Thursday, May 12, 2011

LANÇADAS AS MEMÓRIAS DE PALMARI DE LUCENA

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Capa do livro de Palmari Hollanda de Lucena, publicado e lançado em Recife (PE) pelas Edições Bagaço — e que será lançado no dia 9 de junho na Paraíba
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Palmari de Lucena, no estande das Edições Bagaço, durante a Feira de Livros em que seu livro foi lançado
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O Autor, ainda bem jovem, mas já na África, ladeado por dois guerreiros/caçadores armados de suas temíveis lanças
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O convite distribuído pelas Edições Bagaço e pela I Feira Literária para o lançamento da obra de Palmari de Lucena — que, por sinal, ficou muito satisfeito não apenas com a esmerada edição do livro, quanto com a organização da Fliguara
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O programa da Feira de Livros, em Recife (PE), em que foi lançado o livro de Palmari Hollanda de Lucena — ainda por cima descendente dos cristãos-novos que aportaram ao Brasil nos tempos coloniais, vindo da Espanha e de Portugal, enfim, da Península Ibérica.
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Muitas das aventuras contadas por Palmari de Lucena, em seu livro, passam-se em Nova York — mas nem todas, claro, pois o Autor é impenitente globe-trotter, tendo percorrido, a trabalho ou por lazer, praticamente todos os países 
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O LIVRO DE PALMARI HOLLANDA DE LUCENA: NEM AQUI, NEM ALI, NEM ACOLÁ



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Evandro da Nóbrega
escritor, jornalista, editor
[druzz.judiciario@gmail.com]

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Este artigo é reproduzido, entre outros, pelos seguintes URLs:

- Blog Cultural EL THEATRO, de Elpídio Navarro:

- Portal PS OnLine, de Paulo Santos:

- Portal Literário RECANTO DAS LETRAS:

- Blog DRUZZ ON LINE, de Evandro da Nóbrega:

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Como previsto, aconteceu às 15 h do dia 30 de abril, em Recife, mais propriamente em Jaboatão dos Guararapes, o lançamento do esperado livro de memórias do escritor, consultor internacional e globe trotter paraibano-mundial Palmari Hollanda de Lucena.

  
O livro intitula-se Nem aqui, nem ali, nem acolá — designação bem ao gosto de quem passou a vida toda (e ainda passa!) a percorrer, por lazer ou a serviço, os mais diversos países, em todos os Continentes.
       
HÁ QUARENTA ANOS!
Tive o privilégio de ler, ainda no original, a maioria das crônicas que compõem este livro — mesmo porque tenho com Palmari Lucena uma história de amizade que remonta ao ano de 1971, quando por vez primeira fui para os Estados Unidos.


Uma amizade, portanto, que já completou seus quarenta anos, sem qualquer altercação, por mínima que fosse — e, muito pelo contrário, recheada de muito humor e experiências de vida inesquecíveis.
       
PARAÍBO-AMERICANO
Mas Palmari já se encontrava em território americano desde 1964, quando saiu da Paraíba, num navio mercante, antes mesmo do Golpe Militar daquele ano de triste memória. Daqui saiu para tentar a vida primeiramente em San Francisco (Califórnia) e, depois, em Nova York.


Passou por muitas coisas ruins e muitas coisas boas, começando por baixo e atingindo o status de consultor de importantes agências da ONU e, depois, da própria Organização das Nações Unidas.

TENENTE LUCENA E SIVUCA
Interessante é que não cheguei a conhecer Palmari em João Pessoa, onde ambos morávamos, inclusive em 1964. Fui conhecê-lo, pelo mais puro acaso, diante do Kennedy Center, em Nova York. Ele estava conversando com um grupo de americanos e, olhando para mim, perguntou (em inglês mesmo) se eu não era brasileiro.


— Brasileiro, paraibano e dos Vales do Espinharas, do Sabuji e do Seridó! — retruquei-lhe.


— Uai, também sou paraibano! — assombrou-se o filho do regionalmente célebre Tenente Lucena, o músico paraibano que regeu a Banda de Música do Exército, na Capital das Acácias, e que chegou a visitar longamente uma de suas paixões geográficas: a África Negra. O Tenente Lucena, porém, embora gostasse muito do filho Palmari, como de resto gostava de todos os numerosos filhos e filhas, não gostava muito de Nova York, onde se sentia “um macaco desajeitado numa elegante loja de porcelanas”...


Nessa mesma conversa noviorquina, para cima e para baixo, inclusive de metrô, vim a saber, também, que Palmari Hollanda de Lucena era primo de outro grande músico, o itabaianense Sivuca. Ele, juntamente com a compositora e cantora Glorinha Gadelha, está me ajudando muito na ciclópica tarefa que é escrever a “biografia oficial” de um dos maiores músicos mundiais de todos os tempos.

AVENTURAS FANTÁSTICAS
Em cidades americanas, nas sucessivas visitas que fiz aos EUA, passamos os dois, Palmari e eu, pelas mais inacreditáveis aventuras, cujo relato renderia outro folhudo livro.


Muito mais fantásticas, porém, foram e são as próprias aventuras pessoais de Palmari, em solo americano, na África, na América Central, na América do Sul, no Leste europeu, na China... Puxa vida, Vocês precisam ler este livro dele, de memórias (mas não todas, ainda!) — só para terem uma pálida idéia das inúmeras e mais que extraordinárias situações em que se meteu.


BRIGA INTERTRIBAL
Me lembro bem que, certa feita, na África, ele, Palmari, estava levando toneladas de medicamentos enviados por uma entidade religiosa americana, para os pobres de determinada nação negra.


Quando o enviado dos bispos amerianos chegou no local determinado para a entrega dos caixotes de remédios, a tribo local empenhava-se em feroz guerra contra outra tribo. Os combatentes, porém, cessaram entre si as hostilidades, até que o último caixote fosse entregue.


Mas foi só Palmari dar as costas, com sua equipe, retirando-se desse território, para a roxa briga reiniciar-se, mais renhida ainda...


MILAGRES COM VINHO  
Esta obra de Palmari decerto me estimulará a escrever algumas coisas em torno de minhas próprias aventuras com ele, tanto nos Estados Unidos quanto noutras partes do Mundo.


Não poderei esquecer, certamente (e Palmari dará risadas ao ler este trecho aqui...), causos como o da “Swedish Blond Teen, in Red Dress”, uma espécie de linda jailbait numa casa de shows de Nova York; as multas de 50 mil dólares para quem fumasse em determinado edifício clássico; e a “mágica” que sem querer obrei em Manhattan, mais propriamente numa casa de jazz em plena Quinta Avenida, transformando a alvíssima camisa de um marinheiro ianque numa peça perfeitamente tinta de vinho... E, para maior perigo de nossa integridade física e espiritual, o tal Popeye fazia-se acompanhar de horrenda lambisgóia nipônica, de caratonha tão rude quanto suas sujas invectivas!... ;-)     

LANÇAMENTOS NO EXTERIOR
O imperdível livro de Palmari, Nem aqui, nem ali, nem acolá, acaba de sair pela editora pernambucana Bagaço [Edições Bagaço] e demorará algum tempo a ser visto pelos paraibanos: depois do lançamento na capital de Pernambuco, será lançado primeiro nos Estados Unidos (para núcleos de brasileiros lá residentes) e, ainda depois, em países latino-americanos e nações africanas de língua portuguesa.


O lançamento em Pernambuco, promovido pela própria Editora Bagaço, realizou-se no Espaço Varanda sobre o Atlântico (Mirante dos Montes Guararapes), durante a realização da I Fliguara (Feira Literária do Jaboatão dos Guararapes).


Na Paraíba (João Pessoa), o livro será lançado no dia 9 de junho, a partir das 18h30, na Fundação Casa de José Américo (Bairro do Cabo Branco, antiga residência do Ministro José Américo de Almeida).
       
CRÔNICAS INTERNACIONAIS
Na orelha do volume, Afonso Horácio Leite — também escritor, folclorista, tradutor, conselheiro de entidades e defensor dos direitos humanos — nos diz que o livro de Palmari Hollanda de Lucena, Nem aqui, nem ali, nem acolá, constitui “uma coletânea de crônicas de situações humanas vividas em países de todos os continentes”.


— O autor, Palmarí de Lucena, conviveu com uma diversidade muito grande de povos e culturas, trabalhando em programas contra a pobreza e adição a drogas; administrando a ajuda humanitária da Igreja Católica dos Estados Unidos na África e América Central ou implantando os programas de desenvolvimento socioeconômico na América Latina e Caribe, como funcionário sênior da ONU.


SENSIBILIDADE HUMANA
Para Afonso Horácio, estas crônicas palmarianas são “fotografias de situações que deixam entrever uma profunda sensibilidade humana frente aos problemas sociais manifestados pelas pessoas, grupos e povos nas mais diversas realidades. Algumas crônicas são antológicas como ‘Os sutiãs que empoderaram as mulheres do vilarejo’, ou ‘Lucy o diamante na terra’ ou, ainda, ‘Uma boneca chamada Victoria’.
        
O autor da orelha do livro prossegue afirmando que o escritor Palmari Hollanda de Lucena “utiliza uma linguagem envolvente, com frases curtas, às vezes, propositalmente incompletas, a envolver o leitor e convidá-lo a se emocionar, entrar na história tomando parte dela, colocando-se, primeiro, no lugar dos personagens. A partir desse lugar social e com esse olhar, promover ações em que as pessoas se coloquem como sujeitos da sua história”.


EM FAVOR DA VIDA
E acrescenta Afonso:

Nem aqui, nem ali, nem acolá assume uma dimensão de mundo, também pela abordagem dos grandes temas da humanidade, sempre a partir do cotidiano. É uma crônica social dos povos, que tomam a palavra e assumem posições, com humor e sabedoria. É um livro onde estão escritos muitos nomes de pessoas, de lugares, de povos, muitas e diversificadas expressões, uma infinidade de situações, de formas de viver e de alternativas encontradas com inventividade.


Por tudo isso, trata-se de “um livro de memória, que condensa o clamor dos povos pela convivência na diversidade das diferenças, sem discriminação, pela solidariedade, pela paz. É a crônica da vida, em favor da vida”, conclui Afonso Horácio Leite.


NAS PRÓPRIAS PALAVRAS
Palmarí de Lucena pode ser descrito em suas próprias palavras, escritas num dos inúmeros blogs que mantém na Internet. Nasceu em João Pessoa, Capital da Paraíba. Emigrou para os Estados Unidos em 1964, em busca da democracia de Alexis de Tocqueville. Enfrentou os desafios da América na década de 1960, tornando-se um dos protagonistas do movimento de Direitos Civis e na guerra contra a pobreza na Califórnia.


Por seus trabalhos iniciais, em favor de comunidades pobres nos EUA, foi convidado a participar na mobilização de comunidades no programa antidrogas de Nova York. Logo ascendeu a cargos executivos no Governo do Estado e, eventualmente, chegou a ser Secretário-Adjunto da Prefeitura de novaiorquina. Dirigiu programas de ajuda humanitária na África, na América Latina e no Caribe, além da Divisão para a América Latina e para o Caribe da UNOPS, uma entidade da ONU.


Atua há anos como consultor e conferencista internacional sobre temas relacionados com a gestão e aplicação de recursos de organismos multilaterais. Publica crônicas e artigos sobre impressões e experiências acumuladas em viagens ou missões de trabalho ao longo da sua vida.


Reside na praia do Cabo Branco, em João Pessoa.

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