Thursday, October 17, 2013

SOBRE VINHOS CHILENOS & CHINESES


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A grande figura que é Joel Falcone, nosso enófilo-mor.

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ENÓFILO JOEL FALCONE ABORDA OS VINHOS DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA 

(COM UM PREÂMBULO SOBRE O GATO NEGRO DO CHILE)

Evandro da Nóbrega
(escritor, jornalista, editor)


O enófilo, escritor, empresário e cronista Joel Falcone tem um grupo de amantes das vinhas que inclui, entre muitos outros & outras, as adoráveis figuras de:

  • Zélia Sá [Renata Ramalho],
  • Walkyria Veloso Borges,
  • Waldemar Migiuel Ebrahim,
  • Sônia Yost,
  • os Pimenta do Sonho Doce,
  • Rosa Aguiar (jornalista, filha do historiador Wellington Aguiar),
  • Nivaldo Carvalho,
  • Neno Rabello [competentíssimo editor da revista "A Semana"],
  • Maria das Graças Santiago [acadêmica, psicóloga e reconhecida enóloga],
  • Lourdinha Luna [escritora, historiadora, memoralista e ex-secretária de José Américo de Almeida],
  • Kerensky Aranda,
  • Josias Batista (e esposa Glória),
  • Jose Luiz Spencer,
  • o superacatado médico José Eymard Medeiros,
  • José Elias Metri (Vanessa),
  • João Manoel Farias,
  • Ivan Miranda,
  • o admirável artista plástico, crítico e historiador da Arte Hermano José,
  • o jurista Germano Toscano de Brito,
  • Francisco Cisinho da Silva,
  • o acadêmico, historiador, escritor e orador Evaldo Gonçalves de Queiroz,
  • a indo-campinense Eneida Agra Maracajá, Djalma Paixão,
  • Carlos Vieira,
  • Carlos Marximiliano,
  • o médico Aloysio Pereira (com a esposa Natércia Suassuna, historiadora, heraldista, genealogista e integrante do IHGP),
  • Albiege Fernandes [Bia Laura],
  • Afra de Paiva e Silva Soares [com o médico Tirone Soares]...

Foi para este seleto grupo (e muita gente boa mais!) que o enófilo e cronista Joel Falcone enviou a seguinte crônica, que, decerto, fará parte de mais um de seus livros alusivos à ciência & arte do cultivo e degustação das melhores cepas de uvas e estilos de ótimos vinhos, produzidos cá no Brasil e alhures, no Mundo, vasto Mundo...

Eis, sem maiores delongas, a mais nova crônica do inimitável Joel Falcone, antecedida de um cometário seu sobre o vinho Gato Negro, convindo ressaltar que os dois textos nos foram remetidos ontem por sua superantenada esposa, Gizelda Falcone:


UM VINHO HONESTO

Joel Falcone


O vinho sobre o qual falaremos a seguir teve nossa atenção despertada pelo Dr. Júlio Anselmo de Sousa Neto, que, em seu livro O vinho no gerúndio [página 162 da segunda edição, de 2004] considera o vinho chileno Gato Negro, da Viña San Pedro (o merlot ou o cabernet sauvignon) um vinho honesto, com o melhor custo/benefício dos últimos tempos, e que, na ocasião (fevereiro de 2003) custava no varejo entre oito e dez reais. E, para completar, afirmou o Dr. Júlio que a revista Decanter havia atribuído ao mesmo vinho (da safra 2001) a classificação de TRÊS ESTRELAS numa escala máxima de cinco.

Desde então, temos tomado regularmente, às  nossas refeições do dia-a-dia, esse “GATO” extraordinário, preferivelmente o da casta CARMENÈRE, que casualmente a Dra. Gizêlda  comprou, na última sexta-feira, 11 de outubro,  pagando apenas R$ 19,90 por garrafa, da safra de 2001. Da classificação da revista Decanter aos dias atuais, são passados dez anos, sem que seu preço tenha sequer dobrado, mantendo a mesma qualidade e certamente a relação custo/benefício, verdadeiramente imbatível, podendo ser confrontado com os nossos nacionais de qualidade equivalente - e sempre se mantendo competitivo.
           
Aliás, como afirmava o Dr. Júlio Anselmo, em 2003, "gosto não se discute, pero...".

Em tempo: Desta  vez,  em  caráter  especial, Vocês  estão  recebendo  o  texto da crônica ou comentário dividamente  revisado pelo Condestável Druzz!
   

A VITIVINICULTURA DA CHINA

Joel Falcone

           
A China conta com 500 mil hectares de vinhedos, segundo informa a OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho). Sua produção vinícola é da ordem de 12 milhões de hectolitros, com o mercado interno ligado à Enologia crescendo cada vez mais rápido e dobrando os números a cada cinco anos, desde meados dos anos de 1990. A produção doméstica dá conta de 95% do consumo chinês, mas a China é também o segundo maior importador de vinho da Ásia.

Não dá para imaginar, em termos de safras, qualquer comparação com outros países ou com as variedades ali cultivadas e colhidas, dada a existência de uma série gigantesca de diferenças climáticas e geográficas entre suas 26 províncias, das quais não sabemos nada de nada. A Imprensa especializada do Ocidente é completamente muda em relação ao setor.  
    
Sabe-se remotamente, por ouvir dizer, de alguns dados obtidos na viagem de Marco Polo ou de pequenos detalhes dos tempos do vice-reinado português na Índia, cujo maior e quase único interesse eram as especiarias, notadamente pimenta, cravo e canela. Ainda assim, sabe-se que a videira foi levada para a China a partir do Vale do Ferghana (nos atuais Uzbequistão e Tadjiquistão, não mui distante do norte da Pérsia) pelo general Zhang Qian, embaixador imperial, por volta de 126 a. C.

A tradição chinesa de poesia do vinho remonta ao século III e atinge seu auge na obra de Li Bai (século VIII) e de cuja obra temos o livro Traduzindo Li Bai e Du Fu, de nosso amigo e também enófilo Evandro da Nóbrega, num exemplar presenteado pelo autor em 2001).

Nesses poetas, não encontramos qualquer referência ao Vale do Ferghana e muito menos ao uso do vinho no culto dos antepassados, até os tempos de Kublai Khan e que somente começou a declinar na dinastia Ming (1368-1644), coincidindo com a época em que o chá se firmou como principal bebida chinesa, abandonando-se a preferência pelo vinho de uva.  
    
Há registros de que o cultivo da uva e o consumo de vinho ressurgiram quando se fundou a Changyu Wine Company, do empresário chinês Chong Bishi, na Península de Shandong [grafia antiga: Shantung], em 1892; e, já em 1915, quatro dos seus vinhos ganharam Medalhas de Ouro na Panamá-Pacific Exposition, em San Francisco, EUA, permanecendo até hoje como a mais importante vinícola da China.

Ela, juntamente com a Great Wall Dynasty, detém mais de 50% da produção de vinhos na China no próprio país.  Exceto a Great Wall  Dynasty, que pertence inteiramente a capitais chineses, todos os maiores produtores locais contam com significativo número de investidores minoritários estrangeiros, especialmente franceses e australianos.

Existe curioso caso envolvendo nosotros, de um lado, e, do outro, o erudito Evandro da Nóbrega (que seu irmão Eraldo carinhosamente chama DRUZZ), tendo pelo meio o vinho chinês Dynasty, de que Evandro trouxe uma garrafa, quando de sua última viagem à China, especialmente para me presentear e à minha esposa Giselda, oportunizando-nos degustar e avaliar o produto.

A foto abaixo, retirada ao livro de Druzz sobre Li Bai e Du Fu (os dois maiores poetas chineses de todos os tempos) é de autoria de outro enófilo, Palmari de Lucena, e foi clicada em Nova York, quando tanto o Autor quanto o filho do Tenente Lucena compareceram (como os dois únicos nordestinos, afora Oded Grajev, do Sudeste, dentre os apenas 500 convidados de todo o mundo!) à prestigiosíssima Conferência Internacional da ONU para o ano 2000.

E Evandro nos promete brindar, para breve, com um texto seu, nesta nossa coluna, sobre a sua íntima e reveladora experiência com os vinhos e outros "espíritos" na China. Vocês não perdem por esperar!... 



Evandro da Nóbrega, clicado pelo amigo Palmari de Lucena, 
em Nova York, durante a Conferência Internacional da ONU para o Ano 2000, 
para a qual os dois paraibanos foram especialmente convidados.
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Friday, May 10, 2013

II CICLO DE DEBATES DO DR. GUILHERME GOMES DA SILVEIRA D'AVILA LINS



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O médico, multiacadêmico, escritor e historiador Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins, organizador e ministrante do novo curso no IHGP. [Clique na foto para ampliá-la]

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O Dr. Guilherme, a 4 de maio de 2011, quando tomava posse como Sócio Correspondente do IHGB (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro), apresentando um trabalho original sobre o religioso, missionário e também historiador Frei Vicente de Salvador. Conforme destacou o boletim informativo do IHGB, introduzido no recinto da posse pelos associados efetivos Maria Beltrão, Vasco Mariz e José Murilo de Carvalho, o Dr. Guilherme recebeu a insígnia acadêmica do IHGB das mãos de sua esposa, a Dra. Rita Maria Cury d'Avila Lins e foi saudado pelo historiador Arno Wehlig, que lhe destacou a contribuição, em termos de pesquisa e interpretação, para a Historiografia paraibana. [Clique na foto para ampliá-la]
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EM IMPERDÍVEL CURSO NO IHGP, ESPECIALISTA MOSTRA LACUNAS HISTÓRICAS E EQUÍVOCOS MAIS COMUNS NO PERÍODO HOLANDÊS NA CAPITANIA DA PARAÍBA (1634-1654)


por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor


Um curso REALMENTE imperdível será ministrado, a partir deste dia 11 de maio de 2013, no auditório da sede do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico Paraibano), pelo médico, historiador e professor emérito da Universidade Federal da Paraíba, o Dr. Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins, um dos maiores especialistas mundiais na História Colonial do Brasil.

Trata-se do II Ciclo de Debates a ser ministrado pelo Dr. Guilherme, no IHGP, sob o tema “Revisão Crítica Documental e Interpretativa da História Oficial – Século XVII – O Período Holandês na Capitania da Paraíba (1634-1654) – As Lacunas Históricas e os Equívocos mais Comuns”.

Iniciando-se neste dia 11 de maio, o curso ministrado pelo acadêmico Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins – que, além do IHGP, integra também a Academia Paraibana de Letras e o Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica – vai-se estender até o dia 21 de dezembro de 2013.

As aulas ocorrem sempre aos sábados, de 15 em 15 dias, sempre no horário das 9 às 11 h da manhã.

Audi Alteram Partem
Sobre o curso, disse o Dr. Guilherme Gomes da Silveira d'Ávila Lins à DruzzPress: “Falar sobre a história dos conflitos humanos baseando-se somente nos relatos de um dos partidos neles envolvidos pode resultar daí apenas a meia-verdade e até uma grande mentira; portanto, em tais casos, AUDI ALTERAM PARTEM” - uma referência, em latim, à necessidade de se “ouvir o outro lado”. No caso, os historiadores holandeses (e outras fontes neerlandesas, que, de fato, abundam no tratamento da matéria, embora de normal olimpicamente ignoradas por nossa Historiografia).

Detalhes Práticos
De acordo com fontes do IHGP, entidade presidida pelo historiador Joaquim Osterne Carneiro, tendo como Vice-Presidente o historiador Humberto Fonseca de Lucena, o Dr. Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins é não apenas o organizador, como também o ministrante deste II Ciclo de Debates (o I Ciclo foi por ele mesmo apresentado há algum tempo, igualmente no IHGP).

Insista-se: a duração do curso abrange o período de 11 de maio a 21 de dezembro de 2013.

As aulas vão ser ministradas sempre no auditório principal do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (Rua Barão do Abiaí, 64, Centro de João Pessoa), onde estão sendo feitas as inscrições, desde abril, com Dona Leonilda ou Dona Socorro. As vagas são limitadas.

Tais aulas são realizadas em sábados alternados, por 16 sessões quinzenais, num total de 32 horas.

É este o horário das aulas: das 9 às 11 h da manhã (às 9h10m será recolhido o livro de freqüência.

Os certificados de participação serão entregues a quem apresentar um mínimo de 75% de freqüência.

Quanto às taxas cobradas para a manutenção do curso:
  • o valor é de R$ 50,00 a cada primeira sessão do mês;
  • sócios do IHGP estão isentos;
  • para universitários ou alunos do Ensino Médio, o preço é de R$ 30,00.
Quem é o Ministrante 
O médico, historiador e Professor Emérito da UFPB Guilherme Gomes da Silveira d'Avila Lins não precisa de apresentações, mas, para quem não o conhece, eis aqui algumas indicações úteis:

  • é ex-pesquisador de História do Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional da Universidade Federal da Paraíba (NDIHR/UFPB);
  • é ainda Membro Efetivo do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica (IPGH), Membro Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), Membro Honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri (IHGC), Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), Membro Correspondente do extinto Instituto Histórico e Geográfico de Campina Grande (IHGCG), Membro Correspondente do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG), Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN), Membro Correspondente do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), Membro Correspondente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR), Membro efetivo da Sociedade Paraibana de Arqueologia (SPA), Membro Efetivo da Academia Paraibana de Medicina (APMED), Membro Efetivo da Academia Paraibana de Filosofia (APF), Membro Efetivo da Academia Paraibana de Letras (APL), Membro Efetivo da Academia de Letras de Areia (ALA), Membro Fundador da Academia de Letras e Artes do Nordeste – Núcleo da Paraíba (ALANE-PB), Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Regional da Paraíba (SOBRAMES–PB) e Membro Efetivo da União Brasileira de Escritores – Regional da Paraíba (UBE–PB).

Uma lista parcial das inúmeras obras já publicadas pelo Dr. Guilherme pode ser encontrada no URL http://openlibrary.org/authors/OL1406805A/Guilherme_Gomes_da_Silveira_d'Avila_Lins .
E, neste mesmo Blogger, seu blog fica em http://gravetosdehistoria.blogspot.com.br/

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Wednesday, April 24, 2013

LANÇAMENTO DA REVISTA "GENIUS"



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LANÇAMENTO DA REVISTA GENIUS:

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Os escritores Chico Viana, Flávio Sátiro, Aloísio Pereira,
Evaldo Gonçalves, José Jackson Carneiro de Carvalho e Wills
Leal, na Academia Paraibana de Letras, quando do lançamento
da revista Genius. [Clique na foto, para ampliá-la]

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Além de Flávio Sátiro Fernandes e Evaldo Gonçalves de
Queiroz, a presença do conselheiro Luiz Nunes Alves (poeta
popular Severino Sertanejo) e da escritora Balila Palmeira. [Clique na foto, para ampliá-la]

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Da esquerda para a direita, o presidente da Academia
Paraibana de Letras, professor Damião Ramos Cavalcanti; o
escritor Eilzo Nogueira Matos; o conselheiro Flávio Sátiro
Fernandes (diretor e editor da revista Genius); o também
acadêmico Alexandre Luna Freire; e o professor Renato César
Carneiro. [Clique na foto, para ampliá-la]
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Também da E para a D: o professor Renato César Carneiro, do TRE-PB; o Dr. Berilo Ramos Borba, do IHGP; o jornalista e escritor José Nunes (também do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano); o desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, do TJPB, do IHGP e da Academia Paraibana de Letras; o conselheiro Flávio Sátiro Fernandes, diretor e editor da revista Genius; o presidente do IHGP, historiador Joaquim Osterne Carneiro; o professor Itapuan Botto Targino, do IHGP; e o historiador Humberto Fonseca de Lucena, igualmente do IHGP. Sentadas, em primeiro plano, as escritoras Auxiliadora Borba, Natércia Suassuna Dutra e Balila Palmeira, todas integrantes do Instituto Histórico. [Clique na foto, para ampliá-la]

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LEITORES E CRÍTICA ELOGIAM CONTEÚDO DA NOVA PUBLICAÇÃO


por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor



Realizou-se a partir das 18 h da terça-feira, 16 do corrente mês de abril, na sede da Academia Paraibana de Letras, o lançamento da revista Genius, que tem como diretor e editor o conselheiro Flávio Sátiro Fernandes, que é também escritor, jornalista, acadêmico e historiador.

O evento contou com a presença de vários membros da Academia, assim como integrantes do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), professores e estudantes, além de colaboradores do novo periódico.

O PENSAMENTO DA PARAÍBA
A apresentação da revista foi feita pelo presidente da Academia, o professor Damião Ramos Cavalcanti, seguindo-se à sua fala a do diretor do periódico, o conselheiro Flávio Sátiro Fernandes, que disse dos motivos que o levaram a idealizar e concretizar a criação da revista Genius.

Uma das primeiras coisas que levou em conta foi a inexistência, em nosso meio, de uma publicação de natureza cultural, destinada a fazer chegar ao público o pensamento dos paraibanos, vez que revistas a isto destinadas (por exemplo, as revistas da APL, do IHGP, da UFPB, do UNIPE e de outras instituições) são publicações restritas a seus próprios membros.

A CADA TRIMESTRE
Por ocasião do lançamento, as pessoas presentes eram unânimes em elogiar a nova revista, tanto no que tange à sua apresentação gráfica, como no que diz respeito à qualidade das colaborações reunidas. Aliás, tanto a crítica especializada quanto os leitores têm elogiado não apenas a iniciativa do Dr. Flávio Sátiro, mas também o conteúdo do primeiro número da publicação.
A periodicidade de Genius é trimestral. E, estando nas bancas o primeiro número, referente aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2013, já está sendo elaborado o segundo, correspondente aos meses de abril, maio e junho, o qual deverá circular proximamente. O preço de capa é de R$ 10,00.

O QUE HÁ (DE BOM!) PARA LER
Eis os principais artigos publicados no primeiro número de Genius, com seus respectivos autores entre parênteses:

* Joacil de Brito Pereira, um esgrimista do Direito (Flávio Sátiro Fernandes);
* O sousense Paulo Gadelha: Exéquias (Eilzo Nogueira Matos);
* Sob o signo da culpa (Chico Viana);
* A representação minimalista de "O Quadro-Negro" (Ângela Bezerra de Castro);
* "As Palavras", uma autobiografia romanceada (José Jackson Carneiro de Carvalho);
* Conferência em Buenos Aires (Paulo Bonavides);
* O Direito na Literatura e na Filosofia (Marcos Cavalcanti de Albuquerque);
* Notas para um jornal literário (Alexandre Luna Freire);
* Os mitos e o feminino maculado: Gênesis (de André Agra);
* Uma breve leitura sobre as homenagens a Luiz Gonzaga em CD (Érico Dutra Sátiro Fernandes);
* Um livro na matriz da Historiografia brasileira (José Octávio de Arruda Mello); e
* A imortalidade acadêmica (Damião Ramos Cavalcanti).

CONTEÚDO ADICIONAL
A revista - mais uma iniciativa da Fundação "Flávio Sátiro Fernandes", com capa do designer Milton Nóbrega e diagramação/arte final a cargo de Júnior Damasceno - traz ainda uma seção sobre lançamentos de novos livros; seis poemas de Ciro José Tavares e os textos intitulados "Festa na Academia" (posse do desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque como novo "imortal" da APL) e "Academia de Luto" (falecimento do acadêmico Paulo de Tasso Benevides Gadelha), de responsabilidade da equipe de redatores de Genius.

Com uma tiragem inicial de mil exemplares, a nova revista paraibana tem sua Redação localizada no Bairro dos Estados, mais exatamente à Avenida Epitácio Pessoa, 1251, sala 807, oitavo andar, telefone (83) 3244-5633. Uma foto da capa deste primeiro número pode ser vista na postagem anterior, neste mesmo blog DRUZZ ON LINE.

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Thursday, April 11, 2013

UM CONVITE DO CONSELHEIRO FLÁVIO SÁTIRO FERNANDES



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A capa do primeiro número da revista Genius, que, por seu conteúdo inaugural, já vem com jeito de publicação fadada a marcar a História editorial da Paraíba. [Clique na foto para ampliá-la]
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NOVA REVISTA GENIUS SERÁ LANÇADA ÀS 18 H DA TERÇA-FEIRA, 16 DE ABRIL, NA ACADEMIA DE LETRAS


por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor


O conselheiro Flávio Sátiro Fernandes, diretor e editor da revista GENIUS, está convidando amigos e confrades para o lançamento do primeiro número deste periódico. 

Será no próximo dia 16 de abril, uma terça-feira, às 18 h, na sede da Academia Paraibana de Letras.

Como explica o Dr. Flávio Sátiro — também historiador, constitucionalista, escritor e  memorialista —, a revista GENIUS é publicação trimestral, de caráter multicultural, abordando temas diversos, relacionados à Literatura, História, Filosofia, Ciência Política, Direito, Religião, Folclore, Geografia, Turismo, Artes Plásticas, Cinema, Música, Arquitetura, Urbanismo etc.

Neste primeiro número (referente aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2013), estão presentes nomes exponenciais de tais segmentos (além de alguns estreantes), sendo de citar o próprio Flávio Sátiro Fernandes, Ângela Bezerra de Castro, Alexandre de Luna Freire, José Jackson Carneiro de Carvalho, Chico Viana, André Agra, Érico Dutra Sátiro Fernandes, Eilzo Nogueira Matos, Marcos Cavalcanti de Albuquerque, Ciro José Tavares (do Rio Grande do Norte) e Damião Ramos Cavalcanti (presidente da Academia Paraibana de Letras), afora aquele que é considerado o maior constitucionalista vivo do Brasil, o professor Paulo Bonavides.

Uma revista de respeito, portanto!

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Sunday, March 17, 2013

CÁLCULO ESTRUTURAL x DOR-DE-COTOVELO...


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CÁLCULO ESTRUTURAL VERSUS  DORES DO AMOR
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Na ilustração acima, vinda diretamente do Olimpo, o poeta latino Ovídio tem a oportunidade de observar (de vários ângulos!) a agora já célebre obra intitulada ARQUITEORIA AMOROSO-ENGENHEIRAL LÊILICA. Vê-se, ainda, na ilustração, algumas das obras dele, Ovidius — sendo de lembrar que o livro De Arte Amandi não tem relação direta com Amanda Pontes, sendo outra maneira de dizer Ars Amatoria [A Arte de Amar]. As capas mostradas apresentam obras de Ovídio em latim, inglês, francês, italiano e sueco. Abaixo, em 55 estrofes, numeradas em algarismos romanos, uma tentativa contemporânea de explicar a Arquitheoria Lêillica, que tantas outras designações tem e que pretende ser um método infalível par a cura das dores & dos males do amor (inclusive dor-de-cotovelo) por intermédio do cálculo estrutural como aquele hoje em dia usado especialmente pelos engenheiros civis. [Clique na foto, para ampliá-la]

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SOBRE A LÊILICA ARQUITEORIA AMOROSO-ENGENHEIRAL

[pelo escriba greco-romano
Evander Anovergensis]


I
Fumaça preta, e não branca,
foi o que saiu em profusão
das narinas dilatadas do irado Zeus, no Olimpo,
logo que soube da notícia vinda da Terra
de que a semideusa Leila Mariana Fernandes
descobrira novas fórmulas matemáticas
capazes de fazer qualquer um — ou qualquer uma! —
esquecer em pouco tempo um amor que não deu certo.

II
O primeiro a ser convocado por Zeus,
o deus dos deuses, foi o deus Eros,
a quem os romanos chamam Cupido.
“Pela solução simples que a Leiloca
deu ao problema de se esquecer um amor”
— disse Zeus, já cheio de intimidades
e ralhando com o pobre do Cupido —,
"vê-se que Você, Eros, foi bastante inepto
ao complicar de forma realmente abstrusa
algo que deveria ser a coisa mais e fácil do Mundo:
o esquecimento de afeições mal investidas
ou que perderam o prazo de validade."

III
Cupido saiu do gabinete do deus dos deuses
jogando flecha pra tudo quanto é lado
— pois não gostara nada da atitude de Zeus
ao dar razão à semideusa Leila e a seu modelo
cósmico-matemático e, ainda por cima,
engenheiral-arquitetural e olvidatório.

IV
Foi a vez de aparecer ante o poderoso Zeus
a sensacionalíssima figura de Afrodite,
a deusa da beleza, do amor e da sensualidade
(e, de fato, também a deusa do sexo
— da sexualidade e da procriação)
— aquela conhecida entre os romanos
como a não menos bela deusa Vênus.

V
No depoimento que prestou ao irado Zeus,
Afrodite confessou não ter a mais mínima ideia
de como é que a semideusa Leiláride
chegou a conclusões tão lógicas quanto acertadas,
se todos aqueles segredos referentes ao tema
(isto é, o esquecimento de amores antigos ou recentes)
estavam guardados numa caixa secreta especial,
trancada a sete chaves e treze cadeados,
bem debaixo de seu sacro leito de ouro translúcido
guardado por três mil eunucos gigantes.

VI
— Epa! Argh! Putzgrila! — exclamou Zeus, horripilado,
esquecendo-se de perguntar a Eros se a sagrada cama
à qual ela se referia era aquela na ilha de Cítera
ou aqueloutra na ilha de Chipre.
Mas Zeus nem teria mesmo tempo
de perguntar mais nada a Afrodite,
pois eis que ela já arranjara uma boa desculpa
(e se preparava para se escafeder),
botando toda a culpa no pobre do Ovídio.

VII
— Você diz o poeta Ovídio? Públius Ovídius Naso,
aquele que viveu entre o ano de 43 antes de nossa Era Comum
e que deixou sua forma humana em 18 da atual Era?
Aquele que escreveu várias obras poéticas,
sobretudo Amores, a célebre Ars amatoria
ou A arte de amar, e os Remedia amoris
ou Remédios dos amores ou A cura do amor]?

VIII
— Isto mesmo, oh Zeus, amado pai!
O mesmo Ovídio de Sulmo,
educado em Roma e em Atenas
e, depois, na Ásia e na grande ilha da Sicília
e, claro, que foi casado por três vezes!

IX
— Ah, o poeta tinha, então, experiência de vida
para escrever não apenas sobre amores,
mas, também, sobre como evitá-los ou esquecê-los!
— obtemperou Zeus, em risadas que estrondearam
por todo o Olimpo.

X
— Sim, ele mesmo, oh Zeus!
Vejo que se lembra perfeitamente
que Ovídio escreveu aquele livro famoso,
o Ars amatoria, isto é, A arte de amar,
sob minha direta inspiração de deusa do amor!

XI
— Claro que me lembro! 
Quem poderia esquecer isto?
E logo eu, que sou deus e que tenho
conhecimento verdadeiramente universal
e que, portanto, disponho de fabulosíssima
memória para tudo?!
Afrodite fez que não ouviu este vitupério,
vale dizer, este autoelogio em boca própria,
e foi adiante: — O problema, grande Zeus,
é que, depois do Ars amatoria,
Ovídio inventou de escrever outra obra,
quase tão famosa quanto a anterior,
o Remedia amoris,
isto é, como já se sabe,
A cura para o amor.
Então foi ele, Ovídio,
quem inventou essa moda, ora bolas,
de se arranjar remédio para o estrago
que eu, Vênus/Afrodite, e o Eros/Cupido
fazemos com tanto capricho nos corações humanos!
Só que, agora, uma semideusa que fala a língua materna
do novo Papa Franciscus
aperfeiçoou as técnicas e lançou um novo método,
avançadíssimo e cibernético, de fazer a mesma coisa,
digo, de curar o mal do amor — e isto de uma maneira
super-rápida, até com data-base e outras novidades
inexistentes ao tempo de Ovídio!

XII
— Convoquem imediatamente, a meu Sumo Gabinete,
o alcandorado espírito de Ovídio! — ordenou Zeus
aos deuses Marte e Apolo, bem como à deusa Atena,
enquanto a bella Afrodite se retirava para a ilha de Lesbos,
a fim de visitar sua íntima amiga, imortal pelos versos,
a poetisa Safo.

XIII
O poeta Ovídio chegou ao Olimpo um pouco desconfiado:
o resultado de um de seus últimos contatos com autoridades
de alto coturno havia sido o seu banimento,
pelo imperador Augusto, para a costa ocidental
do Mar Negro, onde passara, em amargo e duro exílio,
a década final de sua existência terrena.
XIV
Ovídio atribuía esse banimento justamente
ao fato de haver publicado a obra Ars amatoria,
considerada obscena pela sociedade romana da época.
Mas, quem sabe, talvez para a assinatura
do decreto de banimento, haja influído a circunstância
de ele se ter ligado, de alguma forma pouco recomendável,
à célebre Júlia, filha devassa do mesmo imperador Augusto.
(Pelo que se vê que o problema
de filhas doidivanas é bem antigo!)

XV
O banimento, o exílio para terras distantes,
para a pátria dos godos ou getas,
para as inimagináveis lonjuras de Tômoi
foi o que Ovídio ganhara com seus versos elegíacos,
engenhosos e fluentes, imaginativos e pitorescos...
Mas eram versos que o tornariam, bem depois,
o poeta latino favorito do Renascimento
— e que ainda hoje são lidos, com prazer,
sobretudo pela gente de Cultura.
Pois, como disse alguém que sabe onde tem as ventas,
felizmente persiste nos dias correntes
algo que se pode chamar "a doce alma espirituosa
de Ovídio", que vive até mesmo na "língua de ouro
do melífluo Shakespeare".

XVI
Quando Ovídio finalmente se apresentou a Zeus,
deste deus ouviu a frase curta e grossa:
— Para aprender, oh poeta ultrapassado
nas hipóteses e teorias sobre como olvidar amores,
Você está condenado a ler, por inteiro,
esta ARQUITEORIA ENGENHEIRAL LÊILICA,
de autoria da semideusa terreno-olímpica
Leila Mariana Fernandes!

XVII
O poeta Ovídio sentou-se numa nuvem do Olimpo
e danou-se a ler todo o tratado lêilico...
E o fez de uma tirada só, sem parar nem para se coçar.
Sua expressão ia ficando cada vez mais assombrada,
o que se denotava sobretudo pelo arregalamento dos olhos.
Ao final, o bardo latino reconheceu a superioridade
das proposições teórico-matemáticas lêilicas,
clamando em atos brados, em direção ao trono de Zeus:
Semibovemque virum, semivirumque bovem!
Nos cerca de 800 versos dos "Remédios do amor",
ensinei a homens e a mulheres o pulo-do-gato
para que esquecessem amores infelizes
ou mesmo aqueles não correspondidos!
Ofereci-lhes receitas sobre como escapar à saudade
por meio de prolongadas viagens; da caça e da pesca;
de atividades físicas intensas; de evitar a leitura de poetas
e poetisas preocupados com a temática amorosa...

XVIII
O deus Dioniso (ou Baco), que a tudo isto ouvia calado,
ali mesmo, no Gabinete do flamejante Zeus,
fez um aparte para acrescentar,
com sua experiência e gratidão
de deus do vinho:
— O trecho de que mais gostei, Ovídio,
em seus “Remedia amoris”,
foi aquela que recomenda:
para esquecer um grande amor,
ou tome POUQUÍSSIMO vinho
ou tome vinho em demasia,
mas nunca tome vinho moderadamente.
E Você, poeta, explicava:
se ingerir vinho em demasia,
o sujeito desmaia, perde o controle,
fracassa na hora agá do amor,
espanta a moça, por incompetência;
se, por outra, ingerir pouco vinho,
não pensará em se entregar
aos insaciáveis prazeres da carne;
no entanto, se emborcasse mais algumas taças
da amada uva líquida, seria persuadido,
por Vênus e por Eros, a se lançar
nos deliciosos braços e abismos da paixão!

XIX
Terminado o respeitoso aparte do deus Baco,
o poeta Ovídio pôde continuar a bradar
em direção aos aposentados de Zeus:
— Vi, agora, lendo a ARQUITEORIA LÊILICA,
que minha pobres e fracas doutrinas eram inúteis
para que homens & mulheres pudessem mergulhar
no mais profundo véu do esquecimento
antigos amores malsucedidos!
Que se rasguem meus livros
“Ars amatoria” e “Remedia amoris”!
Que o Olimpo publique uma edição especial,
prefaciada por Zeus e apresentada por Afrodite,
com introdução de Eros poderoso,
da novel obra ARQUITEORIA LÊILICA!

XX
O poeta Ovídio parou um pouco para respirar
e, logo em seguida, aduziu:
— Que a Gráfica-Editora do Olimpo imprima
sete bilhões de exemplares
desta ARQUITEORIA LÊILICA,
um exemplar para cada habitante do Planeta!
Mesmo os que hoje são infantes um dia haverão de crescer
e, lendo a obra de Leila, a Mariana,
beneficiar-se-ão de seus judiciosos ensinamentos!

XXI
Novamente tomou fôlego o poeta Ovídio, para acrescentar:
— Mas essa edição especial estará incompleta
se dela não constarem notas, estudos, fotos, observações
e outros materiais produzidos pelos amigos, colegas e associados
da lêilica arquiteta-cientista & matemática,
a exemplo de Amanda Pontes,
uma das maiores estimuladoras
da publicação desta contribuição lítero-lêilica
e matemático-arquitetônica.
Mas o Fernando Vasconcelos foi o grande responsável
por esta ARQUITEORIA LÊILICA
haver sido finalmente conhecida
pelo Mundo e até no Olimpo:
foi ele quem, conhecendo de antemão
o projeto (e até mesmo a data-base!),
mas não o Relatório depois dado a lume,
deu com a língua nos dentes,
revelando o que estava por vir.
E, no entanto, o Fernando Vasconcelos
já foi publicamente acusado
de ser homem de pouca fé,
por não acreditar nesses cálculos
não apenas infinitesimais, mas também,
por assim dizer, tecnológico-sentimentais...

XXII
Todos os deuses e deusas do Olimpo
ouviram reverentes e assombrados
(podia-se ouvir o voo de uma mosca)
quando Zeus leu o “incipit” da obra leilânica:
“Amigos & amigas, não é uma tese
o que publico hoje, aqui, mas um simples relatório
sobre como se pode esquecer um amor,
calcular uma data-base para esse esquecimento,
dimensionando a Estrutura Emocional
como se dimensiona uma Estrutura Metálica.
Isto começou como um projeto pessoal,
há alguns meses, enquanto eu dimensionava
uma Estrutura Metálica de verdade,
uma cúpula para receber cobertura de vidro temperado;
e, enfim, a lêilica criadora da Megatheoria
informa a todos que “aí está minha memória descritiva,
para que Vocês todos possam avaliá-la,
para que me possam dizer onde estou errada”.
E, por se tratar de uma proposição
eminentemente técnica, a lêilica Autora só aceita
refutações também técnicas,
com base em que uma teoria
só pode estar correta
se for também falsificável.

XXIII
A Ana Paula teve a vida imediatamente mudada
com a simples leitura da ARQUITEORIA LÊILICA,
e disse para que todos ouvissem, “urbi et orbi”:
“Preciso fazer um curso de Engenharia Civil
para entender algumas partes da doutrina de Leila”.
Isto porque, como chegou a reconhecer,
“não entendo suficientemente
de Engenharia Civil e de Estruturas Metálicas
para entender as profundas proposições lêilicas”.
— Os engenheiros — dizia ainda a paulina Ana —
estão mais aptos para estudar este Relatório,
porque ele ficou muito interessante, de fato,
e preciso ler tudo, novamente, com atenção,
além de visualizar o gráfico respectivo
com muito mais acuidade.
Mas, pelo que li rapidamente,
a chave principal está no Senhor Tempo:
como dimensionar esta data?
Ou melhor, esta data-base?
É nosso coração que delimita tudo?
Ou não estaria a razão forçando
ou impondo um desejo
que não obedece à força do sentimento?
Questions, questions, questions
— todas provocadas pela Arquiteoria lêilica,
que, de fato, como Jesus Cristo,
veio para confundir, não para explicar.

XXIV
Ainda para a semideusa Ana Paula,
o tempo aparentemente deve se aplicar
ao amor e à data-base,
embora a Autora lhe tenha explicado
que a Razão não força nada,
“ela apenas dá motivos para se chegar
a um equilíbrio emocional y,
isto é, atingir essa desejada data-base.
E a Leila considera coisa mui
“perfeitamente matemática”
o fato de o amor ir crescendo mais e mais.

XXV
Por esta ligeira amostra,
já se vê que há que ler tudo com cuidado,
pois a lêilica Autora, nesta primeira parte,
que é sobretudo teórica,
relaciona alguns termos
da Engenharia com as emoções e sentimentos.
E insista-se em que o gráfico
é apenas básico,
dando para mostrar, porém,
que a variante “amor”, crescendo com o tempo,
passa um período na zona do estacionário
(justamente tentando o “oblivion”,
o esquecimento), após o que vai decrescendo
e decrescendo e decrescendo,
até chegar à data-base, onde tende a se extinguir.
O consolo é que esta é apenas a parte teórica
e que a Autora já prometeu postar as fórmulas
propriamente ditas para dimensionar a data-base...

XXVI
[Fernando Vasconcelos não sabe
o grau de trabalheira que arranjou
para a amiga Autora quando sugeriu
que ela publicasse tão genial descoberta!...]

XXVII
O semideus hispânico Viictoor Ortiiz,
numa nota de rodapé,
diz claramente, dirigindo-se
à professora-cientista-doutora Leila,
que “se vee que eres tremenda menina, eh”...
Ao que ela, a Autora, remete-se ao próprio Ortiiz,
(provavelmente um Ortiz bem mais intenso,
porque com dois OOs e quatro IIs):
“Entonces, crees en mi teoria Victor...
Vas a tener una fecha para olvidarme a mi...”

XXVIII
Bem que, de início,
o Viictoor Ortiiz achou ser impossível
alguém criar um modelo cosmológico-matemático
capaz de encerrar numa elegante equação
todos os segredos da, como direi,
dessensibilização sentimental.
Mas, para o mesmo Ortiiz,
bastou ler o resumo inicial
da obra lêilica para que ele próprio exclamasse
alto e bom som: “Sí, claro, ahora sí, lo creo, jajajaja”...
Ao que tudo indica, isto foi tomado com bom humor
pela própria Autora da teoria, que respondeu na bucha:
“Caray, entonces ya vas a olvidarme...”.

XXIX
Há todo um capítulo da edição especial
dedicado ao uso do “jajajajaja”
pela castelhanófona cientista Leila,
que dedica todo o volume à generalidade dos amigos,
mas, também, a uma amiga em particular,
Keyla Kosta, para quem diz,
referindo-se à sua ARQUITEORIA LÊILICA:
“Entonces, vas a usarla para olvidar
tus muchos amores pendientes”,
acrescentando ironicamente, em linguagem enigmática:
“A ver, tendrás muchas datas-bases...
Te quedarán todos los próximos diez años...
caray caray caray... jajajaja...”

XXX
Outra semideusa, a Sirlei Boselli,
também parece ter pegado à unha
o segredo da nova megateoria
que, dependendo de seu uso,
pode até desbancar a necessidade
de termos uma Teoria da Unificação de Tudo!
Sim, porque La Boselli viu logo que era preciso
“seguir as etapas, uma a uma,
na análise da hiperteoria,
de que ela gostou muito,
para que as coisas se tornem
menos complicadas —
apesar de a própria Sirlei avisar:
“Parece simples, de início,
porque a teoria costuma ser mais fácil
que a prática, a praxiologia”.
XXXI
De qualquer forma,
se Você penetrar a Teoria,
ficará mais fácil entender a práxis.
Ainda com relação a La Boselli,
que se lhe dê o mérito de haver vislumbrado
um ponto realmente fulcral
na Arquiteoria Lêilica:
o princípio de que se deve
amar a si mesmo antes de tudo e de todos,
porque só assim se consegue
amar de verdade o próximo.
“De fato”, diz ela, “este é o ponto principal
dentro de tudo isto do esquecimento,
como foi visto por um
dos semideuses imortais masculinos do grupo,
o Dr. Miler Clewston de Marchi:
Você como ponto principal na estrutura!”
De tal forma que, nesta Arquiteoria,
a coisa mais forte é o equilíbrio de tudo.
Com o que de imediato concordou
a semideusa imortal Keyla Costa.
Mas parece que a Sirlei Boselli,
de tanto estudar a nova teoria,
caiu de cama e precisa de doses
especiais de ambrosia
para se recuperar totalmente.

XXXII
A semideusa, também imortal,
Idy Queiroz, que não me deixa mentir,
ainda não se pôde pronunciar sobre o assunto
porque está tratando de coisa
diametralmente oposta à temática
da Arquiteoria lêilica:
não o esquecimento do amor,
mas seu hiperfortalecimento,
via retroalimentação do próprio!
;-)

XXXIII
Já o semideus Smith Marcelo,
que além de engenheiro é poeta,
quer, não importa em que tudo resultar,
que, no resumo do tópico,
esteja o amor sempre em evidência.
Para os demais engenheiros e engenheiras
(todos igualmente semideuses
e todas igualmente semideusas)
— e este é o caso, dentre outros,
de Fernando Vasconcelos,
Renato Meireles e de Amanda Pontes,
de Marina Meireles e de Ana Paula —
as coisas se tornam mais fácil de apreender
(mas isto também ocorre quanto a
uma arquiteta semideusa, Isadora Meirelles),
que, como a engenheira Leila Mariana,
é capaz igualmente de fundir
Técnica e Sentimentos,
Tecnologia e Amor.

XXXIV
Mas ele, Smith Marcelo, ao contrário de muitos,
considera que “não há dimensionamento
para o esquecimento de um amor”:
— Use todas as Ciências e Engenharias
que quiser — sustenta ele —,
mas de qualquer forma não dará certo,
porque só o tempo poderá fazer
com que se aquietem as chamas
ainda acesas de um amor.
“Se se trata realmente de Amor com A maiúsculo,
haverá brasas que podem até ficar escondidas,
mas não serão facilmente esquecidas,
porque, vai daqui, vai dali,
estarão também aquecidas...
Só o Tempo é o senhor de nossas vidas.
Mesmo calculando, estruturando,
especificando, só o Tempo é o senhor de tudo”.
E o Smith — depois de pedir a inclusão
no projeto de um poema seu sobre o Tempo —
conclui não só dando parabéns
à Autora da Arquiteoria Lêilica
como chamando-a de “semideusa competente”
e contratando-a para trabalhar
em sua gigaempresa transgalática,
numa prova de que se trata mesmo
de uma “viagem” com muitos panos
para as mangas dos pensadores.

XXXV
De nada adiantou a semideusa Leila perguntar:
“Serei eu um raro tipo de calculista
que me torne única no cálculo de uma estrutura,
só porque vejo o amor como algo real
e que, como tal, pode ser medido,
estruturado, estudado da melhor forma?!
O semideus Smith continuou achando
que “este tópico tem assunto para uma vida inteira”.
É porque não lhe entra na cabeça,
nem a golpes de marreta,
que seja possível formular uma teoria
para esquecer o amor, usando-se os métodos
da Engenharia Civil...
Mas está pronto para estudar a matéria
caso veja que a teoria pode ser aplicada,
isto é, “se estiver bem estruturada
e, sobretudo, funcionar”.
Neste caso, como já se disse, tratar-se-á de uma
autêntica revolução no mundo científico.
E Keyla Costa diz concordar
“con su thesis, hermana!”.
E pensar que houve gente pensando
em “raio de piração”, quando a Autora
falara apenas em “raio de giração”,
por sinal um ponto central de toda a teoria.

XXXVI
Por seu turno, a semideusa Marina Meireles
que de início não sabia que rumo maluco era aquele
tomado pelo tópico principal do dia,
entendeu que poderia estar começando
uma nova era para a Engenharia Civil mundial!
E isto por perceber que a autora da Arquiteoria
utilizou-se das Físicas I, II e III,
bem como de conceitos sem dúvida muito úteis,
como a resistência dos materiais e das Mecânicas;
e até de elementos próprios às instalações
elétricas e hidrossanitárias,
para não falar de variantes inesperadas
como a hidráulica, a acústica e, sobretudo,
a Estrutura Metálica...
Viu que a Autora, sim, compara tudo
com o esquema de carga da estruturas...
Não deixa de levar em conta
as forças solicitantes e os momentos...
Faz comparação, ainda, de toda a estrutura,
de um modo bem geral...

XXXVII
E foi justamente da semideusa Marina Meireles
que veio a explicação mais articulada
para a Arquiteoria Lêilica:
— Observando-se bem a amostragem e o experimento,
em sua parte puramente técnica,
vê-se que o gráfico básico Amor versus Tempo,
neste Relatório 1, está a mostrar sequência
de forças vetoriais resultantes,
numa angulação de plano bidimensional x/y,
restando para ser calculado o tempo final.
De todo modo, já se denota certo crescimento,
até um ponto máximo,
após o que tal crescimento estagna,
enquanto a Autora não conclui
seus cálculos terminativos,
os quais devem constar do Relatório 2
ou Memória de Cálculos,
a ser liberado na próxima semana pela Autora,
que, nessa segunda parte,
lança mão de fórmulas de estruturação
para finalmente alcançar as esperadas datas-bases.

XXXVIII
Não obstante a semideusa Marina Meireles
haver observado que “o tempo zero deve ser alterado,
pois existiu uma data de início do experimento em análise”,
e levando-se em conta que ela mesma
ainda não comparou fatores como o sentimento de amor,
“apenas nos cálculos”,
tudo fica claríssimo de compreender
se se atentar para o alerta da própria Autora,
segundo a qual é necessário primeiro entender
o Memorial Descritivo, para somente depois
se partir para absorver os cálculos numéricos.
“O tempo final depende do Raio de giração”
— e é de se crer que neste ponto
as pessoas comecem a intuir que realmente
devem esquecer os tais amores sem futuro
— quando então se inicia verdadeiramente
a etapa de se realizarem os frios cálculos
para só então se chegar à data final...
E por favor se lembrem: “O gráfico é básico;
nele está muito pouco, pois é mais poético
que outra qualquer coisa”...

XXXIX
Em sua eternal percuciência,
a semideusa Marina Meireles
chegou a perceber os picos de crescimento,
o ponto estático, o momento de discórdia ou estabilidade,
seguido de perto, infelizmente, pelo declínio amoroso
— embora ela não haja ainda feito qualquer
comparação com o lado emocional da coisa,
por estar no momento tudo avaliando tecnicamente.
E bem que a própria Autora lembra a todo instante:
“Este é apenas um gráfico básico, não o todo”.
E, para a compreensão total da nova doutrina,
é preciso ter sempre presente
outra advertência da engenheira-cientista Leila:
“Desde o primeiro momento, faço a comparação
entre as estruturas e as emoções”
— o que tem profundidade realmente abissal,
para quem está com a mão na massa
e por vez primeira vê comparadas
uma Estrutura Metálica e uma Estrutura Emocional
num só modelo técnico-poético-emocional
que pode mudar para sempre
as Ciências Exatas e da Natureza
e as próprias Ciências Sociais,
a partir da Psicologia!...

XL
Mas Leila amplia este conceito,
afirmando que, por sua útil Arquiteoria,
é possível não apenas agendar no tempo
o esquecimento “de um amor que te dói n’alma”,
como também o de “um amor não correspondido”
ou mesmo de um amor correspondido
“mas que te faz sofrer”. E prossegue:
— O esquecimento, aqui, é quando já não há mais
como arreglar, quando tudo faz mal apenas a você;
mas, se Você sofre por um amor e crê que está
numa zona de conforto, então OK, siga este caminho...
Entretanto, se Você quer realmente esquecer,
aí existem todas essas bases previamente analisadas
para se processarem os cálculos e se chegar
emocionalmente estruturado (ou estruturada)
a uma data-base razoável.

XLI
O semideus Miler Clewston de Marchi,
em seus tempos terrenos, trabalhou
com representação de perfilados,
ferro e aço, tendo então que desenhar projetos
e até calcular  próprio peso do metal;
e também cursou Mecânica Industrial,
onde teve de aprender CAD e Desenho Técnico,
por dois longos anos, além de ser do CREA na área.
Tais qualificações o tornam capaz de
concordar, em partes, com a nova Arquiteoria.

XLII
Mais uma semideusa que se manifesta
é a Verônica Lúcia do Rego Luna,
afirmando textualmente que
“a mera passagem do tempo
não opera milagres ou mudanças.
Ainda que o tempo seja ‘senhor da vida’,
esta, a vida, tem também uma ‘dona’: a consciência.
E o uso que esta, a consciência, fizer do tempo
é que determinará o esquecimento do amor,
a restauração dos laços, a renovação dos sentimentos
— ou não”... caetanamente.
E a própria Autora da HiperTeoria responde
que “Verônica o disse muito bem:
o uso que a consciência fizer do tempo
é que determinará o esquecimento do amor”
— e esse uso do tempo, que deve ser estruturado,
é o ponto fulcral de toda a MegaTeoria.

XLIII
Os demais deuses do Olimpo,
que também tiveram acesso ao Projeto Lêilico,
ficaram deveras agradados
com a confissão da Autora
de que “tudo começou com algo bem pessoal”:
há alguns meses, ela dimensionava
uma Estrutura Metálica
(cúpula a ser coberta com vidro temperado),
Entre cálculos sobre vigas, terças e contraventos
seus mais que livres pensamentos
começaram a associar a tal Estrutura
com seus sentimentos do momento...
E a Autora se sentia “emocionalmente mal,
tentando esquecer um amor”,
coisa mui comum nos dias que correm
ou desembestam
(mas, claro, não apenas nos dias de hoje!).

XLIV
Numa prova de que sua cabeça
estava totalmente tomada
por tais sentimentos,
a mente da Autora começou a imaginar
ser possível dimensionar
uma... Estrutura Emocional,
utilizando formulações do dimensionamento
de uma Estrutura Metálica,
de forma a alcançar uma data-base
justamente para esquecer aquele amor...

XLV
Não! Não na considerem louca!
Veja-se que seu espírito estava alterado,
mas sua mente continuava
(quase) totalmente racional.
Tanto que pensa que o próprio amor
deve ser também algo por inteiro racionalizável.
Também não na associem com livros como
O antídoto do amor, de Jean Aubery,
tratado médico de 1599...
Se Você quiser uma obra destas,
hoje em dia, é porque é colecionador
de caríssimas raridades bibliográficas...
Terá que gastar, para adquiri-la,
a bagatela de dez mil e quinhentos dólares!
Seu título original é “L'antidote d'amour"
e por aquele tempo (e mesmo depois)
o amor era considerado "a pior das doenças";
entre os "remédios" usados "contra ele"
estavam a prática da caça (a pé, não a cavalo!),
vestimentas leves, pão gelado,
peixe recém-pescado em água fresca/corrente,
saladas e abstinência total de carne e de vinho.
Mas havia coisas ainda piores,
como a Genealogia do amor, de 1609,
que nem vale a pena referir.

XLVI
Para Nando Vasconcelos,
a semideusa Leila jamais deixará de ser
uma “menina poetisa”, além de engenheira,
cuja criatividade e inteligência adora.
Isto não o impedirá, no entanto,
de ler todo o Relatório da Arquiteoria
“com critério e com olhar de engenheiro”
— o que significa que vai submeter
a semideusa Leila a autêntica sabatina,
sem largar de mão seu pensamento de que
“só o amor atua como fator transformador”.
Leila não teme a sabatina,
pois sustenta que isto de atuar, transformar,
fator, percepção, criação, formas e contornos,
estruturação, memória de cálculo, cota,
composição de custos e especificação técnica
reforços estruturais — é tudo termo matemático,
principalmente para ela, que tem
“o olhar de engenheira apaixonada”,
sempre pronta a emprestar o ombro amigo
aos necessitados da fórmula do esquecimento.

XLVII
Outra que adorou todas essas reflexões lêilicas
foi a semideusa Kátia Fonseca, para quem
tudo está “perfeito”, vez que “o amor realmente
é o gás essencial à vida”: uns já nascem com ele,
de sobra, ao passo que outros precisam
que se lhes injetem...
Para Kátia, “a troca desse bem precioso
é o fator responsável por nossa sobrevivência”.

XLVIII
De início, a semideusa Amanda Pontes
jurou que não estava a entender
“nadica de nada”, porque, de início,
pensou tratar-se de novo surto de loucura
em alguém do grupo...
Mesmo porque a semideusa Leila garantia:
“Com cálculo estrutural, esquecerei em data certa
este amor que em mim ainda está latente
“Existe uma Engenharia que estruture o amor?!”
“Caberia o Amor dentro das Ciências Exatas?!”

XLIX
Mas a Amanda logo telefonou para Elisibona,
pedindo a ajuda do semideus Oscar Carreira.
O subtítulo da Arquiteoria Engenheiral Lêilica
seria, de início, apenas “Amor Olvidado”,
embora o Nando Vasconcelos dissesse
repetidamente à Autora que não seria possível
que com cálculos se estruturasse um oblívio.
Outro subtítulo a que se chegou foi
 “Engenharia Revolucionária do Amor”.
Porque, como a colega Leila Mariana,
tem Amanda fé na Engenharia e no amor,
assim como nas construções amorosas.
E já está começando a admitir
que o cálculo estrutural pode ajudar,
sim, para fazer com que alguém esqueça um amor.
“Mas, olé, que sejamos felizes,
pois viva a vida e viva o amor!”...
E se Amanda se convencer de que a Arquiteoria
da Leila tem sustança científica de verdade,
vai agendar uma conferência dela
no centro cultural mais chique de Florianópolis.

L
Como sustentou Ana Paula, será novidade
até para os terapeutas esta nova viagem
entre a dimensão da Engenharia Civil
e o esquecimento de um amor partido.
E o semideus Luiz Farias Neto, esperançoso,
repetia, de si para si, o pensamento de Freud,
de que só o amor atua como fator civilizador,
modificando o egoísmo em altruísmo”.
É bem verdade que, como disse o Nando,
“muita coisa vai além das Ciências Exatas
e de nossa capacidade racional”

LI
Ainda outra designação, precedida de sigla,
foi tentada para a Arquiteoria: TLMDEOADC
- “Teoria Lêilico-Mariânica do Dimensionamento Estrutural
para Olvidar Amores em Data Certa”,
também conhecida como "Hipótese Lêilica, Revisão 1".
E se sugeriu também isto: “Da desconstrução do amor
via cálculos estruturais à revolução total nas Ciências Físicas”.

LII
Bem que Felipe Nóbrega alertou:
“O amor revoluciona nossa vida pessoal e social.
Isto é fato. Basta que o vivenciemos”.
E previa ele: “A viagem imaginária já foi iniciada,
de modo a gerar bons frutos!”...
Oxalá, Saravá, Axé! Shalom, Salaam,
Hare Krishna! Om!
São as saudações que, certas ou erradas,
as pessoas lançam em direção ao deus Baco,
no momento servindo uns chopes
ao semideus Fernando Vasconcelos e amigos,
nesta espécie de festa cultural,
mesmo sabendo que ele tem trabalho bem cedo, amanhã...
Fez certo a Ana Paula em providenciar
com muita antecedência umas doses cavalares de glicose.

LIII
As más línguas dizem que a Arquiteoria foi postada
em data muito cabalística: 13 de 03 de 2013.
A soma de todos estes números cabulosos
dá 2.029 — e eis que a Autora
já pode estar começando a adivinhar,
porque os cientistas esperam,
com um misto de excitação científica
e também de certo temor humano,
justamente para tal ano de 2029
a passagem do asteroide 99942 Apophis:
logo cedo pela manhã, no dia 13 de abril desse 2029,
observadores postados na Ásia e no Norte da África
terão a chance de testemunhar um raro evento celeste,
que acontece apenas uma vez a cada
mil e quinhentos anos: justamente a aproximação
do Apophis, até cerca de 20 mil milhas da Terra,
esperando-se, no entanto, que este monstro
de mais de mil pés de diâmetro não venha a colidir
com nosso sofrido Planeta.

LIV
Ainda vestida de deusa,
por causa da última festa no Olimpo
(aquela festa das Plaquinhas Iddýllicas),
a semideusa Tamara Kely viu por aqui
toda uma movimentação estranha
— e pensou que as plaquinhas da Idy
estavam de volta à ribalta, em frisson.
Depois, imaginou que se tratava
de uma sessão coletiva de Psicanálise
com o próprio Freud (ou não seria o Jung?!),
o que já seria algo sem limites.
Mas logo descobriu, se acabando de rir,
que o bafafá, desta feita, devia-se
a uma nova teoria em elaboração
nos porões mais profundos do Crazybook
— e que a própria Autora da Arquiteoria,
da mais perfeita estrutura metálico-emocional,
seria a cobaia viva do experimento!
“Chose de loque”, como diria o Jô Soares.

LV
É ainda da Amanda Pontes:
“A Arquiteoria Lêilica é do século XXI
e ficará registrada na Historia da Engenharia Civil
e das Ciências Humanas”...
Mas ainda se esperam os pronunciamentos importantes
como os do Ricardo Ikeda, Marcelo Dias e a Idy Queiroz...
E que Leila Mariana deixe-se de “tremblar”
porque, como viu, não há motivos para tremedeira
e, sim, para comemorações de uma nova era
e, quem sabe, de um novo amor.

[FINIS]

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