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Mílton
(Ferreira da) Nóbrega, em detalhe de uma foto de autoria de nossa incomum amiga
comum Germana Bronzeado. [Clique na foto para vê-la ampliada]
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UM LIBER
AMICORUM NOS 70 ANOS DE NASCIMENTO DE MÍLTON NÓBREGA
por Evandro da Nóbrega,
escritor,
jornalista, editor
(druzz.judiciario@gmail.com)
[Especial
para a revista
A Semana, de
Neno Rabello]
Como já assinalado
em meu blog DRUZZ ON LINE, no sistema Blogger [http://druzz.blogspot.com.br],
um grupo de amigos do recém-falecido publicitário Mílton Nóbrega (à frente o
escritor Juca Pontes, o cronista Martinho Moreira Franco e o publicitário
Alberto Arcela, entre outros) já planejava lançar, em fins do corrente ano de
2014, um livro sobre os 70 anos de vida deste grande artista das formas, dos
volumes, da arrumação das tonalidades cromáticas.
A morte de Mílton
não interrompe, muito pelo contrário, este projeto de um liber amicorum [livro ou álbum comemorativo por iniciativa dos
amigos] sobre nosso maior designer gráfico, embora a obra venha a ter, a
partir de agora, um tom de nostálgico adeus a Mituca, desaparecido
inesperadamente, sem dar sinais de que se ia, no aziago 16 de agosto próximo
passado.
Liber Amicorum, Festschrift, Gedenkschrift...
Não estranhem, please, o latim de liber amicorum.
É este — ao lado de album amicorum e de Festschrift ["celebração escrita", plural Festschriften] — o termo internacional,
universalmente aceito, para tal gênero de homenagem. Já a publicação póstuma
leva o nome, também usado no mundo anglo-americano, de Gedenkschrift [ao pé da letra, "publicação memorial"].
O liber amicorum,
album amicorum ou Gedenkschrift dedicado a Mílton Nóbrega deverá
sair a 22 de dezembro deste 2014, quando se terão passado exatos 70 anos do
nascimento do homenageado, vindo ao mundo em igual data de 1944.
Imensa Coleção de Capas
Claro que o
recém-nascido não podia saber disto, à época. Mas foi justamente em 1944 que se
viu oficialmente reconhecido, por lei, o Sindigraf de São Paulo, fundado havia
dois anos, reunindo associações dispersas de tipografias, impressores,
encadernadores e congêneres, o que deu representatividade, no país, à classe
dos empresários gráficos.
E, 22 anos antes do nascimento
de Mílton, surgira, em inglês, o termo para batizar sua futura profissão, a de designer gráfico. É que o editor de
livros William Addison Dwiggins, num ensaio de 1922, sob o título (em inglês)
de Imprensa moderna exige novos projetos gráficos, inventava a expressão
graphic design, que logo se disseminaria Mundo afora.
Uma das coisas
imprescindíveis no liber amicorum sobre nosso amigo: é preciso incluir nele a
reprodução das centenas de capas e outras peças artísticas produzidas por
Mílton ao longo das décadas. Somente para a revista A Semana, como já frisado por Beto Rabello, elaborou mais de 600 capas! Eu disse seiscentas... É um recorde em qualquer parte.
Em tempo: ele já vinha colecionando tais peças
(pelo menos as capas dos livros) em seu gabinete da Oficina de Propaganda.
Mostrando-me, numa estante, as muitíssimas capas de que já dispunha, Mílton
pediu-me para lhe levar outras, "que não mais tenho ou que já perdi".
Preservando o Legado de Mílton
Enfileiradas nesse
álbum comemorativo, como num "cineminha" (termo muito usado por
Mílton), essas capas haverão de surpreender o público ledor, não apenas por sua
quantidade, mas pela qualidade artística. Este é um item que não pode nem deve
ser esquecido em hipótese alguma, na feitura do liber amicorum. Posso eu
mesmo fornecer muitas dessas dezenas de capas, executadas por Mílton a meu
pedido, como editor das mais variadas publicações (livros, revistas, folders,
informativos, plaquettes etc).
Esse imperdível liber
amicorum será uma maneira efetiva de preservar o legado de Mílton Nóbrega,
que, como ninguém, no Nordeste, renovou as Artes Gráficas. Já nasceu com a
perfeita consciência das formas, das proporções, dos volumes, da associação
entre as cores. Esse talento inato se foi desenvolvendo à medida em que se
dedicava, de corpo e alma, a encontrar soluções plásticas condizentes com a
evolução dos tempos.
Cercado Pela Comunicação
Nessa condição de designer
gráfico, de especialista em Artes Gráficas, podia atuar (como em muitos casos
atuou) como diretor de arte, gerente de produção artística, programador visual,
desenvolvedor multimídia, desenvolvedor de conteúdo, "jornalista
visual", desenhista em geral, desenhista de logotipos e/ou logomarcas,
ilustrador, web designer...
Via-se, claramente,
em sua ação prática, guiada pelo princípio basilar de que nenhuma parte isolada
deve ser mais importante que o conjunto do design. Sua arte não
pretendia ser apenas informativa, mas buscava também mostrar-se atrativa. E,
inversamente, não podia ser apenas bonita, mas também instrutiva, reunindo
produtos, serviços, mensagens e ideais.
Allan, Pinagé Et Alii
Milton Nóbrega não
se envolvia diretamente com o manejo de programas como, antes, o PageMaker e o
QuarkXPress, o Illustrator e o Dreamweaver — e, ultimamente, o CorelDraw, o Photoshop, o Adobe InDesign...
Mas era como se manejasse ele mesmo tais maravilhas hodiernas da criação
gráfico-editorial: ao lado de Allan Melo, de Sílvio Pinagé e de outros cobras
no uso formal de tais ferramentas in line, ele ia ordenando "20% de
azul" ou "30% de magenta" ou "aumente o corpo do tipo
aqui" ou "diminua o negrito do centro da página" e observando o
resultado de suas intervenções até a arte-final estar pronta.
Embora não tenha
querido aprender a lidar diretamente com o computador, no aspecto da criação
ajudada por softwares, Mílton trabalhava indiretamente com todos esses meios
eletrônicos, antes com os préstimos de Ranieri, com a boa-vontade de Delosmar,
com a habilidade de Lula (Luís Carlos) e/ou graças ao conhecimento softwárico
de Allan Melo e, ultimamente, com a presteza de Sílvio Pinagé.
Um Exemplo de Criatividade
A gente lhe dava o
conceito, a ideia, a orientação geral sobre o que se desejava — e sempre se
surpreendia com as soluções técnicas formais encontradas pelo artista. Um
artista que teria sido grande em qualquer outra parte do ecúmeno, mas preferiu
ficar por aqui mesmo, com se tivesse a missão de nos desasnar em termos
gráficos. Era quem sabe o ramo instrucional de sua arte do design, sua missão
de melhorar nossas habilidades comunicacionais.
Dou um exemplo: da
contracapa de um de meus livros mais recentes, aquele intitulado Doutor Chico
Espínola: Centenário de nascimento do Desembargador Francisco Floriano da
Nóbrega Espínola, deveria constar uma velha foto desbotada do Dr. Espínola
passeando na calçada do Palácio da Justiça. Pois bem, Mílton sentiu que usar APENAS a foto original
não seria de todo inteligente. Aplicou esse antigo retrato sobre
uma fotografia atual do prédio do TJPB, de modo que a solução resultou das mais
belas e criativas: deu nova vida e significado à foto.
Revistas Especializadas
Da mesma forma que produzia um anúncio para jornal ou
revista, era capaz, também, de ilustrar e/ou aperfeiçoar o design de home pages, portais eletrônicos, sites e outras áreas do design digital ou web design. Mais bem eficientemente do que a gente lida com
palavras, Mílton tratava as imagens e outros elementos gráficos (claros e
escuros, serifas, pretos e brancos, layout, tipografia e demais elementos) com incrível
familiaridade. Incursionava alacremente pelos campos do design editorial, do design
industrial, da identidade corporativa (branding),
do design de embalagens (packaging design), do design de interação e até pelas bandas
da sinalética (o design de
sinalização) e do web design (a
programação visual de sites).
Conhecia e fazia uso
das mais variegadas técnicas e ferramentas de desenho, mas não se conformava
apenas com isto, arriscando-se com muita felicidade por outras áreas da cultura
visual.
Inspirava-se nas
mais variadas fontes e, o que nem todo mundo sabe, gostava de colecionar
aqueles álbuns produzidos por "The Art Directors Club", de Nova York
(que distribui anualmente os prêmios na área do design); os magazines
especializadas da indústria da impressão, nomeadamente aqueles distribuídos
pela ABIGRAF (Associação Brasileira da Indústria Gráfica); a revista Humboldt, insuperável publicação do
Instituto Goethe, felizmente hoje disponível "on line" [www.goethe.de],
nos formatos ePUB (para leitura em eReader, iPhone e iPad) ou MOBI (para
Kindle, Palm, Blackberry e dispositivos com sistema operativo Symbian).
Total Autodidatismo
Gonzaga Rodrigues tem razão ao afirmar que Mílton (Ferreira
da) Nóbrega "trabalhava o tempo todo", sem nunca tirar férias —
porque o trabalho era efetivamente sua diversão. E esses interesses iam desde
as primeiras pinturas humanas nas pré-históricas cavernas de Lascaux até as
garatujas itacoatiáricas da Pedra do Ingá e as telas de LCD, plasma, LED etc.
Não tinha muito tempo para analisar os aspectos psicológicos, da Teoria da
Arte, da Teoria da Comunicação, as demais ciências ligadas à cognição, de modo
que nunca chegou a se submeter a cursos regulares, muito menos os de Mestrado e
de Doutorado, existentes na área.
Supria essa falta de
tempo lendo tudo o que lhe caía às mãos sobre as vertentes de seus interesses
artísticos, o que sem dúvida contribuía para tornar mais refinada a sua arte.
Ao invés de conceitos abstratos, princípios obscuros, linguagens experimentais,
ele partia logo era para a prática, para o empírico, ordenando informações e
artefatos com sentimentos, formas e expressões com ideias, espectros apenas
sonhados com efetivas experiências humanas sensíveis.
Fissurado em Artes Gráficas
Como todos nós,
também Mílton procurava se informar sobre as novidades das principais feiras
gráficas internacionais, como a DRUPA, de Düsseldorf, Alemanha, considerada o
maior evento do gênero no Planeta.
Estimava muito quando eventualmente lhe
levávamos reportagens ou ensaios, por exemplo, sobre inesperadas ou
inacreditáveis publicações surgidas, por exemplo, ainda durante a Dinastia
T'ang, entre os séculos sétimo e nono de nossa era comum, graças a blocos de
madeira destinados à impressão de textos.
Mílton examinava
tudo demoradamente, querendo saber mais sobre aquele que se acredita ser o
primeiro livro publicado no mundo: as escrituras budistas impressas no remoto
ano de 868 na China. Para nós, ligados às Artes Gráfico-Editoriais, todas essas
coisas ligadas à História do Livro (e a publicações afins) constituem
permanente fonte de prazer, entusiasmo e gozo intelectivo.
Design e/ou Designer
Não há como confundir design com designer. O primeiro termo refere-se à
arte (como na frase "é belo o design
deste automóvel"), ao passo que designer,
na definição mais simples do Cambridge
Dictionary of American English é "uma pessoa que imagina como algo
pode ser feito e desenha ou cria os planos para que isto aconteça".
Pode-se ser, por exemplo, um designer gráfico, um designer de
moda (fashion designer), um designer de produtos, um designer
da indústria automobilística, um designer de mobiliário...
Como observa o
especialista William Lidwell, em seu com toda justiça famoso manual Princípios
universais do Design, os melhores designers muitas vezes colocam de lado as
regras do design; mas, quando agem assim, eles compensam tal violação das leis
gerais com o emprego de mais talento. "Então, a não ser que Você esteja
absolutamente certo de que terá esse necessário talento suplementar, é melhor
ater-se às normas, às leis, aos princípios elementares desta arte".
Uma Trajetória Invejável
Mílton Nóbrega, um
instintivo do design, não precisava seguir invariavelmente tais parâmetros:
aplicava suas soluções e, depois, se fosse preciso, ia ver se o resultado feria
alguma regra básica — o que provavelmente nunca ocorreu...
Sua trajetória foi
uma vida passada entre lascas de carvão e crayon, lápis e borracha, régua e
compasso, Staedtler pigment liners e Unipin fine liners, pinturas e desenhos,
linhas e formas, luzes e sombras, motivos e padrões, espaços e texturas,
negritos e itálicos, closes e gradações, peso relativo das figuras e ponto de
fuga, reflexos e perspectivas, camisetas e diagramas, regras de legibilidade e
consultoria gráfica, decoração de ambientes e design de cenários, capas de discos
e design multimídia, caracteres e glifos, pictogramas e outros elementos da
comunicação visual, a comunicação impressa e a comunicação on line,
as relações entre o texto e as imagens...
Vivia, assim, cercado de papéis e
livros, revistas e posters, house organs e programação visual, banners e
buttons, capas e cardápios, carteiras e cartões, plaquettes e estojos, selos e
carimbos, folders e mil ilustrações, informativos e jornais, projetos de
páginas de Internet e livros, artigos e livros sobre linguagem visual...
Sem prestar muita
atenção a essas coisas, com pouco mais estava enfronhado com os conceitos
fundamentais da Publicidade, da Propaganda e do Marketing, com a Teoria das
Cores, em sua busca de uma consistente combinação de matizes primários, secundários
e terciários, com ênfase nos atributos e na hierarquização de elementos numa
peça de arte, muitas vezes com um tanto de brilho e outro de saturação, fossem
as formas geométricas, mecânicas, orgânicas (ou naturais).
Ao final, dava um
sentido de controle do design que não poderia ter sido criado apenas com o uso
das comezinhas regras clássicas. Em sua mente e em suas mãos, objetos
bidimensionais que se travestiam em tridimensionais, quadridimensionais,
fantásticos... Linhas adquiriam altura e largura. Seu tempo decorreu entre a
unidade na variedade e a harmonia, cabeçalhos e margens, fotos e movimento,
contrastes e estrutura organizacional interna, simetria e assimetria, escala e
senso de proporção, sentido de distância e ritmo, similaridade e proximidade,
ponto focal dinâmico, com a equalização da tensão e a obtenção do equilíbrio
final.
Foi o Que Queria Ser
O termo que preferia
para definir sua própria atividade era designer
gráfico, o que talvez, para os remanescentes puristas da língua, constitua
pecado rebarbativo, vez que se pode alegar: "todo design já é gráfico". Não se deve esquecer, porém, que, na
tradição anglo-americana, em que as correspondências etimológicas com o latim
nem sempre se fazem explícitas, a expressão para nomear a atividade é
justamente graphic design (algo como "desenho
gráfico" ou "projeto gráfico").
De outra parte, como
se podia depreender de algumas conversas com Mituca, o bom enquadramento das
cenas e da fotografia em muitos e ótimos filmes de arte (ou talvez, em seu
caso, deva-se dizer "filmes cults")
da mesma forma lhe serviam de modelo que, em sua imaginação, iam se
transformando até lhe fornecerem novas soluções plásticas para seus próprios
projetos.
Outra Sugestão para o Liber Amicorum
Ah, ultimamente
Mílton se apegara ao uso de duas typefaces
de sua especial predileção (e por que não usá-las em seu liber amicorum?):
1) o MyriadPro (para textos em geral); e 2) o MinionPro (para legendas), além do Geo703 para
títulos e subtítulos. São famílias de fontes tipográficas que não vêm
normalmente com o Word for Windows, mas que eventualmente podem ser encontradas
nas versões mais novas do CorelDraw, do InDesign e de outros programas
avançados de desktop publishing.
Em busca de melhores
apresentações gráficas, Mílton também recorria frequentemente àqueles CDs com
"milhares de fontes" que nos são periodicamente oferecidos, gratuita
ou onerosamente, até mesmo em bancas de jornais & revistas. E é de reiterar
a sugestão: no aguardado liber amicorum em homenagem a ele, sejam usados
tão somente estes tipos altamente belos e legíveis (MyriadPro, MinionPro e
Geo703), em diferentes corpos de pontos tipográficos.
Do Desenho à Mão ao Computador
Pelo caminho, Mílton
veio se adaptando à composição em máquinas IBM, ao off-set, depois às
técnicas da editoração eletrônica. Subjacente a tudo isto, havia em mente sua
perícia com os blocos de textos & ilustrações. Fez naturalmente a transição
(hoje diz-se migração), quando, em meados dos anos de 1980, ocorreu a chegada
daquilo impropriamente chamado "diagramação por computador", quando
se tratava, em verdade, da editoração eletrônica (desktop publishing ou computer
graphic design).
Dito de outra forma,
com maior exatidão, deu-se em 1984 que o setor gráfico, no Brasil, como no
resto do Mundo, entrou de rijo na Era da Informática, na Era da Tecnologia da
Informação. Ficávamos livres da máquina de escrever (que tanta serventia
tivera!) e da obrigação de preparar os layouts
à mão. Na tela (melhor, no monitor), podia-se ver imediatamente qual o efeito
de qualquer mudança tipográfica feita num design.
No Disco de Carlos Aranha
Na homenagem que fez
a Mílton, em sua coluna "Essas Coisas", do jornal Correio da Paraíba, o escritor e
acadêmico Carlos Aranha lembra, a certa altura, sob o título de "O Designer de Todas as Artes":
— Mílton Nóbrega,
que tinha saído da EMATER-PB, era o diretor de Arte da editora pessoense ITERPLAN,
onde realizou, com Evandro da Nóbrega (nosso querido e cultíssimo Druzz), o Guia
dos monumentos históricos paraibanos, infelizmente não reeditado até hoje,
depois de esgotado.
Relembra Aranha, de
boa memória, que a ITERPLAN, com sede na Rua Duque de Caxias, proximidades do
prédio da Academia Paraibana de Letras, era de propriedade conjunta de Jório
Machado e de Ivan Machado [...], "que não eram parentes".
Uma das obras-primas
de Mílton Nóbrega, como designer, foi
justamente a capa (com a contracapa e o encarte) de um dos discos de Carlos
Aranha, Sociedade dos poetas putos (1990). Sobre isto, especificamente,
diz Aranha:
— Quando lancei meu
disco [...], em vinil [...], a quem poderia recorrer para fazer a capa, a
contracapa e o encarte? Somente a Mílton Nóbrega, o único designer, no Nordeste, que poderia traduzir graficamente a proposta
[...] Quem conhece a música entende o que afirmo. Mílton não partiu para um
trabalho multicolorido. Ele fez tudo em vários tons de cinza (predominantes),
preto e branco. Resultou numa obra-prima, como foram outros trabalhos seus,
através dos anos [...]".
Um Artista do Século XX
Milton Nóbrega foi
sobretudo um artista do Século XX, o Século em que explodiu o interesse mundial
pela Comunicação Visual, da extrema funcionalidade dos símbolos gráficos, da
"arte da comunicação estilizando e resolvendo problemas com a combinação
de palavras, tipos, espaços, imagens, layouts
de páginas".
Foi ele um auto-declarado
partícipe desta que é uma categoria ligada à área maior da Comunicação Visual e
do Design Comunicacional, com a
representação visual de ideias e mensagens. Na Propaganda e/ou na Publicidade,
seu interesse não consistia apenas em vender o produto, mas, também, o de
ordenar a informação, formar ideias, expressar sentimentos por intermédio de uma
dos mais significativas manifestações da experiência humana.
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