Thursday, June 01, 2017

DIRETO DO HEBRAICO PARA O PORTUGUÊS

_______________
  


O poeta Yehuda Amichai, falecido no ano de 2000, lê a antiga revista literária Kivunim (Tendências, Diretivas), de Jerusalém.
_______________



TRADUZINDO O MAIOR POETA ISRAELENSE MODERNO, YEHUDA AMICHAI, DIRETAMENTE DO ORIGINAL HEBRAICO


por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor
[druzzevandro@gmail.com]

_______________

Dedico à imensa legião de meus seis leitores o exercício de tradução abaixo, perpetrado a partir de um excelente poema do multipremiado autor judeu Yehuda Amichai (1924-2000), considerado o maior poeta moderno de Israel.

Seguinte: nos últimos tempos, tenho sido aplicado estudioso da língua hebraica, tanto a bíblica quanto a moderna, isto é, a forma reconstruída e falada em Israel. Para "não ficar pendendo para um lado só", dedico também uma hora diária aos estudos em torno do árabe (seja o árabe clássico, o do Corão, seja o árabe padrão moderno, compreendido, em suas vertentes escrita e falada, nos países árabes).

Nosso bom amigo, engenheiro, cronista, administrador e intelectual Carlos Pereira de Carvalho e Silva sempre disse que, "quando o Druzz começa a estudar um assunto, vai fundo, vai até dar na pedra". Pois bem, fiel a esse desiderato carlo-pereiriano é que o degas aqui procura enfrentar os desafios mais árduos, para ver se aprende REALMENTE os novos idiomas com que no momento luta...

VERTER, A MELHOR FORMA DE LER
Traduzir (ou melhor, verter, transpor para nossa própria língua) é a melhor forma de ler um poema ou outro texto qualquer, em profundidade. É o que tentamos com o presente exercício: trazer para nossa expressão a linguagem coloquial hebraica de Yehuda Amichai, que legou ao mundo grande número de obras, já traduzidas para mais de 40 idiomas.


Então, não pensem, please, que desejamos dar status de fina Literatura a esse mero exercício de tradução que se segue. Primeiro, vem o texto do poema inteiro, em hebraico moderno, sem os "pontos" vocálicos da tradição massorética; os créditos desse texto original devem ir para a Makon, a Agência Judaica para Israel; depois é que se segue nossa humilde tradução, versão, recriação ou que outro nome tenha.

TEXTO ORIGINAL EM HEBRAICO:
HA-'YEHUDIM (OS JUDEUS)

היהודים

היהודים הם כמו תצלומים מוצגים בחלון ראוה
כולם יחדיו בגבהים שונים, חיים ומתים
חתנים וכלות נערי בר-מצווה עם תינוקות.
ויש תמונות משוחזרות מתצלומים ישנים
שהצהיבו.
ולפעמים באים ושוברים את החלון
ושורפים את התמונות. ואז מתחילים
לצלם מחדש ולפתח מחדש
ולהציג אותם שוב כואבים ומחייכים.
רמברנדט צייר אותם חבושי תרבושים
טורקיים ביפי זהב מועם.
שגאל צייר אותם מרחפים באוויר
ואני מצייר אותם כאבי וכאמי.
היהודים הם שמורת יער עד
שהעצים בה עומדים צפופים, ואפילו המתים
לא יוכלו לשכב. הם נשענים, עומדים, על החיים
ואין מבדיל ביניהם. רק האש
תשרוף את המתים מהר יותר.
ומה בדבר האלוהים? אלוהים נשאר
כמו בושם אישה יפה שעברה פעם
על פניהם ואת פניה לא ראו,
אך בשמה נשאר, מיני בשמים,
בורא מיני בשמים.
אדם יהודי זוכר את הסוכה בבית סבו.
והסוכה זוכרת במקומו
את ההליכה במדבר שזוכרת
את חסד הנעורים ואת אבני לוחות הברית
ואת זהב עגל הזהב ואת הצמא ואת הרעב
שזוכרים את מצרים.
ומה בדבר האלוהים? לפי הסכם
הגירושין מגן עדן ומבית המקדש
אלוהים רואה את בניו רק פעם
אחת בשנה, ביום הכיפורים.
היהודים הם לא עם היסטורי
ואפילו לא עם ארכיאולוגי, היהודים
הם עם גיאולוגי עם שברים
והתמוטטויות ושכבות וגעש לוהט.
את תולדותיהם צריכים למדוד
בסולם מדידה אחרת.
היהודים משויפי סבל ומלוטשי ייסורים,
כמו חלוקי אבן לחוף הים.
מותר היהודים רק במותם
כמותר חלוקי אבן על שאר האבנים:
כשהיד החזקה משליכה אותם
הם קופצים שתי פעמים או שלוש
על פני המים, לפני שהם טובעים.
לפני זמן מה פגשתי אישה יפה,
שסבה עשה לי ברית מילה
זמן רב לפני שנולדה. אמרתי לה,
את לא מכירה אותי ואני לא מכיר אותך,
אבל אנחנו העם היהודי,
סבך המת ואני הנימול ואת הנכדה היפה
זהובת השיער: אנחנו העם היהודי.
ומה בדבר האלוהים? פעם שרנו
"אין כאלוהינו" עכשיו אנו שרים, "אין
אלוהינו",
אבל אנו שרים, אנחנו עדין שרים.


RECRIANDO EM PORTUGUÊS
O POEMA DE AMICHAI



OS JUDEUS

poema de Yehuda Amichai (1924-2000)
(tradução/recriação de Evandro da Nóbrega)

Os judeus são como fotografias 
mostradas nas vitrines de uma loja,
todas juntas, mas de alturas diferentes,
algumas vivas, outras mortas,
noivos e noivas, garotos de Bar Mitzvah e crianças.

Há fotos restauradas a partir de retratos amarelados...
De quando em vez, chegam pessoas e quebram a janela
e queimam as fotos; e, então, começa-se novamente
a fotografar, a revelar muitas novíssimas fotos,
exibidas outras vezes, entre dores e sorrisos.

Rembrandt pintou judeus usando roupas turcas
e até turbantes com uma bela cor de ouro polido.
Chagall os pintou pairando misteriosamente no ar,
E eu os retrato como meu pai e como minha mãe...

Os judeus são uma eterna floresta preservada
onde as árvores se tornam muito densas 
e até mesmo os mortos não se podem deitar:
estão de pé, eretos, apoiando-se no que vive.

E você não pode distinguir um judeu de outro.
Só esse fogo queima os mortos mais rapidamente.
E quanto a Deus? Deus demorou muito,
como demorou o cheiro de uma mulher bonita 
que, uma vez, os enfrentou de passagem
— mas não viram o rosto dela; apenas permaneceu
a fragrância, o tipo do perfume, sua marca...
Abençoado seja quem criou os perfumes.

Um homem judeu se lembra da "sukkah"
— a cabana temporária erguida durante o festival
do Sukkot, que dura toda uma semana —
na casa do avô; e a "sukkah" recorda por ele
o antigo e inesquecível vagar no deserto.
a graça da juventude, as Tábuas dos Dez
Mandamentos e o ouro do Bezerro de Ouro,
a sede e a fome que nos remetem ao Egito.

E com relação a Deus? Segundo o acordo
da separação no Jardim do Éden e no Templo,
a divindade vê seus filhos só uma vez ao ano,
na Festa do Yom Kippur, o Dia do Perdão...

Os judeus não são um povo histórico;
nem mesmo um povo arqueológico...
São pessoas geológicas, com fendas
e falhas e colapsos e estratos e lava ardente.
Sua história deve ser medida em escala diferente.

Os judeus são polidos pelos tormentos
e também polidos como seixos na praia.
Distinguem-se tão somente em sua morte
como seixos existentes entre outras pedras:
quando uma mão poderosa os arremessa,
eles pulam duas ou três vezes na superfície
da água, antes de se afogarem...

Faz algum tempo, encontrei bela mulher,
cujo avô foi quem me fez a circuncisão,
muito tempo antes de ela nascer. Disse-lhe:
Você não me conhece, nem conheço Você.
mas nós dois somos do povo judeu...
Seu falecido avô e eu, o circuncidado,
e Você, a bela neta, de cabelos dourados,
todos somos do numeroso povo judeu...
E quanto a Deus? Houve um tempo em que cantamos:
"Não há Deus como o nosso"; e, agora, cantamos:
"Não há um Deus nosso" — mas cantamos,
nós ainda cantamos...


[Nota do tradutor: correções serão bem-vindas!]

Tuesday, March 07, 2017

AS INDAGAÇÕES ALEATÓRIAS DE HILDEBERTO


________________



O crítico literário, escritor, acadêmico, professor universitário, poeta e ensaísta Hildeberto Barbosa Filho. [Clique na foto para ampliá-la]
________________

EM SUAS “INDAGAÇÕES ALEATÓRIAS”, O CRÍTICO LITERÁRIO HILDEBERTO BARBOSA FILHO NOS PERGUNTA “QUE MUNDO É ESSE EM QUE”...

________________

Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor, sócio efetivo do
Instituto Histórico e Geográfico Paraibano
[druzzevandro@gmail.com]

________________


Temos a satisfação de reproduzir abaixo o mais recente artigo do professor universitário, escritor, poeta e crítico literário Hildeberto Barbosa Filho.

Este escrito foi publicado na sua coluna do jornal A UNIÃO, em João Pessoa, neste final de semana. Hildeberto está para lançar mais dois livros, mas, por enquanto, vamos nos contentar com a leitura de mais um de seus imperdíveis comentários:

________________

COLUNA: LETRA LÚDICA
TÍTULO DO ARTIGO: Indagações aleatórias
AUTOR: Hildeberto Barbosa Filho

________________


No campo literário:
Que mundo é esse em que não posso, posto em sossego, prosear com meu velho amigo Charles Baudelaire? Em que poetas menores, seduzidos pelo canto de sereia dos brinquedos linguísticos, cortam uma palavra aqui, invertem os parênteses ali e alongam os dois pontos no começo do verso, consideram-se, por estes falsos artifícios formais, os descobridores da pólvora poética? 

Que mundo é esse no qual a poesia se transformou numa coisa de plástico biodegradável a que todos têm acesso, quer na fatura, quer na recepção? Que mundo é esse em que Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac não soube ler Augusto dos Anjos, expelindo sobre sua lírica antiestelar toda sua marmórea indiferença de viperino parnasiano?

No setor dos eventos:
Que mundo é esse em que no “Agosto das Letras” se tratam intelectuais e poetas à maneira de João Machado em relação a Augusto, não lhes dando, de forma decente e em tempo hábil, a devida contraprestação pelos serviços ofertados?  Que mundo é esse onde existe um Cariri na memória e, na memória, uma FLIBO, cuja coordenadoria não paga o cachê do palestrante convidado nem lhe restitui a gasolina do transporte particular, pesar de todo acerto que houve antes, seja por telefone ou por e-mail? 

Que mundo é esse onde gestores de seletos condados intelectuais não desenvolvem a capacidade de escuta e simplesmente ignoram seus pares, valendo-se apenas dos suspensórios de sua vaidade pessoal para tomar ridículas, absurdas e patéticas decisões? Onde academias de letras e institutos históricos acolhem togados, políticos e amanuenses, na mais das vezes medíocres em suas respectivas áreas de atuação, e rejeitam cientistas, estudiosos, ensaístas, artistas e escritores de talento?

Na esfera do mercado:
Que mundo é esse onde Roberto Carlos é rei, onde Paulo Coelho é escritor e onde um tal de “Pato” se diz craque de bola? Que mundo é esse onde o cidadão de bem está preso e refém das grades, alarmes e cercas elétricas de seus cárceres privados, enquanto o crime organizado comanda a ordem política, econômica e social? 

Que mundo é esse onde o capital simplesmente devora o trabalho e a mais-valia cresce assustadoramente na mesma proporção em que cresce assustadoramente a ferrugem da miséria? Que mundo é esse onde a alguns só resta venderem seus órgãos para poder sobreviver? Onde multidões de exilados amargam a insegurança das fronteiras e perderam, em definitivo, suas pátrias de origem?

Em âmbito educacional:
Que mundo é esse em que a Universidade não mais encontra o rumo do pensamento crítico e, à medida que o tempo passa, se transforma num colejão de periferia? 

Que mundo é esse em que professor não consegue ministrar uma aula sem as muletas do data-show e em que a pesquisa científica segue as leis do empreendedorismo mercadológico?  Que mundo é esse onde não se sabe mais ler, nem em voz alta nem silenciosamente, e onde o livro – parece - já é coisa do passado?

________________

Wednesday, January 18, 2017

SEMANÁRIO DESTACA A DRA. ÂNGELA BEZERRA DE CASTRO


_______________________


SEMANÁRIO DESTACA A 
DRA. ÂNGELA BEZERRA DE CASTRO

_______________________


A professora Ângela Bezerra de Castro, quando do lançamento de seu livro Um certo modo de ler, em 2008. [CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIÁ-LA]

_______________________



A página especial sobre a Dra. Ângela foi escrita pela jornalista, colunista e crítica de Arte Katarine Laroche. [CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIÁ-LA]

_______________________ 
 

Outra parte da reportagem-entrevista com a professora Ângela Bezerra de Castro. [CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIÁ-LA]

_______________________



Visão da página completa no segundo caderno ou suplemento cultural do semanário Contraponto. [CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIÁ-LA]

_______________________


HEBDOMADÁRIO CONTRAPONTO HOMENAGEIA PROFESSORA E CRÍTICA LITERÁRIA ÂNGELA BEZERRA DE CASTRO COM PÁGINA ESPECIAL EM SEU CADERNO DE CULTURA

por Evandro da Nóbrega,
escritor, jornalista, editor
[druzzevandro@gmail.com]

_______________________



Um dos recentes números do semanário Contraponto, editado em João Pessoa pelo conceituado jornalista João Manuel de Carvalho, traz uma página de seu segundo caderno (Caderno B) dedicada à notável professora universitária, escritora de múltiplos talentos, respeitada crítica literária, latinista de renome e dinâmica acadêmica Ângela Bezerra de Castro, com diversos trabalhos de fôlego já divulgados Brasil afora.

O artigo sobre ela é de autoria da universitária Katarine Laroche e tem por título "Ângela Bezerra de Castro: Visceralidade, sensibilidade e Literatura", com o seguinte subtítulo: "A renomada crítica literária Ângela Bezerra de Castro tem duas obras lançadas e inúmeras contribuições ao mundo das Letras".

PRINCIPAIS OBRAS PUBLICADAS
Para os poucos que não sabem, a professora Ângela Bezerra de Castro — que se destacou até mesmo como coordenadora acadêmica da ESMA (Escola Superior da Magistratura) do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba — tem obras publicadas, com destaque para as seguintes:

* Um certo modo de ler (Ideia Editora, João Pessoa, 2008);

* Releitura de A Bagaceira: uma aprendizagem do desaprender (Prêmio José Américo de Almeida, de 1987, em nível nacional); publicada pela Livraria José Olympio Editora.

Com outros críticos e historiadores, a professora Ângela Bezerra de Castro organizou e publicou a Coletânea de autores paraibanos (pela Secretaria de Estado da Educação e Cultura da Paraíba) e Fortuna crítica de José Lins do Rego, pela Editora Civilização Brasileira.

EDITOU LIVRO DE ODILON
A Dra. Ângela Bezerra de Castro também coletou e organizou o material para a uma obra especial que editou: o volume póstumo com artigos do intelectual, empresário e político Odilon Ribeiro Coutinho.

Perdoem-me a autocitação, mas vejam o que sobre isto publiquei em meu mais recente livro, Em homenagem ao Comendador Renato: Biografia do Dr. Renato Ribeiro Coutinho, um dos maiores empresários paraibanos [Ideia Editora, João Pessoa, 2016]:

   
2000 = Falece no Rio de Janeiro, vítima de parada cardíaca, mais um dos irmãos do Comendador Renato Ribeiro Coutinho, o Dr. Odilon Ribeiro Coutinho, deixando viúva a Sra. Solange Velloso Borges Ribeiro Coutinho. Era pretensão de Odilon reunir em livros distintos as várias conferências pronunciadas por ele sobre Gilberto Freyre e os artigos que escreveu e que foram publicados se­ma­nal­mente no Diário de Pernambuco, por quase um ano, sobre a obra do grande sociólogo e antropólogo. Infelizmente, não chegou a realizar seu desejo, ficando inéditas essas obras. Mas de sua publicação cuidaram a família e a destacada escritora, acadêmica e crítica literária paraibana Ângela Bezerra de Castro.

Organizadora do magnífico volume, a Dra. Ângela lhe deu o título de Gilberto Freyre ou o ideário brasileiro (Editora Topbooks, 2005). Esta valiosa obra — editada em convênio com a Fundação Gilberto Freyre, do Recife, mas publicada no Sudeste, de onde alcançou divulgação nacional — reúne 40 artigos do Autor, publicados no Diário de Pernambuco, entre agosto de 1987 e julho de 1988, mais oito con­ferências proferidas na mesma época, nos quais o tema é a vida e a obra de Gilberto Freyre, de quem Odilon Ribeiro Coutinho foi grande amigo e confidente.

Escrevendo a Apresentação deste livro do amigo de seu pai, Fernando Freyre ressalta o ótimo escri­tor que sempre foi Odilon Ribeiro Coutinho. O Prefácio é de outro grande amigo de Odilon, o saudoso bibliófilo e bibliólogo Édson Néry da Fonseca, que, bem antes, por recomendação do próprio Dr. Odilon, pôde ser entrevistado, em João Pessoa, pelo autor deste livro que o leitor tem em mãos, quando aqui esteve, na UFPB, a fim de pronunciar conferência.”  


REVISTA PARAHYBA CULTURAL
Vejam o que certa feita a revista literária "Parahyba Cultural" publicou sobre esta mestra de nossas Letras:

"Ângela Bezerra de Castro é brejeira de Bananeiras. Mas, se lhe pedirem a referência de uma cidade, como ocorreu em recente entrevista, não precisa pensar para responder: 'A Araruna da minha infância. E, nela, a casa de meu avô, lembrada com a mesma emoção dos versos de Manuel Bandeira: nunca pensei que ela acabasse... Tudo lá parecia impregnado de eternidade'...

Sua atuação como professora e crítica literária tem o mais amplo reconhecimento da comunidade paraibana. A ela recorrem os escritores da geração mais jovem e mesmo os de renome, em busca de orientação prévia, da apreciação justa e da apresentação de seus textos.

Raramente uma comissão de alto nível, para julgamento de um texto literário, é constituída sem a sua presença. As crônicas e colunas literárias há muito lhe concedem 'Honra ao Mérito', tantas são as referências e testemunhos, destacando-lhe as qualidades intelectuais e de caráter.

Incluindo a professora Ângela Bezerra de Castro entre seus homenageados, o Conselho Estadual de Cultura referenda o julgamento continuado da comunidade cultural da Paraíba.


ALGUNS DADOS BIOGRÁFICOS
Ângela Bezerra de Castro é bacharel em Direito pela UFPB (1966), licenciada em Letras Vernáculas pela mesma Universidade (1970), Mestra em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1976) e Doutora em Teoria da Literatura (lato sensu) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982).

Foi professora do Colégio Estadual (Lyceu Parahybano); da antiga Escola Técnica Federal da Paraíba e da UFPB. Superintendente da Escola de Serviço Público do Estado da Paraíba, reestruturou essa mesma ESPEP, fazendo-a cumprir seus objetivos em prol do Serviço Público. Foi também secretária-adjunta da Educação e Cultura, respondendo interinamente pela Subsecretaria de Cultura.


COLETÂNEA DE AUTORES PARAIBANOS
Além de artigos em jornais, prefácios e apresentações de livros, publicou pela José Olympio Livraria e Editora a obra Releitura de A Bagaceira: Uma aprendizagem do desaprender, ensaio que lhe valeu o Prêmio José Américo de Literatura de 1987, em nível nacional.

Com outros autores, organizou e publicou a Coletânea de autores paraibanos (pela Secretaria de Estado da Educação e Cultura da Paraíba) e Fortuna crítica de José Lins do Rego, pela Editora Civilização Brasileira.


SOBRE KATARINE LAROCHE
A autora do texto desse caderno cultural sobre a Dra. Ângela — a escritora, colunista e também crítica de Arte Katarine Laroche, conhecida na intimidade por Agani — trabalha no hebdomadário Contraponto, frequenta o curso de Ciências das Religiões na Universidade Federal da Paraíba (cujo Centro Acadêmico também integra) e mantém perfil no Facebook, entre outras redes sociais.


Participa ela, ainda, do grupo CACR-Religare, cujo título tem a ver com a etimologia da palavra "religião" (oriunda exatamente do termo "religare", em latim). 

                            _______________________