Tuesday, November 20, 2012

"MINISTROS PARAIBANOS EM TRIBUNAIS SUPERIORES" E "PERMANÊNCIA DE OSIAS GOMES"



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Capa do livro sobre os Ministros paraibanos que tiveram ou têm assento em Tribunais Superiores [Clique nas fotos para ampliá-las]

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Principal capa da obra contendo a biografia e homenagens ao grande jurista paraibano — inclusive com a transcrição de valiosos trabalhos jurídicos de sua autoria

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O número 12 informativo Judiciarius, órgão de comunicação impressa do TJPB, traz alguns dos fatos mais importantes ocorridos ultimamente no âmbito da Justiça no Estado 

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DESEMBARGADOR-PRESIDENTE DO TJPB LANÇA NESTA QUARTA-FEIRA MAIS DUAS IMPORTANTES OBRAS PARA A HISTÓRIA JURÍDICA DO ESTADO

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por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor

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Os novos livros são Ministros paraibanos em Tribunais Superiores (518 páginas) e Permanência de Osias Gomes (270 páginas). Tribunal homenageará ainda a memória de dois desembargadores cujo centenário de nascimento se comemora em novembro corrente.



O chefe do Poder Judiciário paraibano, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos, preside nesta quarta-feira, 21 de novembro, a partir das 16 h, no Salão Nobre do Palácio da Justiça, em João Pessoa, a importante solenidade de lançamento de mais duas obras de relevo para a História da Magistratura estadual: 1) Ministros paraibanos em Tribunais Superiores e 2) Permanência de Osias Gomes

Como se vê pelo título do primeiro livro, esta obra de 518 páginas discorre sobre os 25 juristas paraibanos que, tendo saído de nosso território, ingressaram em Tribunais Superiores do país (STF, TFR, STJ, TST, STM etc), destacando-se em suas respectivas áreas de atividades.

O segundo livro — Permanência de Osias Gomes, com 270 páginas — é uma biografia ao que tudo indica bem completa do grande jurista paraibano Osias Nacre Gomes, que foi desembargador do TJPB, além de professor da Faculdade de Direito da UFPB, escritor, romancista, jornalista, editorialista, ministro protestante e muita coisa mais. Em verdade, era considerado um dos maiores intelectuais paraibanos de sua época.

RELEMBRANDO GRANDES VULTOS

Estes livros estão sendo lançados pelas Edições do TJPB dentro do programa editorial idealizado pelo atual desembargador-presidente Abraham Lincoln, no sentido não só de resgatar a História do Judiciário paraibano, como também de homenagear grandes vultos do passado, na trajetória da Magistratura do Estado.

Trata-se, portanto, de mais um lançamento de obras promovido pela Mesa Diretora do Biênio 2011-2013, por intermédio da Comissão Especial de Cultura e Memória do Poder Judiciário do Estado da Paraíba, instituída em inícios de 2012 pelo atual chefe do Poder Judiciário e presidida pelo desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque.

Segundo expressou o próprio desembargador-presidente Abraham Lincoln, o escopo maior do lançamento destes dois novos livros das Edições do TJPB, dentro da programação de solenidades de caráter histórico, cultural e artístico para o Ano Judiciário de 2012, é o de “homenagear grandes vultos que, com seu fértil exemplo, dignificaram a Magistratura paraibana, servindo de modelo para as gerações presentes e futuras”.  

LIVRO SOBRE OSIAS GOMES

Com relação ao lançamento da obra intitulada Permanência de Osias Gomes, um neto do homenageado, o advogado Cleanto Gomes Pereira, fará ao vivo a apresentação do volume, em nome da família.
Quem falará apresentando a outra obra, Ministros paraibanos em Tribunais Superiores, será o desembargador José Ricardo Porto, em nome da Presidência do TJPB e da Presidência da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário, de que faz parte, como membro-titular.

OUTRA OBRA DE FÔLEGO
O presidente desta Comissão Especial, desembargador Marcos Cavalcanti, assinalou que a obra sobre os juristas paraibanos que saíram da Paraíba para brilhar em Tribunais Superiores no Sudeste ou em Brasília (DF) se constituirá num marco dentre os lançamentos de livros já realizados pela atual Administração do TJPB.

Foram os dois livros impressos na Gráfica JB, com capas de autoria do designer Mílton Nóbrega. O projeto gráfico coube a outro designer, Martinho Sampaio, do TJPB. E a pesquisa, a redação dos textos e a editoração eletrônica ficaram a cargo do escritor, jornalista e editor Evandro da Nóbrega, também membro da Comissão Especial de Cultura e Memória do Judiciário, colegiado que o incumbiu oficialmente de escrever as duas obras.

CENTENÁRIO DE DOIS DESEMBARGADORES

Haverá apenas quatro curtos discursos, o mais longo dos quais durará por volta de 10 minutos:

1) o pronunciamento do desembargador-presidente Abraham Lincoln abrindo protocolarmente a cerimônia;

2) o do desembargador José Ricardo Porto apresentando o livro sobre os Ministros paraibanos em Tribunais Superiores;

3) o do advogado Cleanto Gomes apresentando o livro sobre o seu avô, o desembargador Osias Nacre Gomes; e

4) o do juiz de Direito aposentado e historiador Humberto Cavalcanti de Mello, homenageando, com uma conferência, em nome do Tribunal, a memória de dois saudosos desembargadores cujo centenário de nascimento se comemora no corrente mês: Jurandir Guedes de Miranda Azevedo (nascido a 17 de novembro de 1912) e Aurélio Moreno de Albuquerque (que nasceu dez dias depois, em 27 de novembro do mesmo ano de 1912).

INFORMATIVO JUDICIARIUS NÚMERO 12

Em sua palestra, o professor Humberto Mello trará novidades sobre os dois juristas há anos falecidos.

Circulará, também gratuitamente, durante a solenidade, o número 12 do informativo Judiciarius, o jornal de informação impressa do Poder Judiciário, com matérias de interesse do TJPB em particular e dos paraibanos em geral.

Uma das principais matérias deste número aborda uma das mais destacadas obras da atual gestão no TJPB: a construção da nova Sala de Sessões do Tribunal Pleno, no térreo do Anexo Administrativo do Palácio da Justiça. 
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Friday, August 17, 2012

100 ANOS DO DR. HUMBERTO NÓBREGA


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CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO DR. 
HUMBERTO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA
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[Clique nas fotos, para ampliá-las]

A foto acima mostra a mesa dos trabalhos durante a principal solenidade comemorativa dos 100 anos de nascimento do médico, historiador e reitor da UFPB Humberto Carneiro da Cunha Nóbrega. Foi no Espaço Cultural do Campus do UNIPÊ, na noite de 15 de agosto de 2012. 

Da esquerda para a direita, o engenheiro José Francisco de Novais Nóbrega (filho do homenageado); o editor Evandro da Nóbrega; o escritor Ariano Suassuna; a Reitora Ana Flávia Pereira da Fonseca, do UNIPÊ (Centro Universitário de João Pessoa); o Vice-Reitor da mesma instituição, Dr. Paulo Augusto Trindade Padilha; e o representante do Governo do Estado, Dr. Flávio Sátiro Fernandes Filho, presidente da Fundação Casa de José Américo. 

Todos ouviam com atenção, nesse momento, o depoimento de ex-aluno do Dr. Humberto dado, da tribuna, pelo médico Ricardo Rosado Maia, que, por delegação do presidente Antônio Carneiro Arnaud, falou também em nome da Academia Paraibana de Medicina. 

Abaixo, só para que não se percam os flagrantes, dois momentos do contato pessoal entre o escritor (local, isto é, provinciano) Evandro da Nóbrega e o escritor (universal, de fama internacional) Ariano Suassuna. 
[Fotos do clipping do UNIPE e do artista plástico e historiador da Arte Chico Pereira].

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Wednesday, August 15, 2012

100 ANOS DE HUMBERTO CARNEIRO DA CUNHA NÓBREGA



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O professor Humberto Carneiro da Cunha Nóbrega
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UNIPÊ CELEBRA HOJE À NOITE O CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE HUMBERTO NÓBREGA

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por Evandro da Nóbrega
escritor, jornalista, editor

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O UNIPÊ (Centro Universitário de João Pessoa) realiza, a partir das 18h30 de hoje (quarta-feira, 15 de agosto), no Espaço Cultural de seu campus, no bairro de Água Fria, em João Pessoa, a cerimônia comemorativa do centenário de nascimento do saudoso escritor, médico e reitor da UFPB Humberto Carneiro da Cunha Nóbrega.
Haverá palestras, o lançamento de um livro sobre o homenageado e a abertura de uma exposição mostrando parte do valioso acervo histórico e artístico deixado pelo Dr. Humberto Nóbrega. Um dos presentes será o escritor Ariano Suassuna, registrando-se igualmente o comparecimento de familiares do Dr. Humberto, autoridades, jornalistas, alunos, professores e convidados.
Programa de Responsabilidade Cultural
As comemorações em torno dos 100 anos de nascimento do pesquisador Humberto Nóbrega já se vêm desenvolvendo no âmbito do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP); da Academia Paraibana de Letras (APL); da Universidade Federal da Paraíba (UFPB, de que o Dr. Humberto Nóbrega foi Reitor por quatro anos); na Estação Ciência e em outras instituições, órgãos e entidades.
Agora, tais homenagens passam a fazer parte do “Programa de Responsabilidade Cultural do UNIPÊ”, a ser também lançado oficialmente hoje, pela Reitora Ana Flávia Pereira, do Centro Universitário de João Pessoa. A professora Ana Flávia lembra que todo o acervo de Humberto Nóbrega, constante de livros, fotografias, documentos históricos, objetos artísticos, cartas inéditas do tempo da Revolução de 1930 etc, é mantido numa coleção especial da Biblioteca Central do UNIPÊ.
Já a professora Maria das Graças Pereira Feitosa, coordenadora do NDA - Núcleo de Documentação e Arquivo do UNIPÊ, falando sobre a exposição a ser aberta hoje à noite, recorda que o transcurso do centenário de nascimento do Dr. Humberto Nóbrega enseja a homenagem prestada pelo Centro Universitário de João Pessoa ao ilustre ex-Reitor da UFPB, que tantas contribuições culturais trouxe à Paraíba e ao Brasil.
A mostra a ser aberta hoje à noite, tão logo termine a solenidade, apresenta apenas uma parte do rico acervo do Dr. Humberto — acervo que “está sendo revitalizado com a utilização de técnicas modernas de conservação e restauração de documentos”.
Na Sala de Vidro do Espaço Cultural
Essa exposição do acervo deixado pelo ilustre historiador paraibano foi montada na Sala de Vidro do Espaço Cultural do campus do UNIPÊ, mostrando uma seleção das mais de 10 mil fotografias antigas da cidade de João Pessoa. São fotos de ruas, pontos turísticos e históricos, além de retratos enfocando os Presidentes da República brasileira, Governadores da Paraíba e temas os mais diversos.
Um destaque vai para as fotografias de Augusto dos Anjos, sabendo-se que o Dr. Humberto Nóbrega foi o primeiro biógrafo do grande poeta paraibano. A mostra, como não poderia deixar de ser, apresenta ainda alguns dos livros mais destacados do autor (em particular nas áreas de Medicina e História), sem esquecer os livros raros, miscelâneas, álbuns, selos, cartões postais, vídeos, áudios, discos, quadros, objetos pessoais do próprio homenageado e de Augusto dos Anjos, bem como uma completa hemeroteca (com jornais não encontráveis noutras coleções), documentos históricos, plaquettes, periódicos raros et alia.
Programação da Noite de Hoje
DIA 15 DE AGOSTO DE 2012 (quarta-feira)
18h30 - Abertura da Sessão Comemorativa.

19h00 - Apresentação do Coral do UNIPÊ.

19h15 - Discursos de homenagem:
* Dr. Ricardo Antônio Rosado Maia: “Humberto Nóbrega na visão de um ex-aluno”
* Evandro da Nóbrega: “Os incríveis arquivos do Dr. Humberto Nóbrega”
* Humberto Nóbrega por Ariano Suassuna

20h15 - Monólogo teatral, com Zezita Matos

20h30 - Lançamento da obra Humberto Nóbrega, um homem entre livros, de autoria da escritora e biógrafa Rosane Coutinho Pereira Lacet.

21h00 - Encerramento da Sessão Comemorativa, seguindo-se visita à Exposição do Acervo do Dr. Humberto Nóbrega e coquetel.
Quem Foi Humberto Nóbrega

Humberto Carneiro da Cunha Nóbrega nasceu na Capital da Paraíba, hoje João Pessoa, a 3 de fevereiro de 1912, tendo falecido em 18 de junho de 1988. Foi médico de profissão, historiador por ofício e um visionário por excelência. Ao longo de sua trajetória, acumulou registros documentais por ele encontrados e/ou ele confiados por amigos e parentes.

Em seus 76 anos de vida, foi presidente de honra perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, membro da Academia Paraibana de Letras, vice-presidente da Academia Paraibana de Medicina, sócio honorário do Instituto Brasileiro de História da Medicina, fundador e dirigente do Museu da Imagem e do Som da UFPB e Reitor da Universidade Federal da Paraíba, responsável pelo início da implantação da chamada Reforma Cêntrica, que criou o sistema de Centros de Ensino, em substituição aos antigos Institutos.

Casou-se com Maria Nazaré Novais, em 30 de novembro de 1940, e com ela teve dois filhos, o engenheiro José Francisco de Novais Nóbrega e Maria Piedade de Novais Nóbrega.
Algumas Obras de Humberto Nóbrega

Dentre os livros de Humberto Nóbrega, deve-se citar prioritariamente, e sem preocupações cronológicas, a seguinte bibliografia:

* O Meio e o Homem na Paraíba, Departamento de Publicidade, Governo do Estado da Paraíba, João Pessoa, 1950, 110 páginas ilustradas;

* Augusto dos Anjos e sua época, com 334 páginas, edição da UFPB, João Pessoa, 1962;

* Breve introdução ao estudo da Higiene, Imprensa Oficial, João Pessoa, 1956, 24 páginas;

* De Convento a Palácio, edição do Correio das Artes/A União Editora, João Pessoa, 1965 (sobre o Palácio da Redenção, sede do Governo paraibano);

* História da Faculdade de Medicina da Paraíba, obra em quatro volumes ilustrados; os dois primeiros saíram em 1980; os dois últimos, respectivamente nos anos de 1981 e 1983; são 814 páginas ao todo, apresentando o essencial sobre a criação, o desenvolvimento inicial e a consolidação da Faculdade que, nascendo como Escola isolada, seria incorporada, como outras, à estrutura criada para constituir a UFPB; é inegável a riqueza documental, além de revelações “de cocheira”, apresentada pelo Autor;

*Arte colonial da Paraíba: Igreja de Santo Antônio – Convento de São Francisco, edição da UFPB, João Pessoa, 1974, 146 páginas ilustradas; o título é autodescritivo e o Dr. Humberto recebeu muitas manifestações sobre esta obra, inclusive de outros Estados e do Exterior;

*“Suassuna, o estadista”, conferência para um seminário, que, depois, foi publicada na Revista do IHGP; na palestra, sai em defesa de João Suassuna, injustamente acusado (e portanto brutalmente executado) de envolvimento no assassínio do malogrado presidente estadual João Pessoa; ressalta as realizações político-administrativas de Suassuna, sua cultura, o impecável estilo de sua escritura e outras qualidades do ex-governador paraibano (antecessor do próprio João Pessoa no Governo da Paraíba);

*Evolução histórica de Bananeiras, pelas oficinas gráficas de  A Imprensa, João Pessoa,1968, 40 páginas;

*A figura humana de Luciano Morais, pela Imprensa Universitária da UFPB, João Pessoa, 1968, 21 páginas;

*História de uma cadeia transformada em Palácio, A União Editora, João Pessoa, 1962,98 páginas ilustradas, sobre o antigo Palácio da Viação, na Cidade Baixa, que, anteriormente já fora presídio; aborda ainda temas correlatos e exibe fotos históricas, nomes de presos políticos do passado e fac-símile de seu manifesto revolucionário;

*História do Ponto de Cem Réis, em cinco páginas imperdíveis, como separata da Revistado IHGP (número 19, 1973), pela Imprensa Universitária da UFPB;

*Tricocefalose, de 12 páginas, como separata da Revista Brasileira de Medicina (volume XIII, número 10, Rio de Janeiro, outubro de 1956); trata-se de abordagem didática e competente desta patologia, a helmintíase (tricuríase ou tricocefalíase) ou infecção por nematoides do gênero trichuris, mais exatamente o nematódeo
Tricocephalus trichuris ou Trichuris trichiura, antes conhecido como Tricocephalus e muito disseminado em regiões tropicais de baixas condições sanitárias;

*Restauração da Fortaleza de Santa Catarina, como separata do número 16 da Revistado IHGP(Imprensa Universitária/semanário A Imprensa, João Pessoa,1967, 13 páginas ilustradas);

*Meu depoimento sobre o Padre Zé, pela Editora Universitária da UFPB, João Pessoa, 1986, 130 páginas ilustradas, acerca do Monsenhor José da Silva Coutinho e sobre a obra benemérita do sacerdote que inspirou a fundação do Hospital Padre Zé;

*As raízes das Ciências da Saúde na Paraíba, pela Editora Universitária da UFPB, João Pessoa, 1979; nessas 372 páginas ilustradas, enfeixa material mais abrangente, que deixara de entrar na História da Faculdade de Medicina da Paraíba;

*Que fale o coração, pela Imprensa Universitária da UFPB, João Pessoa, 1973; em apenas19 páginas, o Autor consegue reunir interessantes observações sobre a vida universitária e cultural do Estado;

*Orações de despedida, edição do Autor, João Pessoa, 1975, 68 páginas;

*Dr. Octávio Celso de Novaes, edição dos autores, João Pessoa, 1978, 27 páginas, em co-autoria com o filho do homenageado, o poeta Celso Otávio Novais de Araújo (trata-se de sucinta apreciação biográfica do Dr. Novaes, magistrado, advogado, orador, jornalista e figura bem conhecida nos meios jurídicos da Paraíba).

Como Está Organizado o Acervo
Como informa a Assessoria de Comunicação Social do UNIPÊ, o acervo de Humberto Nóbrega vem sendo revitalizado com a utilização de técnicas modernas de conservação e restauração de documentos.
Para isto, são seguidos rigorosos procedimentos de classificação, possibilitando-se, deste modo, que toda essa riqueza histórica e/ou documental produzida e acumulada pelo emérito pesquisador seja preservada e disseminada, em benefício da sociedade.

A exposição permanente sobre o Dr. Humberto Nóbrega, organizada por ordem da Reitora do UNIPÊ, professora Ana Flávio Pereira, está estruturada nas seguintes seções:

Seção 1 – O Cidadão: Registros fotográficos de Humberto Nóbrega na infância, adolescência, como estudante, o namoro com Dona Nazaré, o casamento, momentos com os filhos, os casamento destes e alguns momentos com os netos.

Seção 2 - O profissional
: Artefatos, poesias, discursos, documentos, e registros documentais relativos ao seu Reitorado (UFPB), Faculdade de Medicina, Cruz Vermelha, entidades culturais (IHGP, APL, FJCJ, Secretária de Cultura do Estado da Paraíba etc).

Seção 3 – Honrarias
: Títulos (medalhas, certificados e diplomas), roupa que usava para conceder grau acadêmico e outras fotografias.

Seção 4 - Personalidades
: Registros fotográficos, documentos e artefatos de presidentes, ministros, governadores, autoridades e do poeta Augusto dos Anjos.

Seção 5 - Livros e Coleções:
acervo de livros (raros, muitos deles com dedicatórias), revistas, jornais e produções literárias de Humberto Nóbrega e coleções (de selos, discos, cédulas etc).

Thursday, May 31, 2012

NO AUDITÓRIO “ALCIDES CARNEIRO” DO TJPB


 
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DESEMBARGADORA FÁTIMA LANÇA NA TARDE DESTA QUINTA-FEIRA, 31 DE MAIO, IMPORTANTE OBRA SOBRE AS CONQUISTAS DA MULHER NO BRASIL E NO MUNDO

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O livro publicado pela Forma Editorial, de Carlos Roberto de Oliveira, com edição de Juca Pontes e capa de Mílton Nóbrega
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A Autora, a Desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba
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O texto do convite da Presidência do TJPB, da Presidência da Comissão Especial de Cultura e Memória do Poder Judiciário e da Forma Editorial. O local do lançamento mudou: ao invés do Salão Nobre, será no Auditório “Alcides Carneiro” — bem próximo ao Salão Nobre, no primeiro andar do mesmo Palácio da Justiça.
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A imortal Nélida Piñón, da Academia Brasileira de Letras e que assina o Prefácio da obra da Desembargadora Fátima [Foto de Evandro da Nóbrega]
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A Ministra Eliana Calmon, do STF e do CNJ, responsável pela Apresentação do livro Guiadas pela Justiça, movidas pela Fé  [Foto da revista Veja]
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A jornalista, roteirista e publicitária Juliete Silveira, do Núcleo de TV do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, entrevista Evandro da Nóbrega, um dos muitos participantes do vídeo especial sobre o livro ora em lançamento  [Foto do videomaker Pedro Medeiros Dantas]

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por Evandro da Nóbrega
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Se Você tem algum compromisso marcado para a tarde desta quinta-feira, 31 de maio, desmarque.
Desmarque — e, às 16 h, esteja no Auditório “Alcides Carneiro”, do primeiro andar do Palácio da Justiça, bem no Centro de João Pessoa.
É aí que será lançado o livro Guiadas pela Justiça, movidas pela Fé, de autoria da Desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti Maranhão, magistrada mais conhecida como Fátima Bezerra Cavalcanti.

Desembargador Lincoln
A solenidade de lançamento será dirigida pelo Desembargador-Presidente Abraham Lincoln da Cunha Ramos e se insere na série de cerimônias de cunho histórico, cultural e artístico programadas para este Ano Judiciário de 2012, numa promoção conjunta da Presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba e a Comissão Especial de Cultura e Memória do Poder Judiciário do Estado.
Desta forma é que também estará presente o Desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, presidente desta Comissão Especial. Aliás, prevè-se o comparecimento de todos os Desembargadores e Desembargadoras que integram o Tribunal Pleno do TJPB, além de juízes e juízas de Direito, advogados, procuradores, promotores, professores e estudantes e demais operadores do Direito.

Quarteto de Cordas
Está previsto que, durante o lançamento, tocará músicas do repertório clássico-popular brasileiro o Quarteto de Cordas "Quarta Justa". Este Quarteto é integrado pelas seguintes musicistas: 1) Izadora de França Santos (primeiro-violino e cantora do grupo musical); 2)  Érika Cely Costa de Oliveira (segundo-violino); 3)  Ana Cláudia Medeiros de Souza (viola); e 4) Katiane Karoline Soares Braz (violoncelo).
A idade média destas musicistas é de 26 anos. Recentemente, eles voltaram a fazer sucesso, apresentando-se no Salão Nobre do Palácio da Justiça, onde foram aplaudidas de pé.

Nélida & Eliana
Para se ter uma ideia da importância do livro da Desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti — que, em última instância, aborda de maneira original o paulatino mas inexorável ascenso da mulher, através dos séculos, desde a Antiguidade e até os dias de hoje, nos mais diversos campos da atividade humana —, basta referir que o Prefácio da obra ficou a cargo da escritora e “imortal” Nélida Piñón, ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, ao passo que a Apresentação foi escrita por uma Ministra do Superior Tribunal de Justiça e do Conselho Nacional de Justiça, a conhecida e respeitável magistrada Eliana Calmon.
O livro, para dizer o mínimo, trata de questões relativas à emancipação feminina, bem como a luta das mulheres por sua inserção no mercado de trabalho, não apenas no Brasil, mas em diferentes partes do Globo.

Forma Editorial
O livro da Desembargadora Fátima foi editado por Juca Pontes para a Forma Editorial, do jornalista, publicitário e jack-of-all-trades Carlos Roberto de Oliveira, tendo a capa saído do estúdio do designer Mílton Nóbrega.
Anteriormente, e por meses, a obra havia sido trabalhada em conjunto pela própria Autora, com o auxílio do professor Ivan Costa Jr. (filho da renomada educadora paraibana Zarinha), o designer Martinho Sampaio, a professora Verônica Lucia do Rego Luna, da UFPB, e o editor Evandro da Nóbrega, há mais de quatro décadas ligado ao Poder Judiciário paraibano e às atividades editoriais do TJPB.
Depois, tendo a Desembargadora Fátima o desejo de lançar a obra por uma editora independente, no caso a Forma Editorial, os trabalhos de edição passaram naturalmente ao trio Carlos Roberto de Oliveira/Juca Pontes/Mílton Nóbrega.   

Um Vídeo Especial
Antes de se iniciar a solenidade propriamente dita, para o lançamento da obra de autoria da Desembargadora Fátima, haverá a exibição de um vídeo especial, produzido pelo Núcleo de TV da Gerência de Comunicação Social da Diretoria de Informação Institucional do TJPB.
Este Núcleo é dirigido pelo videomaker Pedro Medeiros Dantas, que produz os vídeos. Este vídeo em particular, o dedicado ao livro da Desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, teve roteiro da estagiária e concluinte de Comunicação e Publicidade Juliete Silveira e será apresentado pela profissional Daniela Lins.

Depoimentos Espontâneos
Quando Pedro Dantas e Juliete Silveira nos contataram para prestarmos um pequeno depoimento sobre a Desembargadora Fátima e seu livro, estávamos justamente elaborando uma página especial em torno do assunto — material esse a ser divulgado tanto na Internet quanto no informativo Judiciarius.
O vídeo sobre o livro da Desembargadora Fátima, com depoimentos de familiares, amigos, admiradores et alii, conta com a participação de cerca de duas dezenas de pessoas — mas terá que se limitar, em termos de extensão, ao tempo (ou duração) tradicionalmente convencionado para esse tipo de homenagem fílmica. Assim, caberá a cada participante apenas alguns segundos.

No Vídeo e Aqui
Esse depoimento que gravamos não chega a ser longo, mas, óbvio, ultrapassa dois minutos (o que, em termos do “tempo psicológico” em TV, representa uma “eternidade”). Portanto, é mais que provável que receba cortes — o que não constituirá problema, vez que confiamos na capacidade de edição do colega videomaker Pedro Dantas, com quem convivemos há anos.
Entretanto, aqui, extra-vídeo, o depoimento sobre a Desembargadora Fátima e seu livro vai na íntegra, mesmo porque já estava sendo preparado, anteriormente ao convite para o vídeo, a fim de constar, como já explicitado, tanto do informativo Judiciarius como de espaços na Internet (blogs, Facebook etc).

Ética Auto-Aplicada
A Desembargadora Fátima lança esta importante obra dentro da já movimentada agenda cultural programada para o ano de 2012 pelo Desembargador-Presidente Abraham Lincoln da Cunha Ramos e pelo Desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, presidente da Comissão de Cultura e Memória do Judiciário paraibano.
Magistrada e militante dos direitos da mulher, a Autora também se esmera em colocar todos os seus atos sob a égide da Justiça. Procura invariavelmente “fazer a coisa certa”, para usar expressão cara ao grande filósofo contemporâneo Michael Sandel, em seu curso Justiça, da Harvard University.
Sim: a Desembargadora Fátima não só mandou imprimir a obra às suas custas, em editora particular: também a inteira renda, decorrente da venda dos exemplares, será revertida em prol da Terra da Natividade, entidade ligada à Fundação Padre Pio, sob a responsabilidade do Padre George e que acolhe mulheres em situação de risco (vítimas do HIV, das drogas, do abandono e da exclusão social).

Prefácio de Nélida
Atente-se para dois textos que precedem os capítulos deste imperdível livro da Desembargadora Fátima, muito bem editado por Juca Pontes, Mílton Nóbrega e Carlos Roberto de Oliveira, da Forma Editorial. O primeiro desses textos é o Prefácio, de autoria da escritora Nélida Piñón, da Academia Brasileira de Letras e figura das mais destacadas na Literatura ibero-americana. Nélida considera o livro da Desembargadora como “meticulosa investigação”, a ocupar-se de protagonistas femininas “relegadas pela Cultura e que a Autora devolve a nosso arbítrio”, beneficiando-nos com proveitosa colheita.
Eis uma amostra do que diz a “imortal” Nélida Piñón em seu Prefácio: “O empenho da autora é retirar as mulheres do anonimato, é dar-lhes visibilidade. E, ao desenvolver esta tarefa com perseverança e escrúpulos, assegura o mérito do seu livro. E mais ainda, quando, ao avançar na leitura, amplia o seu discurso, aponta a servidão a que a mulher esteve sempre sujeita. Para tanto, recorre aos códices, às primeiras cartas, ao discurso legal, aos pronunciamentos teológicos, às  normas jurídicas de diversas civilizações, à própria Bíblia, para fortalecer sua argumentação.” E, mais adiante:
— É como mulher da lei, no alto exercício da magistratura, desembargadora do Estado da Paraíba, que examina os meandros da própria lei, as injustiças existentes no seu bojo e no seu espírito. Dá-nos provas cabais de como a mulher, ao largo das  instâncias civilizatórias, padeceu a mais amarga exclusão social.

Eliana Calmon
O segundo texto é a Apresentação de autoria da ilustre Ministra Eliana Calmon, integrante do STJ e que tanto se destacou por sua atuação na Corregedoria Nacional de Justiça do CNJ. É essa autoridade quem afirma sobre este importante livro: “No rico universo feminino”, a Desembargadora Fátima, “aproveitando-se da experiência de julgadora, nordestina, poetisa e escritora, mergulhou em severa pesquisa”; e, em delicada abordagem, caminha pela História dos povos [...]”, pinçando as mais significativas mulheres que se destacaram na Humanidade por seu exemplo e determinação.
Agora, um trecho da Apresentação da Ministra Eliana Calmon para o livro da Desembargadora Fátima: “No último capítulo, temos a constatação da autora: 'As mulheres que olham para frente e não estacionam diante dos problemas têm mais probabilidade de criar situações favoráveis e superar os obstáculos'. Não tenho a menor dúvida quanto ao acerto da afirmação e chego ao final do livro penitenciando-me por ter esperado tanto tempo para uma leitura das mais prazerosas, ao final da qual posso dizer estar orgulhosa de apresentar trabalho tão significativo.”

Através dos Tempos
Esta obra, Guiadas pela Justiça, movidas pela fé, apresenta amplo balanço das conquistas das mulheres, através dos tempos, desde a Antiguidade até hoje. O livro contempla não apenas no Brasil, mas outras partes do Mundo.
Mostra como mulheres ilustres e, também, figuras humildes, puderam ascender a papeis de destaque, nos mais diversos campos da atividade humana: Educação, Justiça, Administração Pública, Política, Cultura, Literatura, Poesia, Artes Plásticas, Música...

Também para Homens
É livro para ser lido também por homens, vez que, com o avanço da mulher nas mais diferenciadas áreas, tem-se demonstrado ser ela importante e agora imprescindível fator de apoio, complemento, estímulo mútuo.
E a obra da Desembargadora Fátima é da mesma forma relevante por patentear outra coisa: como a mulher já provou e comprovou que pode auxiliar das mais diferentes maneiras a Sociedade em geral, os homens também podem ajudar para que a mulher se liberte das últimas amarras a um passado discriminatório, patriarcal, preconceituoso.

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Tuesday, May 29, 2012

HOJE, MAIS UM LANÇAMENTO IMPERDÍVEL



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O livro de Nonato Guedes, editado por Juca Pontes e com capa  a cargo do designer Milton Nóbrega
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O texto do convite da editora do publicitário Carlos Roberto de Oliveira, a Forma Editorial
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O jornalista, escritor e analista político Nonato Guedes
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Detalhe do famoso quadro do pintor paraibano Pedro Américo, retratando o Imperador Dom Pedro II por ocasião de sua mais célebre Fala do Trono
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Livro de Nonato Guedes interpreta “falas do trono” de Governadores paraibanos entre 1966 e 2011

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por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor
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A fala do Poder... Mui inteligentemente bem escolhido o título do mais novo livro do jornalista, escritor e analista político Nonato Guedes, A fala do Poder, imperdível obra a ser lançada pelo Autor e pela editora paraibana Forma Editorial, às 18h30 desta terça-feira, 29 de maio, na Livraria do Luiz.
Só este título, A fala do Poder, já nos remete aos antigos conceitos de Fala do Trono, Discurso sobre o Estado da Nação, Discurso sobre o Estado da União e expressões correlatas, utilizadas urbi et orbi para denotarem a arenga periodicamente levada ao Parlamento pelo dirigente de plantão.

Pedro Américo & Pedro II
Nosso paraibaníssimo areiense Pedro Américo (1843-1903) até pintou, em inícios da década de 1870, um quadro dos mais famosos, justamente intitulado A fala do Trono. Essa tela, representante do Romantismo patriótico então em voga, encontra-se atualmente no antigo Palácio Imperial, hoje museu temático localizado no centro histórico de Petrópolis (RJ).
No quadro, Pedro Américo retrata Dom Pedro II quando pronunciava sua depois célebre “Fala do Trono”, dirigida aos parlamentares, na sala em que se instalava, a 3 de maio de 1823, a primeira Assembleia Constituinte do Brasil — au grand complet, a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil.
Embora essa Fala do Trono haja ficado nos compêndios como a mais famosa, não foi, certamente, a primeira delas. Já anos antes, na Fala do Trono de 1867, por exemplo, o mesmo Imperador pedira que o Brasil erradicasse gradualmente a escravidão negra, como já o tinham feito nações civilizadas.

“Mui Graciosa Palavra”
Tudo isto segue a tradição britânica do Speech from the Throne ou, simplesmente, Throne Speech — ao pé da letra o “discurso do trono”, a fala endereçada ao Parlamento pelo rei, rainha, primeiro-ministro, presidente, lord chanceler, governador-geral, congressista ou qualquer outro administrador/autoridade no início de cada sessão legislativa. No Reino Unido, essa “Fala do Trono” à moda britânica recebe variadas denominações, a exemplo de Queen’s Speech [= “Discurso da Rainha”]; Gracious Address [= “Graciosa Fala”]; Her Majesty’s Most Gracious Speech [= A mui graciosa palavra de Sua Majestade], State Opening etc etc etc.
Isto acontece na Inglaterra e noutros países (integrantes da Commonwealth ou não), como a Escócia, a Irlanda, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia, os Países-Baixos (Holanda et alia), Noruega, Suécia, Japão, Tailândia, Gana... Czares houve que não deixaram por menos: também leram sua Fala do Trono.
Países africanos de tradição inglesa usam a expressão Discurso do Estado da Nação [= Nation Address], ao passo que, nos Estados Unidos, a prática é normalmente referida como Discurso do Estado da União [= State of the Union Address] — que possibilita ao Presidente, como ocorreu ultimamente, já em 2012, com Barack Obama, apresentar aos parlamentares e ao eleitorado uma ideia geral do estado-d’arte da Administração do mais poderoso e mais influente país da Terra.

A Ideia de Nonato
Este costume, de início, era visceralmente monárquico, embora depois se tenha disseminado por países seguidores de outros regimes políticos. Passou ao Brasil, com o transplante da Família Real portuguesa, em 1808, quando a Corte, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte, veio dar com os costados na próspera Colônia lusitana na América do Sul.
A fala do trono sempre faz uma espécie de diagnóstico do presente e apresenta algum tipo de plano para o futuro imediato. Por mimetismo, chegou-se às “mensagens” anuais que os antigos Presidentes de Províncias (e, depois, os Presidentes estaduais e Governadores) apresentavam, de maneira mais ou menos solene, às Assembleias Legislativas (ou ao Conselho Administrativo, quando aquelas Casas legisferantes viram-se fechadas).
Nonato Guedes desenvolveu uma ideia seminal: publicar o texto das mensagens lidas (ou enviadas) pelos Governadores à Assembleia Legislativa, contextualizando as afirmativas do governante e, principalmente, fazendo uma análise de tais discursos. É um estudo pioneiro, importante, revelador. Um livro que ficará e que abre caminho para que em outros Estados se faça o mesmo.

De Agripino a Ricardo
Começando por João Agripino Filho (1966), o livro de Nonato Guedes contempla todas as Administrações governamentais do Estado, até os dias de hoje (Ricardo Coutinho, empossado em janeiro de 2011). Temos, pois, capítulos com títulos parecidos com o a seguir mostrado:
- a franqueza em João Agripino Filho;
- a coerência do "amigo velho" Ernani Sátyro;
- Ivan Bichara Sobreira e a traição na campanha;
- o "fenômeno" Tarcísio de Miranda Burity;
- as batalhas de Wilson Leite Braga;
- Ronaldo Cunha Lima, “um poeta no Poder”;
- Antônio Marques da Silva Mariz: “ética e seriedade num político singular”;
- o “tríplice coroado” José Targino Maranhão, advogado e empresário que por três vezes já assumiu o Governo paraibano;
- o "príncipe herdeiro" Cássio Cunha Lima; e
- a "República" de Ricardo Vieira Coutinho.

Outros Que Assumiram
Não pensem, por esta relação, abrangendo cerca de 50 anos da vida pública na Paraíba, que Nonato Guedes tenha esquecido os Vices-Governadores (ou Presidentes da Assembleia Legislativa ou, ainda, Presidentes do TJPB) que assumiram o Governo do Estado, a fim de completarem o mandato de titulares que se afastavam por desincompatibilização. Estão todos lá no livro: os Vices ou detentores de mandatos-tampão:
- Dorgival Terceiro Neto;
- Clóvis Bezerra Cavalcanti;        
- Rivando Bezerra Cavalcanti;
- Milton Bezerra Cabral;
- Cícero de Lucena Filho;
- Antônio Roberto de Sousa Paulino.       

Rubão sobre Nona
No Jornal da Paraíba, o analista político Rubens Nóbrega escreveu belo artigo sobre esta digna de aplausos iniciativa de nosso incomum amigo comum, Nonato Guedes. Diz Rubão sobre Nona:
— Sobre todos os governadores perfilados Nonato faz “apreciação jornalística” acerca da trajetória de cada um, “recapitula passagens das campanhas políticas e adiciona informações de bastidores valiosas para a compreensão dos perfis dos que administraram a Paraíba”, informa texto de divulgação do livro que recebi no meio da semana finda. O mesmo “rilise” antecipa que, n’A Fala do Poder, o autor também “fixa uma comparação sobre as promessas de campanha e as realizações de governo, mostrando a distância entre o palanque e o exercício do poder”.
São ainda palavras de Rubens Nóbrega:
— Segundo Nonato, “muitas vezes as promessas não foram cumpridas devido a dificuldades de conjuntura, impactadas por seca, falta de recursos federais e, em alguns casos, erro de perspectiva de governantes”. Como se não bastasse, o velho Nona aborda ‘mudanças de contexto’ e de meios de campanha utilizados pelos governadores paraibanos em diferentes épocas. “Agripino foi governador numa época em que a política se valia de recursos tradicionais. Ricardo Coutinho foi eleito sob a égide da era digital, com a proliferação das redes sociais e dos movimentos organizados na representação popular”, assinala.

Marcondes Gadelha et alii
O Prefácio do livro — que sai pela prestigiosa editora do publicitário Carlos Roberto de Oliveira, a Forma Editorial, tendo Juca Pontes como Editor, Milton Nóbrega como designer gráfico e Martinho Moreira Franco como revisor — ficou a cargo da brilhante e erudita inteligência do ex-Senador e Deputado Federal Marcondes Gadelha.
Mas o livro traz uma série de pequenos depoimentos sobre o próprio Autor, Nonato Guedes. São minitextos da lavra de gente boa como Gonzaga Rodrigues, Biu Ramos, Erialdo Pereira, Ulysses Guimarães, José Richa, Gustavo Krause e uma pá tão grande de gente que já me está dando LER só em teclar...

Lenilson sobre Nonato
Numa entrevista concedida a seu irmão Lenilson Guedes, Nonato reconhece que a obra, “em certo sentido, tem caráter inovador, porque, além de trazer uma coletânea dos discursos de posse [dos Governadores], contém apreciação crítica a respeito do tom dos pronunciamentos, emprestando caráter didático ao conteúdo”.
E Lenilson ajunta outra informação: “Em princípio, o autor pretendia enfocar apenas os discursos de posse dos governadores eleitos pelo voto, mas acatou sugestões para incluir, também, os discursos correspondentes à fase das escolhas indiretas, na década de 1970”.

Lançamento Imperdível
Dificilmente alguém esquecerá onde fica a Livraria do Luiz, local do lançamento do livro de Nonato Guedes, dileto colega de uma convivência que vem dos anos de 1970. Mas, por via das dúvidas, eis o endereço correto: Praça 1817, 88, na Galeria Augusto dos Anjos, Centro de João Pessoa (entre as ruas Duque de Caxias e a citada Praça 1817), fone 3222-6790.
Fazemos questão de explicitar tudo isto porque se trata, efetivamente, de um lançamento imperdível — pelo tema, pelo Autor, pelo valor intrínseco da obra.

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