetos de História", acessível a partir do URL http://gravetosdehistoria.blogspot.com.br/

À saída da cerimônia de posse da nova Diretoria do IHGP, o público em geral receberá de brinde um volume contendo anexo bibliográfico ou catálogo com a esmagadora maioria das obras até agora publicadas pelo Dr. Guilherme d'Ávila Lins.


ELEIÇÃO A 27 DE AGOSTO 
A eleição desta nova Diretoria do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano — que atuará entre os anos de 2016 e 2019 — ocorreu no dia 27 de agosto de 2016, sob a presidência do historiador Ricardo Tadeu Feitosa Bezerra. A chapa eleita foi a seguinte:

* Presidente: Guilherme Gomes da Silveira d`Avila Lins.

* Vice-Presidente: Joaquim Osterne Carneiro.

* Conselho Fiscal: Luiz Nunes Alves, Péricles Vitório Serafim e Flávio Sátiro Fernandes.

* Suplentes do Conselho Fiscal: Ernando Luiz Teixeira de Carvalho, Lúcia de Fátima Guerra Ferreira e Evaldo Gonçalves de Queiroz.

* Diretora de Atividades Culturais: Martha Maria Falcão de Carvalho e Morais Santana.

* Comissão de Historia e Arqueologia: Francisco de Sales Gaudêncio, Humberto Fonseca de Lucena e Manoel Batista de Medeiros. Suplente: Evandro Dantas da Nóbrega.

* Comissão de Geografia e Ecologia: Marcos Cavalcanti de Albuquerque, José Mota Victor e Modesto Siebra Coelho. Suplente: Evandro Dantas da Nóbrega.

* Comissão de Antropologia, Etnografia e Sociologia: Carlos Alberto Farias de Azevedo, Otávio Augusto Sitônio Pereira Pinto e Ernando Luiz Teixeira de Carvalho.

* Suplente: Ruy Cézar de Vasconcelos Leitão.

* Comissão de Admissão de Sócios: Martha Maria Falcão de Carvalho e Morais Santana, Renato César Carneiro e Adauto Ramos. Suplente: José Nunes da Costa.

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Tuesday, July 26, 2016

EVANDRO EDITA E APRESENTA OBRA DE WILSON AQUINO


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A capa do primeiro livro do advogado Wilson Aquino [Clique na foto para ampliá-la]
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 O Dr. Wilson Aquino de Macedo, em foto do editor Evandro da Nóbrega [Clique na ilustração para ampliá-la]
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  O escritor, jornalista e editor Evandro da Nóbrega apresenta o livro do Dr. Wilson Aquino; à direita da foto, por uma feliz coincidência, a Dra. Laura Nóbrega, sua prima e servidora da Fundação Casa de José Américo. [Clique na fotografia para ampliá-la]
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 Evandro da Nóbrega mostra ao público o livro do Dr. Wilson Aquino: Ecce homo! Ecce liber! = Eis aqui o homem; eis aqui o livro... [Clique na fotografia para ampliá-la]
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EVANDRO DA NÓBREGA, QUE EDITOU A OBRA, TAMBÉM APRESENTA O PRIMEIRO LIVRO DO ADVOGADO PARAIBANO WILSON AQUINO


REPRODUZIMOS ABAIXO A APRESENTAÇÃO DO LIVRO O SONHO DE UM HOMEM: A HISTÓRIA DE UMA VIDA, DE AUTORIA DO ADVOGADO WILSON AQUINO, FEITA PELO ESCRITOR, JORNALISTA E EDITOR EVANDRO DA NÓBREGA (TAMBÉM EDITOR DA OBRA), NA NOITE DE 22 DE JULHO DE 2016, NO AUDITÓRIO DA FCJA


MINHAS SENHORAS, MEUS SENHORES:
Ecce liber — eis o livro. Ecce homo — eis o homem. Ao citar, inicialmente, o advogado Wilson Aquino, Autor desta obra, O sonho de um homem: a história de uma vida, saudamos todo o elemento masculino aqui presente, inclusive as personalidades à mesa dos trabalhos. 

De forma idêntica, dirigimo-nos à sua esposa, a professora, pianista e também escritora Therezinha Avellar de Aquino, como forma de cumprimentar as demais mulheres comparecentes a este ato. 

Mas, a rigor, quem deveria estar aqui, fazendo esta apresentação do livro e do Autor, não era para ser o improvisado orador que tão mal vos fala. Era para ser uma das três pessoas, a seguir citadas, não necessariamente nesta ordem de precedência.

Primeiramente, a Dra. Onélia Queiroga, professora, escritora e autora do Prefácio. Teve ela, porém, que acompanhar em vilegiatura o marido, o eminente desembargador Antônio Elias de Queiroga, achando-se assim alhures e impossibilitada de comparecer. 

De todo modo, recomenda-se ao leitor que, antes entrar de rijo na leitura da autobiografia do Dr. Wilson Aquino, leia com atenção o Prefácio da Dra. Onélia, roteiro seguro para se navegar por essas reminiscências, vez que ambos (a Prefaciadora e o Autor) mantêm amizade desde a infância interiorana em Pombal e Patos. 

[Para evitar spoiler, não devemos revelar aqui a tocante e trágica história da linda normalista pela qual o menino Wilson, então aluno primário em Pombal, se apaixonou platônica mas, ainda assim, perdidamente — um dos temas iniciais desta sua autobiografia...]

Outro que devia estar apresentando o livro era o Dr. Márcio Roberto Soares Ferreira, formado em História e em Direito, considerado “a Memória Viva do Judiciário paraibano”, por haver labutado por quase meio século no Tribunal de Justiça, Tribunal Eleitoral, Procuradoria-Geral do Estado e outras instâncias de nosso mundo jurídico. Amigo do peito do Dr. Wilson, desde quanto juntos trabalharam na Secretaria-Geral do TJPB, o Dr. Márcio é nosso dileto primo, pelo costado dos Nóbregas, e é ele quem escreve o texto da quarta capa do volume ora lançado. Mais que isto: foi o Dr. Márcio (e estamos a vê-lo, ali, discreto mas presente) quem coordenou todas as sessões de entrevistas das quais resultou a presente obra, como veremos logo a seguir.

Por último, não em último instância, quem aqui deveria estar era o poeta, escritor, professor, crítico literário e acadêmico Sérgio de Castro Pinto, sem favor um dos mais irrepreensíveis textos críticos do país e que assina as magistrais orelhas do primeiro livro do Dr. Wilson. Judicioso em suas observações, o poeta Sérgio afirma, entre outras coisas, que, sendo “cultor de um estilo seco, direto, conciso, Wilson Aquino abdica da pirotecnia para articular um discurso antirretórico por excelência, embora seja bacharel em Direito. Mas um bacharel sem bacharelices, sem o estilo empolado, cheio de berloques e balangandãs dos que apenas engendram e tecem os arabescos do nada.  Investe, então, no principal em detrimento do acessório, tanto que, fosse um ficcionista, certamente seguiria ao pé da letra a sábia lição de Tchékhov: ‘Se a espingarda não possui uma função definida dentro do conto, convém retirá-la’.”

Não sendo crítico literário, este que vos fala teria mesmo que deixar as apreciações para especialistas do naipe de Castro Pinto. Ou, senão, para colegas dele, como Hildeberto Barbosa Filho, Ângela Bezerra de Castro, João Batista de Brito, Chico Viana, Milton Marques Júnior e outros luminares acatados em qualquer parte do Brasil. 

Já o Dr. Márcio Roberto assinala que, sendo lançado num momento “da grave crise moral, política e econômica que avassala o Brasil [...], este livro vem a calhar como a voz poderosamente ética de um advogado atuante, professor de gerações e respeitado jurista". 

O fato de o degas aqui haver sido escolhido pelo Autor, para comparecer a este auditório e fazer-lhe a Apresentação, deveu-se ao termos atuado como Editor da obra em referência. Mas nosso entrosamento com o Dr. Wilson Aquino vem desde quando, sendo ele então Secretário-Geral de nossa mais alta Corte de Justiça, confirmou-nos à frente da antiga Sala de Imprensa do TJPB, que, como a da UFPB, tivemos a felicidade de criar. 

Por muito tempo convivendo, portanto, com o Dr. Wilson Aquino e com o Dr. Márcio Roberto, não foi supressa que o Autor nos convocasse para editar e editorar eletronicamente seu livro número um.  

Talvez lhes interesse saber como se montou esta autobiografia. Primeiro, o Dr. Wilson (que não gosta deste título doutoral) nos procurou citando aquela vetusta frase de que "já plantei uma árvore, tive filhos e agora quero escrever um livro". 

Poderá alguém objetar: que coisa mais antiga, banal, détraquée... Mas acreditem: é fraseado batido, sim, mas a ancianidade não lhe retira a exatidão: todo homem deveria plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro, porque árvores, filhos e livros nos sobrevivem e nos asseguram alguma medida de imortalidade. 

Não há cultura humana que não exiba conceitos semelhantes. Já se chegou a atribuir a autoria do achado a Picasso, mas não pode ser: bem antes, o poeta e líder da independência latino-americana José Martí escrevera: "Hay tres cosas que cada persona debería hacer durante su vida: plantar un árbol, tener un hijo y escribir un libro". 

Ainda antes, o poeta germânico Heinrich von Kleist, em carta à esposa, anotara: "Para uma vida perfeita, o homem deve erguer uma casa, plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro"...

O próprio Eça de Queirós, que não gostava de lugares-comuns, reconheceu, no capítulo nono de A cidade e as serras, não se lembrar mais de que filósofo dissera a frase sobre isto de plantar, gerar filhos, perpetrar livros, para que um ser humano lograsse ser gente de verdade...

A mais remota alusão a algo parecido e que pudemos nós mesmo rastrear encontra-se no Talmud Babilônico, compilado entre fins da Era pré-cristã e o século V da Era Comum. Consultamos nossa versão inglesa desse Talmud e constatamos, nas regras de conduta alinhadas pelos rabinos no item 44-A do Tratado Sotah, que a frase multissecular era simplesmente "edificar uma casa, plantar uma vinha e desposar uma mulher". 

O fato é que o Dr. Wilson não se limitou a um filho; cercou-se de quatro (Saulo, André, Felipe e Thiago), para não falar nos netos e netas Rafael, Amanda, Maria Thereza, Pedro Henrique, Sophia, Lucas, João Guilherme e Pedro Lucca... 

Um desses netos, o Lucas Felipe Cabral de Aquino, ainda vai discursar, em nome da família, nesta cerimônia, seguindo-se o show de violoncelo de um dos filhos mais conhecidos do Dr. Wilson, o cellista Felipe Aquino, músico com formação no Exterior, mas integrante de nossa Orquestra Sinfônica da Paraíba.

Visando à elaboração da autobiografia, o Dr. Wilson iniciou conosco as reuniões semanais de trabalho, em seu escritório de advocacia — por sinal uma das bancas mais movimentadas do Estado. Esses encontros propiciaram que a autobiografia fosse escrita em menos de cinco meses. O Dr. Wilson ditava suas lembranças; o Dr. Márcio puxava pelas fímbrias mnemônicas mais resistentes nas dobras do passado; o degas aqui gravava tudo no celular. 

Uma vez teclado no computador, o texto voltava ao Autor, para emendas, cortes, acréscimos. A família providenciou a maioria das fotos; o editor pesquisou as demais; a celeridade da batuta do Dr. Wilson, transformado em maestro, operou o milagre de apressar a conclusão da obra. Depois, foi só levar o arquivo completo, num pen drive, para nosso bom amigo Magno Nicolau, da Ideia Editora, a fim de que se imprimisse tudo. 

E eis, poucos dias depois, o Dr. Wilson emocionado, posando para fotos, ao receber das mãos dos dois editores o que poderia ser considerado seu quinto filho: o livro impresso, com o jeitão de haver sido produzido por uma editora do Sudeste...

Quem conhece o Dr. Wilson Aquino sabe que, dentre suas grandes paixões, pelo menos três delas avultam: 1) o amor à família; 2) a dedicação ao Direito; e 3) o culto ao Saber. Foi a vida toda biblióvoro de Tomás de Aquino, um dos Pais da Igreja. Leu TODOS os 11 gigantescos volumes da Suma teológica. Um grande amigo dele, o saudoso Dr. Tarcísio Burity, ficou de tal modo encantado com a qualidade editorial dessa coleção produzida no Sul do País que tentou inutilmente obter uma cópia dela, pois de há muito esgotada. 

E Vocês não vão acreditar: em fins do ano passado, ao concluir a leitura do décimo-primeiro e último volume dessa sesquipedal obra do Doutor Angélico, o Dr. Wilson, sabendo que somos bisonho estudioso da Patrística, da Escolástica e da Filosofia Medieval em geral, no-la deu inteirinha de presente, quem sabe satisfeito por havermos concordado em editar seu primeiro livro! De modo que o degas aqui detém, hoje, a posse desses 11 volumes in folio da Summa, em português, orgulhosamente exibida em nossas estantes, lado a lado com a versão latina original e outras imperdíveis edições em inglês, francês, italiano e alemão.

Agora, o Dr. Wilson acaba de concluir a leitura do décimo-quinto e último volume de uma coleção completa dos Sermões, principal coroa de glória do jesuíta Antônio Vieira, genialíssima figura do século XVII. Mas já que citamos o Doctor Angelicus, relembremos ser dele a célebre frase Timeo hominem unius libri ["Tenho medo do homem de um só livro"], que dizer, “temo o fanático que se guia por uma só cartilha”. Aludimos a isto só para dizer que o Dr. Wilson, embora conhecendo o significado original da citação, fez uma leitura mais literal desse trecho e não quer ficar "num livro só": confidenciou-nos estar em seus planos escrever proximamente uma nova obra, seu segundo livro — um romance.

A preclara assistência certamente conhece de fama o célebre filósofo grego Diógenes de Sínope, discípulo de Antístenes e, assim, por tabela, pupilo de Sócrates. Esse Diógenes abandonou tudo para ser mendigo na Atenas do século IV antes de nossa era. Diz-se até que morava numa barrica e que andava pelas ruas, em plena luz do dia, com uma lamparina, à procura de um homem honesto.

Quando o jovem conquistador macedônico Alexandre, o Grande, chegou à cidade-estado, foi procurar o já então famoso Diógenes e o encontrou sentado ao chão, desenhando letras na terra. Alexandre perguntou-lhe: "Em que posso ajudar você?" E, como estivesse fazendo sombra, isto é, tapando os raios do Sol com seu corpanzil, Diógenes simplesmente lhe respondeu: "Não retire de mim o que não me pode dar" — vale dizer, não fique aí me roubando a luz solar... 

Diógenes também criticou a ambição guerreira de Alexandre Magno, estabelecendo-se entre eles o diálogo a seguir, qual recriado por Boccaccio no Decamerão, e que traduzimos livremente do italiano:
— Quando houver conquistado Atenas, o que fará? — perguntou Diógenes a Alexandre, que respondeu:
— Conquistarei a Pérsia!
— E depois da Pérsia? — insistiu Diógenes.
— Conquistarei o Egito!
— E depois do Egito? — obtemperou Diógenes,
— Conquistarei o mundo!
— E o que pretende fazer quando conquistar o mundo? — era ainda Diógenes indagando, ao que Alexandre, em tom triunfante, jactou-se:
— Ah, finalmente irei descansar e me divertir bastante!
E Diógenes encerrou o diálogo perguntando significativamente:
— Mas por que, então, não descansa e se diverte agora mesmo, evitando tão afanosos trabalhos e canseiras?!

Neste aspecto, o Dr. Wilson preferiu imitar Alexandre Magno e não o filósofo morador da barrica: lançou-se à conquista de seu próprio mundo; integrou o Fisco estadual; foi membro do Ministério Público, como Promotor de Justiça; serviu por muitos anos ao Tribunal de Contas do Estado; funcionou como secretário-geral do Tribunal de Justiça; lecionou como professor universitário, educador ligado ao Ensino Supletivo, não sem antes ter passado por uma emissora de rádio, com um programa dos mais requestados; há muitos anos exerce uma Advocacia dinâmica e vitoriosa... Só depois de realizar essas e muitas outras conquistas é que o Dr. Wilson parou, a fim de, digamos, “descansar e gozar a vida” — bem como escrever seu primeiro livro.

Outro Diógenes, o Diógenes de Apolônia, do século anterior ao de Diógenes de Sínope (isto é, do século V antes da Era Comum), recomendava, no fragmento 1 de seu quase totalmente perdido livro Sobre a Natureza, que os autores de discursos deviam evitar discussões complicadas, apresentando explanações simples e sóbrias. Foi o que tentamos fazer aqui, faltando dizer, ao final, que, além da autobiografia propriamente dita, este livro do Dr. Wilson, dividido em duas vastas partes, insere ensaios jurídicos e outras contribuições do Autor, a exemplo de crônicas, poemas, artigos de jornal e um completo álbum iconográfico-sentimental.


Com seu livro, que traz a palavra sonho logo no título, o Dr. Wilson, como queria o poeta americano Langston Hughes (1902-1967), demonstra mais uma vez “ser fiel a seus sonhos, pois se eles perecerem, a vida terá uma asa partida e, com tal asa quebrada, a existência simplesmente deixará de voar. 

Temos dito! Muitíssimo obrigado a todos.
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