Wednesday, June 09, 2010

AINDA CLOTILDE TAVARES (PARTE FINAL)

[Clique na foto para ampliá-la]

Clotilde, a sacra endiabrada da Net (final)


Jornal A União, domingo, 6 de junho de 2010

Conclui-se hoje a tarefa iniciada no domingo passado, no jornal A União, qual seja, a tentativa de se montar um perfil da médica e escritora paraibana Clotilde Tavares, que lidera movimentados blogs e listas de discussão na Web nordestina

Evandro da Nóbrega
ESCRITOR, JORNALISTA, EDITOR
[http://druzz.blogspot.com]
[druzz@reitoria.ufpb.br]

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Este artigo — publicado originalmente no jornal A União, de João Pessoa (PB), edição de domingo, 6 de junho de 2010 — é também gentilmente reproduzido pelos seguintes URLs:

- Blog Cultural EL THEATRO, de Elpídio Navarro:

www.eltheatro.com

- Portal PS OnLine, de Paulo Santos:

www.psonlinebr.com

- Portal Literário RECANTO DAS LETRAS:

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/druzz

- Portal do Jornal A União On Line:

www.auniao.pb.gov.br

- Blog DRUZZ ON LINE, de Evandro da Nóbrega:

http://druzz.blogspot.com

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Para continuar falando sobre Clotilde, não nos faltariam temas, óticas e ângulos. Mas eis que chegam também, entre outros, os estímulos dados por W. J. Solha e por Aglaé Fernandes. Solha diz, em resumo: "Maravilhoso, Druzz, esse seu texto sobre a Clotilde Tavares. Ágil, com muito humor e conhecimento, com enorme carinho pela figura em foco. Nota 10".

E Aglaé complementa: "Perdi o XIII FENART integralmente. Passei a semana com forte gripe. Lamentei haver perdido também a palestra. Agora, me atualizo com os textos de Druzz. E, pensando bem, um espírito laudabilíssimo [Clotilde] que ganha loa tão bela, não precisa mais de nada: já superou a própria santidade!"...

Leitora contumaz e integrante do Colégio Brasileiro de Genealogia, Clotilde tem por irmãos — além do multipremiado escritor Bráulio Tavares, já apresentado, com todas as honras, na primeira página desta série de duas — o professor universitário Pedro Quirino Ferreira Neto e a socióloga Inês Santa Cruz Tavares.

ASCENDENTES & DESCENDENTES

De dois casamentos, Clotilde teve um casal de filhos: Rômulo Tavares (publicitário e músico, que lhe deu dois netos, Isabela e Marcelo); e Ana Morena Tavares (produtora, contrabaixista e editora de vídeo). Ana Morena vem a ser esposa do também músico Anderson Foca e ambos são empresários em Natal (RN), responsáveis pelo Centro Cultural do Sol e, pour cause, pelo superprestigiado Festival do Sol.

Campinense filha de Nilo Tavares e Cleuza Santa Cruz Tavares, Clotilde teve por avós maternos Pedro Quirino Ferreira e Inez Duarte Salgado de Vasconcelos Santa Cruz Ferreira (e, paternos, Bráulio Fernandes Tavares e Clotilde Pereira). Afora outros ilustres parentes & antepassados, houve um tio seu que floresceu em Recife (PE) e de quem tomamos conhecimento enrevesadamente. [Veja abaixo].

ALGUNS DE SEUS LIVROS

Clotilde publicou seu primeiro folheto de cordel em 1974. Divide seu tempo entre Natal e João Pessoa, apresentando crônicas e artigos sobre Arte, Cultura e Comportamento. E já publicou, entre outros, os seguintes livros:

Coração parahybano - Crônica, Literatura e Memória (Edições Linha d'Água, de nosso incomum amigo comum Heitor Cabral);

Formosa és - Memórias do Internato, sobre sua experiência como aluna interna do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, PE (Edições Engenho de Artes, Natal, 2009);

Bilhetes de suicida - Poesia (Editora Universitária, Natal, RN, 1987);

Iniciação à visão holística - Ensaio (5a. edição, Record, Rio de Janeiro, 2000);

A magia do cotidiano - Ensaio (Editora CNews, Natal, 1999; reeditada pela editora A Girafa, São Paulo, 2005);

A botija - Novela (AS Editores, Natal, 2003, Prêmio "Câmara Cascudo" da Prefeitura natalense em 2000, reeditado pela Editora 34, São Paulo, 2006, e adotado em Vestibulares);

A agulha do desejo - Crônicas (Engenho da Arte, Natal, 2003); e

Natal, a noiva do Sol - Literatura Infanto-Juvenil (São Paulo, editora Cortez, 2005).

Um tio seu, no Bar Savoy, com Carlos Pena Filho

No Facebook, Salomão Benevides Gadelha nos enviou uma "provocação", citando Carlos Pena Filho e Mauro Mota, com os conhecidos versos:

DE CARLOS PENA FILHO:

Nas mesas do Bar Savoy

o refrão tem sido assim:

são trinta copos de chopp,

são trinta homens sentados,

trezentos desejos presos,

trinta mil sonhos frustrados.

DE MAURO MOTA:

São agora vinte e nove

os homens do bar Savoy.

Vinte e nove que se contam.

Falta um. Para onde foi?

Vinte e nove homens tristes.

Dentro deles, como dói

a ausência do poeta Carlos

na mesa do bar Savoy.


Sem nem de longe querer ombrear tão ilustres poetas, pegamos o pião na rima & na unha, respondendo:

RÉPLICA DE DRUZZ:

Como o tempo tudo mói,

Mauro Mota, em oitenta e quatro

também deixa o anfiteatro

que era o velho Bar Savoy...

Mauro igualmente se foi,

restando só vinte e oito

chopes, copos, abdômens

nesse belo valhacoito...

Que o tempo é pior açoito

a frustrar sonhos e homens.


TRÉPLICA DE CLOTILDE:

E Clotilde emendou, magistralmente, revelando a existência de seu tio Cláudio Tavares, também, como todos nós, frequentador do Bar Savoy:

Um daqueles trinta homens,

Meu tio Cláudio Tavares,

Elegeu o bar Savoy

Como o melhor entre os bares.

Amigo de Carlos Pena,

Foi eleito entre seus pares;

Ali escrevia artigos

Sobre as lutas populares.

E era ali que o procuravam

Os carrascos militares,

Para prendê-lo no Derby,

Prisão de muitos lugares.

Mas Claúdio era comunista,

Libertário, era Tavares!

Morreu mas não se quebrou!

Nunca cedeu seus achares.

Os vinte e sete restantes

E, depois deles, milhares

Foram ficando mais tristes,

Mais pesados seus pesares.


RECOLHENDO A LUVA

Diante disto, jogamos a toalha no tablado do ringue, com uns versins finais:


Estão em todas os Tavares,

segundo a lição da História;

e, no Nordeste, sua glória

se fez em terra e nos mares.

Já não digo pelos ares,

que não sei de aviação;

mas, nos meios regulares,

só vi Tavares em ação,

na guerra e paz — ou então

nas escolas e nos lares.


VERSINS DO FRONTISPÍCIO

Há uns anos, ficamos lisonjeado por Clotilde haver escolhido uns "versins" de cordel nossos para o "frontispício oficial" de sua lista de discussão "Umas & Outras". Os mal-ajambrados versins rezam:

Se Você gosta de Arte,

de Clotilde, Humor, Cultura,

se é fã de Literatura

e quer fugir ao enfarte;

se amar um bom debate,

com toda a cordialidade,

sem incabíveis apupos;

venha fazer amizades,

sem limitação de idade:

Umas & Outras é o grupo.

Ass.: EvandrUmas da NobrOutras...


Autora se encontra no seleto catálogo de jóias literárias do insigne editor paraibano Heitor Cabral

Como vimos, um dos livros de Clotilde [Coração parahybano: Crônica, Literatura e Memória] foi lançado pelas Edições Linha d’Água, do grande editor paraibano Heitor Cabral, advogado, economista, professor e muita coisa mais.

Para se ter uma idéia da companhia em que Clotilde se encontra, no catálogo de obras já lançadas (e a serem lançadas) pela editora de Heitor Cabral, vejam estas duas relações:

LIVROS JÁ LANÇADOS:

* Introdução ao Direito, de Flóscolo da Nóbrega;

* A Ciência Social do Direito - Uma introdução, de José Cláudio Baptista;

* Direito Processual Penal em sala de aula, de Onildo Cavalcanti de Farias;

* Introdução à Sociologia, de Flóscolo da Nóbrega;

* História do Direito e da Política, de José Octávio de Arruda Mello;

* Proposições - Direito em interdisciplinaridade, de José Cláudio Baptista;

* Selecta carmina - Poesia seleta, de Vanildo Brito;

* Memórias do olhar, de Raul Córdula Filho;

* Fúcsia, de Victória Lima.

A SEREM LANÇADOS:

* Dom Sertão, Dona Seca, de Otávio Sitônio Pinto;

* uma nova edição de Eu e Outras Poesias, de Augusto dos Anjos

* Poesias da juventude, de Luiz Correia Alves (apenas lançado em Alagoa Grande e São Paulo);

* Lira dos anos dourados, de Clemente Rosas (livro escrito em sua juventude);

* a antologia poética Geração 59, em segunda edição, comemorativa dos 50 anos de publicação da primeira;

* Marcas de uma raça, de Jonas Leite Chaves (memória da sertaneja família Jenipapo);

* Iluminuras, do saudoso poeta Jurandy Moura;

* Merá Buyé, de José Elias Barbosa Borges (estudo magistralmente pioneiro sobre a pré-história de Campina Grande);

* Opera mistica [assim mesmo, sem acentos diacríticos, porque em latim], do poeta Luiz Correia Alves;

* O dia dos cachorros, do poeta Aldo Lopes (segunda edição, magnificamente ilustrada por Alberto Lacet);

* Pensando no seu tempo, de Ronaldo de Queiroz (livro póstumo);

* Coco de roda - Doze ensaios iluministas, de Clemente Rosas (segunda edição, ampliada);

* No roteiro do Padre Malagrida, de Marcus Odilon Ribeiro Coutinho (segunda edição, ampliada, deste livro premiado na Itália);

* Sudene, a utopia de Celso Furtado, de Laura Aquino; e

* a primeira edição local de Diálogo das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão, com comentários do professor Antônio Augusto de Almeida (foi este o primeiro livro a ser escrito em solo paraibano — e Ambrósio era cristão-novo).

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