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REPORTAGEM EXCLUSIVA — E A
COBERTURA MAIS COMPLETA
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O Prof. Dr.
Mílton Marques Júnior quando, da tribuna, ladeado por secretárias da Reitoria
da UFPB, fazia a saudação à nova Professora Emérita da UFPB. [Clique na foto para ampliá-la]
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PARA MÍLTON
MARQUES JÚNIOR, FOI COM ELIZABETH MARINHEIRO QUE UFPB CONHECEU GRANDES CRÍTICOS
E TEÓRICOS QUE MUDARAM RADICALMENTE ABORDAGEM DO FENÔMENO LITERÁRIO
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O
conceituado professor, crítico literário e escritor Mílton Marques Júnior foi
quem inicialmente sugeriu o nome da Profa. Dra. Elizabeth Marinheiro para receber o título
de Magister
Emeritus da UFPB — e foi também quem a
saudou por ocasião da solenidade em que a distinção foi oficialmente outorgada
e entregue à escritora, crítica literária e grande incentivadora cultural de
Campina Grande e de outros centros.
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por Evandro da Nóbrega,
escritor,
jornalista, editor
[druzzevandro@gmail.com]
com FOTOS de Célia de Farias e
Carlos Alberto
Xapeu
("Chapéu”)
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O Reitor em
exercício Eduardo Ramalho Rabenhorst presidiu a mesa dos trabalhos,
substituindo a Reitora efetiva, Dra. Margareth de Fátima Formiga Melo Diniz. [Clique na foto para ampliá-la]
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A Profa. Dra. Elizabeth Figueiredo Agra Marinheiro, ainda na primeira fila da plateia, antes de ser cnduzida à mesa dos trabalhos. [Clique na foto para ampliá-la]
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A Profa. Dra. Elizabeth Marinheiro é conduzida à mesa dos trabalhos pelo poeta, professor e crítico literário Sérgio de Castro Pinto e pelo crítico literário literário, docente e escritor Mílton Marques Júnior — que a haviam introduzido no recinto, pouco antes. [Clique na foto para ampliá-la]
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Outro instantâneo da Profa. Dra. Elizabeth Marinheiro sendo conduzida à mesa dos trabalhos por dois de seus ex-alunos, dentre os integrantes de uma plêiade de críticos literários, poetas, escritores e professores que alcançaram grande renome no Estado e fora dele. [Clique na foto para ampliá-la]
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O Prof. Dr. Mílton Marques Júnior ajuda a Profa. Dra. Elizabeth Marinheiro a colocar a beca universitária, exibida pelo protocolo oficial. [Clique na foto para ampliá-la]
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Observada pelo Vice-Reitor no exercício do Reitorado, Dr. Eduardo Ramalho Rabenhorst, a Profa. Dra. Elizabeth Marinheiro faz sua alocução, já como a mais nova Magistra Emerita da UFPB. [Clique na foto para ampliá-la]
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Foi
das mais concorridas, na noite do dia 14 de maio próximo passado, a solenidade
de entrega do título de "Magister Emeritus" da Universidade Federal
da Paraíba à escritora, crítica literária, professora universitária e imortal da Academia Paraibana de Letras Elizabeth
Figueiredo Agra Marinheiro.
O
título, com o respectivo diploma, lhe foi outorgado pela UFPB, depois de
sugestão partida do Departamento de Letras do CCHLA (Centro de Ciências
Humanas, Letras e Artes) e aprovada pelo Conselho Universitário, ad referendo do(a) Reitor(a). O autor da
proposição original foi o Prof. Doutor Mílton Marques Júnior, docente do
Departamento de Letras e conhecido escritor e crítico literário paraibano.
RABENHORST E
MARGARETH
A
solenidade de outorga do título realizou-se no auditório principal da Reitoria
da UFPB, no campus de Buraquinho. Foi presidida pelo o vice-reitor no exercício
do cargo de Reitor, professor Eduardo Ramalho Rabenhorst. Representava este, na
ocasião, a Reitora efetiva, Profa. Dra. Margareth de Fátima Formiga Melo Diniz.
Mais
abaixo, nesta mesma reportagem, publicamos a íntegra do discurso do Prof. Doutor Mílton Marques Júnior saudando a novel “Magistra Emerita” Elizabeth Marinheiro. Quanto ao
discurso da própria homenageada, ele deverá ser publicado brevemente, sob a
forma de livro.
Em sua breve fala, o Vice-Reitor Eduardo
Rabenhorst, representando a Magnífica Reitora Margareth Diniz, agradeceu
penhoradamente à Profa. Dra. Elizabeth pelos mui relevantes serviços até agora
prestados pela UFPB, prevendo que eles continuarão a beneficiar a instituição ainda
por muitos anos.
Outra a discursar, já perto do final da
cerimônia, foi uma das duas filhas da Profa. Dra. Elizabeth, a Sra. Tulenka
Paola, que, falando em nome da família, relatou, entre outras coisas, parte da
corajosa e ética saga de sua mãe, que sempre considerou uma lutadora disposta a
enfrentar quaisquer obstáculos, por mais invencíveis que parecessem.
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Parte da plateia, no auditório principal da Reitoria da UFPB. [Clique na foto para ampliá-la]
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A mesa dos trabalhos, vendo-se, além do Reitor em exercício, a Dra. Elizabeth Marinheiro e o poeta Sérgio de Castro Pinto, além da chefe do Cerimonial, Elenice Monteiro Barbosa e uma servidora de sua equipe. [Clique na foto para ampliá-la]
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A Profa. Dra. Elizabeth Marinheiro exibe o seu diploma de Magistra Emerita. [Clique na foto para ampliá-la]
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MESA DOS TRABALHOS
A mesa dos trabalhos esteve composta,
além do Reitor e da homenageada, por figuras representativas da vida
universitária, como:
*o poeta, escritor e professor Sérgio
de Castro Pinto, da UFPB;
*o professor, escritor e crítico
literário Mílton Marques Júnior, também da UFPB (Departamento de Letras);
*a professora Terezinha Diniz, representante
da ADUF-PB;
*o Prof. Dr. Ezymar Cayana,
representando o Reitor da Universidade Federal de Campina Grande, professor
Edilson Amorim; *o professor Severino Francisco de Oliveira, da SODS/UFPB.
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A Dra. Tulenka Paola Marinheiro, filha da Professora Emérita da UFPB Elizabeth Marinheiro, pediu para falar sobre a corajosa e ética saga da mãe — e também foi bastante aplaudida. [Clique na foto para ampliá-la]
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O Prof. Ms., crítico literário e docente universitário José Mário da Silva Branco (recentemente eleito como imortal da Academia Paraibana de Letras), ao lado da Dra. Lizanka Marinheiro, outra filha da Professora Emérita da UFPB Elizabeth Marinheiro. [Clique na foto para ampliá-la]
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Ao se aproximar o término da sessão solene, a homenageada é aplaudida tanto pelos que estão à mesa dos trabalhos, quanto pela inteira plateia — e a Dra. Elizabeth, por sua vez, aplaude o público presente. [Clique na foto para ampliá-la]
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Quando do encerramento da solenidade, a nova Magistra Emerita da UFPB faz para a plateia — sob prolongada e geral salva de palmas — um triunfante gesto de regozijo que inclui o duplo V da vitória. [Clique na foto para ampliá-la]
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ALGUNS DOS
PRESENTES AO ATO
Na
noite desse dia 14, o auditório da Reitoria da UFPB ficou lotado de pessoenses,
mas, também, de campinenses que compuseram grande comitiva vinda diretamente da
Rainha da Borborema para prestigiar a outorga do título. Entre os presentes à
cerimônia no auditório da Reitoria, destacavam-se:
*o
escritor, historiador e acadêmico Flávio Sátiro Fernandes;
*o
poeta e também imortal Sérgio de
Castro Pinto;
*o
ex-Reitor Berilo Borba (que, à época de seu Reitorado, assinou ato criando o
depois vitorioso NELL, proposto pela Dra. Elizabeth Marinheiro para o campus de Campina Grande);
*o
Dr. José Mário da Silva Branco, imortal
recém-eleito para a Academia Paraibana de Letras (com posse a ocorrer
provavelmente em agosto);
*o jornalista, cronista e colunista Abelardo Jurema Filho;
*as
filhas da homenageada, Tulenka Paola e Lizanka Marinheiro, além da neta da Dra.
Elizabeth, a adolescente Maria Eduarda;
*a
Dra. Célia de Farias, da sociedade campinense;
*a
professora Eneida Agra Maracajá;
*o
já citado professor, escritor e crítico literário Mílton Marques Júnior;
*a
Dra. Celeide de Farias, professora universitária e outra personalidade
de destaque na vida cultural de Campina Grande;
*a
Dra. Sanny Japiassu;
*a Dra. Elizabeth Mello Vasconcelos;
*a Dra. Salete Carolino;
*a Dra. Emília Pereira de Melo;
*a professora Marizeuda Soares;
*a
escritora Lourdinha Luna;
*a
escritora e colunista Neide Medeiros Santos (também colaboradora do semanário Contraponto);
*a
Dra. Berenice Lopes;
*a
Dra. Laudicéia Aguiar;
*a
Dra. Victória Chianca;
*a
Dra. Maria do Socorro Cardoso Xavier;
*a
Dra. Liliane Almeida;
*o
artista plástico, professor e escritor Francisco Pereira da Silva Júnior (Chico
Pereira);
*o
médico oftalmologista e acadêmico Astênio César Fernandes e sua esposa, a
médica oftalmologista Yone Fernandes;
*o
casal Lamir Mota/Lucie Mayer Mota;
*o
Dr. Bruno Cunha Lima, neto do Dr. Ivandro Cunha Lima e representante da família
no evento;
*o
jornalista campinense Rogério Freire;
*o
professor Damião Ramos Cavalcanti, presidente da Academia Paraibana de Letras
(e também presidente da Fundação Casa de José Américo);
*a
Dra. Eliane Carlos Freire, da TV Paraíba/TV Cabo Branco e filha do Dr. José
Carlos Carlos da Silva Júnior;
*a
Sra. Vera Figueiredo Fernandes;
*a Dra. Estelita Cardoso;
*a Dra. Valéria Valença;
*o Dr. Jailson Bedor, da I Seccional PEN da Paraíba;
*o Dr. Francisco Figueiredo (idem);
*a Dra. Patrícia Cabral, representando o Dr. Luiz (Lula) Cabral;
*o universitário Evanilson Dias;
*o
fotógrafo e cinegrafista campinense Carlos Alberto Xapeu (mais conhecido como
"Chapéu");
*a
servidora pública federal Elenice Monteiro Barbosa, dirigente do Cerimonial da
UFPB, com sua equipe;
*várias
ex-alunas e ex-professoras da FACMA;
*diversas
alunas e docentes da UFCG e da UEPB;
*o
escritor, jornalista e editor Evandro da Nóbrega.
SUA LUTA PELA
CULTURA
Todas
as pessoas ouvidas pela reportagem manifestaram a certeza de que se tratou de homenagem
não apenas comovente, como também das mais justas, vez que a Profa. Dra. Elizabeth
Marinheiro dedica-se, há vários anos, de coração e com todo o empenho de sua
inteligência, ao ensino universitário na Paraíba e, também, à tarefa de
promover as atividades culturais, especialmente em Campina Grande, sua terra natal.
En passant, ressaltou-se
também o fato de ser a homenageada sobrinha do saudoso governador Argemiro de
Figueiredo (1901-1982), que governou a Paraíba de 1935 a 1940, sucedendo a José
Marques da Silva Mariz (para do também depois governador e senador Antônio
Marques da Silva Mariz) e sendo sucedido pelo governador Antônio Galdino
Guedes.
ELIZABETH, MAGISTRA EMERITA
Como
a designação oficial do título, a de “Magister emeritus”, está no masculino, os
oradores da noite referiram-se à Dra. Elizabeth como “magistra emerita”,
expressão latina que significa justamente “mestra emérita” (ou “professora
emérita”).
O
título de “Magister Emeritus” é a maior honraria outorgada pela UFPB a seus
docentes, sendo que o outro título, o de “Professor Honoris Causa” é concedido a pessoas não pertencentes a seu
professorado.
PRÊMIOS NA ACADEMIA
BRASILEIRA
A
Profa. Dra. Elizabeth Figueiredo Agra Marinheiro (mais conhecida como
Elizabeth Marinheiro ou Betinha
Marinheiro) é escritora, crítica literária e docente de Literatura, Teoria da
Literatura e disciplinas conexas. Este último sobrenome, o de Marinheiro, lhe
adveio do casamento com o médico João Marinheiro, falecido em 2006, conforme se
lê na Wikipédia luso-brasileira.
Segundo
ainda a Wikipédia, recebeu ela influências literárias de autores como Machado
de Assis, Shakespeare, Gabriel García Márquez e muitos outros autores, dentre
os clássicos e os modernos.
Nascida
em 1937, na cidade de Campina Grande, interior paraibano, a Profa. Dra.
Elizabeth Marinheiro recebeu da Academia Brasileira de Letras duas distinções
principais:
1)
em 1979, o Prêmio "José Veríssimo", com seu ensaio crítico A Bagaceira: uma estética da sociologia;
e
2)
em 1983, o Prêmio "Sílvio Romero", com o ensaio Vozes de uma voz.
PÓS-DOUTORADA ATÉ
NA ESPANHA
Aquela
que é hoje professora titular de Teoria Literária da Universidade Federal da
Paraíba, bacharelou-se em Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia de
Recife (PE) e licenciou-se na mesma disciplina pela Universidade Federal de
Campina Grande.
Mas
tem várias pós-graduações em Letras, Linguística e Literatura, entre outras
especialidades. Para além de ser Doutora em Letras, é igualmente pós-doutorada
em Literaturas e Línguas do Centro Ibero-Americano de Cooperación, de Madri,
Espanha.
NO BRASIL E NO
EXTERIOR
De
seu currículo, consta ainda a participação, como membro, do Conselho Nacional
de Política Cultural.
Atuou
ainda como Professor Visitante do Centro de Estudos Semióticos e Literários da
Universidade do Porto, Portugal, e como Professora convidada pelo King's
College da Universidade de Londres para ministrar importante Seminário sobre as
principais tendências da Literatura do Nordeste atual e, principalmente, sobre
a influência do cordel na Literatura brasileira.
FUNDADORA DO NELL
Já
no London Insitute of Education, ministrou, também como professora convidada,
um Seminário sobre Cultura contemporânea no Nordeste do Brasil. Trabalhou,
igualmente, como Professor Associado no Departamento de Português da
Universidade de Rennes II (Alta Bretanha, França).
Na
UFPB, além de haver fundado o NELL – Núcleo de Estudos Linguísticos e
Literários, depois de grande luta, enfrentando grandes óbices dentro e fora do
contexto universitário (no Reitorado do professor Berilo Ramos Borba, que a
ajudou), a Profa. Dra. Elizabeth Marinheiro teve papel importantíssimo em
várias outras atividades universitárias, mesmo porque logo se tornaria uma das
mais conhecidas personalidades culturais do país, recebendo prêmios até da
Academia Brasileira de Letras.
Outras das muitas entidades principais
também criadas pela Dra. Elizabeth, em Campina Grande:
1) a FACMA (Fundação Artístico-Cultural
“Manuel Bandeira”;
2) a Associação Brasileira de Semiótica
da Paraíba;
3) a I Seccional (campinense) do Clube
PEN (Pensamento/Estudo/Nacionalidade), que ainda preside;
4) os célebres Congressos Brasileiros
de Teoria e Crítica Literária, que transformaram Campina Grande na Meca de
intelectuais de todo o Brasil e de várias partes do Mundo.
ALGUNS LIVROS DE
ELIZABETH
É a Dra. Elizabeth autora, entre outras obras, dos seguintes livros, muitos deles consagrados
ensaios de Crítica Literária:
*A intertextualidade das formas simples
(aplicada ao Romance d'a Pedra do Reino,
de Ariano Suassuna), Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul, 1977 (184 páginas);
*A
Bagaceira: uma estética da sociologia
(Volume 4 de Coleção Sanhauá, Editora Universitária da UFPB, 1979, 137 páginas);
*Prévio dicionário biobibliográfico do autor
da Microrregião do Agreste da Borborema (Edição do NELL - Núcleo de Estudos
Linguísticos e Literários da Universidade Federal da Paraíba, 1982, 223
páginas);
*Vozes de uma voz (Edições Tempo
Brasileiro, 1982, 84 páginas);
*O compromisso do escritor (em coautoria
com Edilberto Coutinho; volume 4 de Coleção "Discursos acadêmicos", A
União Companhia Editora, 1983, 115 páginas);
*Leituras, antes e agora - corpus paraibano: leituras universitárias, leituras
de sabor e ressonância, leituras em fragmento (Centro Gráfico do Senado
Federal, Brasília, 1988, 125 páginas);
*O ser e o fazer na obra ficcional de Lins do
Rego: dicionário dos personagens (em coautoria com o professor Milton
Marques Júnior, Editora FUNESC, João Pessoa, 1990);
*O ser e o fazer na ficção de Gama e Melo:
dicionário dos personagens (obra em coautoria com Edilson Amorim, Editora
José Olympio, Rio de Janeiro, 1991);
*Atlas cultural da Paraíba - volume 1
(Editora Ideia, João Pessoa, 1994);
*O vaivém dos discursos ou de nobres a
plebeus (1999);
*Descompromisso crítico e minimalismo
multicultural (2007);
*Tessituras do eu x: fortuna crítica II (Editora
Imprimatur, 2010 - ISBN 8560439153 e
9788560439157, 171 páginas);
ELIZABETH NA APL E
NA ABL
Em
2 de maio de 1980, a Dra. Elizabeth tomou posse na Academia Paraibana de
Letras, sobre o que publicou artigo, em 2010, no número 24 da Revista da Academia Brasileira de Letras.
Foi, aliás, a primeira mulher a ocupar uma cátedra na APL.
Em
8 de maio de 2001, a intelectual campinense leu, na Academia Brasileira de
Letras, sua conferência intitulada "Lins do Rego: Um desafio
teórico", disponível on line, no
site da ABL.
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A Dra. Celeide Farias também foi levar seu júbilo à amiga Elizabeth Marinheiro, que recebia tão elevada láurea acadêmica. [Clique na foto para ampliá-la]
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Dentre os presentes à sessão solene no auditório da Reitoria da UFPB, as Dras. Berenice Lopes, Laudiceia Aguiar e Célia de Farias. [Clique na foto para ampliá-la]
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Uma das filhas da Dra. Elizabeth, a Sra. Lizanka — e a neta da homenageada, a adolescente Maria Eduarda (flagrante de Celia de Freitas). [Clique na foto para ampliá-la]
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As Dras. Lizanka Marinheiro e Célia de Farias (foto de Carlos Alberto Xapeu, o "Chapéu"). [Clique na foto para ampliá-la]
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A Dra. Elizabeth Marinheiro, ladeada pelas Dras. Eliane Carlos Freire e Vera Figueiredo Fernandes (foto de Carlos Alberto Xapeu, o "Chapéu"). [Clique na foto para ampliá-la]
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A mesma Dra. Liliane Almeida com a Dra. Elizabeth Marinheiro, desta vez em instantâneo de autoria do famoso fotógrafo campinense Carlos Alberto Xapeu, o "Chapéu". [Clique na foto para ampliá-la]
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Tulenka Paola Marinheiro (filha), Maria Eduarda (neta), a Dra. Elizabeth Marinheiro (mãe e avó) e Lizanka Marinheiro (também filha). [Clique na foto para ampliá-la]
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A escritora, memorialista e historiadora Lourdinha Luna, ao lado do professor recém-eleito para a Academia Paraibana de Letras, o Dr. José Maria da Silva Branco. [Clique na foto para ampliá-la]
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A Profa. Dra. Elizabeth Marinheiro com a amiga Célia de Farias, uma de suas principais colaboradoras nas atividades culturais de Campina Grande. [Clique na foto para ampliá-la]
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A Profa. Dra. Elizabeth Marinheiro abraça a escritora, memorialista e historiadora Maria de Lourdes Luna, outra intelectual que foi prestigiar a amiga. [Clique na foto para ampliá-la]
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O Dr. Bruno Cunha Lima — neto do Dr. Ivandro Cunha Lima e representando a família — foi levar seus parabéns à nova Professora Emérita da UFPB. [Clique na foto para ampliá-la]
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A idealizadora do NELL, Elizabeth Marinheiro, com o Dr. Berilo Ramos Borba, que, quando Reitor da UFPB, assinou o ato criando esse Núcleo de Estudos Linguísticos e Literários, no então campus 2 da Universidade, em Campina Grande. [Clique na foto para ampliá-la]
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Durante o coquetel que se seguiu, as Dras. Berenice Lopes e Celeide Farias conversam com a Dra. Elizabeth Marinheiro, no hall do auditório da Reitoria da UFPB. [Clique na foto para ampliá-la]
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As pessoas que integravam a comitiva campinense em João Pessoa fizeram questão de posar com a homenageada, para fotos bem a capricho. [Clique na foto para ampliá-la]
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Outro grupo de amigos e amigas em pose especial para a posteridade. [Clique na foto para ampliá-la]
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CELEIDE, EVANDRO E MÍLTON FERREIRA DE PAIVA
A Dra. Celeide Farias, esposa do Dr. Leidson Farias, conhecido advogado campinense, conversa com o escritor, jornalista e editor Evandro da Nóbrega, amigo e admirador de seu marido, além de haver sido grande amigo de um irmão dele, o saudoso médico Lindbergh Farias, "o homem que mais lia na Paraíba", na frase do próprio Evandro. A Dra. Celeide será a oradora principal nas homenagens que vão ser prestadas, na Rainha da Borborema, na segunda-feira, 25 de maio de 2015, à memória do saudoso professor Mílton Ferreira de Paiva, primeiro diretor do Colégio Estadual do Bairro do Prata, na cidade serrana, e que chegou a Reitor da UFPB, onde Evandro foi um de seus alunos de Linguística e Filologia, entre outras disciplinas, além de seu assessor na Reitoria. Ainda na foto, em segundo plano, o Dr. Bruno Cunha Lima. [Clique na foto para ampliá-la]
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A Reitora Margareth de Fátima Formiga Melo Diniz, que não pôde comparecer à solenidade de outorga do título, sendo substituída na cerimônia pelo vice-reitor Eduardo Rabenhorst. [Clique na foto para ampliá-la]
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ÍNTEGRA
DO DISCURSO DO
PROF.
DR. MÍLTON MARQUES JÚNIOR
SAUDANDO
A NOVA MAGISTRA EMERITA
Saudação a Elizabeth Marinheiro
Este é um momento que defino como inefável,
pois não encontro palavras para descrever a emoção em que me acho e a beleza de
que a ocasião se reveste. Jamais poderia imaginar que o garoto tímido,
recém-entrado no curso de Letras desta universidade, cursando Teoria da
Literatura com a já famosa Elizabeth Marinheiro, pudesse, um dia estar solenemente
prestando-lhe uma homenagem pelo merecido título de Professora Emérita. Magistra Emerita.
Permita-me a professora doutora Elizabeth
Figueiredo Agra Marinheiro dizer-lhe que ter sido seu aluno, logo no início do
curso, contribuiu para que eu me definisse. A partir daquele momento, a língua
francesa, que me motivara entrar no curso de Letras seria para mim não a
finalidade do curso, mas um dos instrumentos valiosíssimos e imprescindíveis
para a leitura do texto literário, cujas primeiras lições vieram por suas mãos.
Sinto-me, ainda hoje e especialmente neste instante, como seu discípulo, que
nunca teve a angústia de querer suplantar a mestra, mas de querer ser para ela
um motivo de orgulho.
Durante os muitos anos de convivência, como
aluno, como colega de departamento e como amigo, o meu aprendizado foi
constante. E não digo isto porque é praxe dizer, afinal de contas panegírico
sem elogio é afronta. Afirmo porque a sua vida acadêmica é marcada pela competência, pela realização, pelo envolvimento e pelo compromisso com o saber.
Sua vida acadêmica é exemplo. E a prova maior é o fato de que, mesmo aposentada
desta Universidade e da UEPB, a professora Elizabeth Marinheiro continua promovendo
sessões, encontros e debates literário-culturais, continua sendo requisitada
pelas universidades do país e da Europa. É este exemplo que guardo e sempre
trago comigo.
Muitos são os feitos realizados pela
Professora Elizabeth Marinheiro. Da criação de cursos na graduação e na
pós-graduação à criação de um Núcleo de Estudos Linguísticos e Literários, que
se transformaria em um departamento de curso universitário; muitos foram os prêmios
e muitos os livros publicados, além da realização dos monumentais Congressos de
Teoria e Crítica Literária de Campina Grande, que não apenas lançou muitos
críticos, hoje famosos, como também trouxe à Paraíba nomes importantes, de peso
no cenário literário nacional e internacional.
Posso dizer que a sua atitude, Magistra Emerita, foi apostólica, atitude
de uma verdadeira evangelizadora da Teoria e da Crítica Literárias acadêmicas
no país.
Foi através de seus estudos que a UFPB foi
sendo apresentada a Erich Auerbach, André Jolles, Tzvetan Todorov, Julia
Kristeva, Lucien Goldmann, Gyorgy Lukács, Roland Barthes, Austin Warren, René
Wellek e tantos outros críticos e teóricos, que mudariam radicalmente a
abordagem do fenômeno literário, alçando-o do rés do chão do impressionismo ao
patamar de ciência.
Esta universidade, particularmente, pode,
pois, orgulhar-se dos serviços prestados pela Professora Doutora Elizabeth
Marinheiro. Nos idos dos anos 70, a
Universidade Federal da Paraíba era a primeira universidade do Nordeste a
proporcionar a capacitação docente stricto
sensu, tendo a nossa Magistra Emerita
como uma das fundadoras do Mestrado em Letras, hoje um consolidado Programa de
Pós-Graduação em Letras, que inclui o doutorado.
O seu percurso sempre cheio de percalços,
por motivos vários, já foi saudado por vários nomes ilustres como o do escritor
José Louzeiro, que a chamou “uma artista da palavra” e soube pontuar como
ninguém a sua persistência e competência acadêmicas. Diz o escritor:
“Elizabeth Marinheiro firmou seu nome numa
época em que, para uma mulher, desejar ser crítica literária era verdadeiro
atrevimento, pois essa elevada função cabia unicamente aos homens, em geral
ocupando as colunas dos importantes suplementos literários, nos grandes jornais
do Rio de Janeiro e de São Paulo".
Este reconhecimento só se tornou possível
pelo fato de que a professora Elizabeth Marinheiro nunca se acomodou, sempre
tendo adotado uma postura combativa, sempre buscando fazer, quando tantos
outros procuravam, e ainda procuram, a comodidade dos cargos, em lugar da nobre
tarefa dos encargos.
É com justiça, que o mesmo José Louzeiro
lhe reivindica a entrada na Academia Brasileira de Letras, pois, continua o
escritor, "Elizabeth não veio ao mundo só para 'presenciar' – como era
comum acontecer com a mulher, até fins do século passado – mas também, para
atuar, de igual para igual, com os mais competentes críticos da ficção nacional
e estrangeira".
Enfim, "motor que transmite
entusiasmo, que organiza, que impulsiona", no dizer de Jorge Amado, a
professora Elizabeth Marinheiro é o exemplo da combatividade que engrandece e
dignifica, justificando a outorga de tão importante título que ora esta UFPB
lhe confere.
O poeta latino Marcial, que viveu na
segunda metade do século I depois de Cristo, abre o seu primeiro livro de
epigramas com estes versos:
Hic est quem legis ille, quem requīris,
toto notus
in orbe Martialis
argutis epigrammăton
libellis:
cui, lector studiōse, quod dedisti
uiuenti decus atque sentienti,
rari post
cinĕres habent poetae.
Este
que lês, que procuras, é aquele
Marcial, conhecido em todo o orbe
pelos
seus falantes livrinhos de epigramas:
a
quem deste, leitor dedicado,
ainda
vivendo e sentindo, uma honra
que
possuem raros poetas após a morte.
Esta, senhoras e senhores, que vos
apresento, é a Magistra Emerita,
professora doutora Elizabeth Marinheiro, conhecida no orbe acadêmico, pelos
seus saberes, a quem concedemos, emocionados, esta honra que raros professores
possuem em vida. Muito Obrigado. [João Pessoa, 14/05/2015]
________________
ALGUMAS FOTOS SELECIONADAS, PARA O LEITOR
CONHECER MAIS DE PERTO O PROF. DR. MÍLTON
MARQUES JÚNIOR, AUTOR DA SAUDAÇÃO ACIMA
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O Prof. Dr. Milton Marques Júnior com alunas, professoras e o docente, escritor, articulista e jurista Marcílio Franca. [Clique na foto para ampliá-la]
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Nesta foto de seu perfil no Facebook, vê-se o Prof. Dr. Milton Marques Júnior ao lado do computador com que trabalha em casa. [Clique na foto para ampliá-la]
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O Prof. Dr. Milton Marques Júnior com aluno/alunas de sua disciplina na Universidade Federal da Paraíba. [Clique na foto para ampliá-la]
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O mesmo professor numa das companhias que ele mais aprecia: os livros. [Clique na foto para ampliá-la]
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Mílton Marques Júnior: Vocês ainda lerão muitos artigos, prefácios, introduções, apresentações ensaios e livros dele. [Clique na foto para ampliá-la]
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FINIS
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