Wednesday, September 16, 2015

ELEIÇÕES EM CURSO NA ACADEMIA PARAIBANA DE LETRAS



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O escritor, jornalista, editor e historiador Evandro da Nóbrega, autor das respostas aqui publicadas. [Por favor, clique na foto para ampliá-la]
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A chamada de Primeira Página no jornal A União de 16 de setembro de 2015. [Por favor, clique na foto para ampliá-la]
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RESPOSTAS DE EVANDRO DA NÓBREGA AO QUESTIONÁRIO DE CINCO PERGUNTAS, ELABORADAS PELO JORNALISTA WALTER GALVÃO, EDITOR-GERAL DO JORNAL A UNIÃO, EM TORNO DA DISPUTA PELA CADEIRA NÚMERO 12 NA ACADEMIA PARAIBANA DE LETRAS

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Aspecto geral da Página 5 (ou capa do Segundo Caderno) da edição de hoje [16-09-2015] do jornal A União, com a entrevista dupla concedida pelos dois candidatos à Cadeira número 12 da APL. [Por favor, clique na foto para ampliá-la]
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WALTER GALVÃO — Por que a aspiração à imortalidade acadêmica?

EVANDRO DA NÓBREGA — Não por vaidade, mas unicamente para ajudar os que lá já se encontram a divulgar cada vez mais as Ciências, Letras e Artes da Paraíba. Podia ter ingressado na APL desde a década de 1980. Por ser superocupado, deixei de concorrer, por várias vezes. Agora que estou aposentado de O Norte, após 42 anos de batente; da UFPB, por 39 anos; e do TJPB, de 1965 passim 2015; e, mesmo porque em janeiro próximo farei 70 anos de idade, o que, ao contrário do que ocorre com outros, reduz minhas possibilidades de concorrer futuramente. Assim, submeti meu nome, humildemente, aos ilustres Senhores Acadêmicos. A decisão — livre e soberana, democrática e espontânea, digna e infensa a pressões — cabe tão somente aos Imortais da Academia, a essa elite de homens e mulheres que constituem a nata de nossa intelectualidade, a expressão máxima de nossa inteligência.

WG — Como através da Academia é possível valorizar mais a cultura paraibana?

EdN — O profeta mitológico Proteu vaticinou o futuro de Menelau, rei de Esparta: "Não haverás de morrer na Argos dos belos pastos e cavalos; os Imortais haverão de te transportar até os Campos Elísios, o lugar acima do Mundo; e, ali, terás Helena para ti e serás considerado da família de Zeus"... Caso seja eu eleito para a APL, não gozarei essa boa vida pressagiada para Menelau. Bem ao contrário: o que me espera é mais trabalho! Ainda bem que me acostumei a mourejar, já que pretendo reunir minha experiência aos esforços dos demais acadêmicos, a fim de ajudá-los a realizar projetos importantes, de renovação física e espiritual da Casa de Coriolano de Medeiros. Pode-se, por exemplo, entre outras coisas, digitalizar seu riquíssimo acervo; abrir novo Portal da APL, com biografias, fotos e trabalhos dos "imortais", dos mais antigos aos mais recentes; divulgar maciçamente as realizações da Academia e de seus acadêmicos junto ao grande público, integrando-se cada vez mais a APL à vida paraibana. O povo, ao contrário do que se pode pensar, gosta da Academia e admira os acadêmicos. E, se não é possível trazer todo o povo à APL, levemos a APL ao povo.


WG — Que valores culturais merecem atenção especial da sociedade?


EdN — Antes de tudo, a Educação. Sem ela, não se faz um país. Assentadas as bases educacionais, então que se valorizem, efetivamente, tanto as Ciências quanto as Letras e as Artes. Sem a Educação, base de tudo, não se pode desenvolver uma Economia sólida, ambiência favorável ao desabrochar de matemáticos, cientistas, escritores, poetas, artistas plásticos, pesquisadores e muitos outros especialistas intelectuais e práticos. Deve-se apoiar o jovem escritor, na Capital e no Interior, valorizando tanto autores em Prosa quanto os cultores da Poesia. Com Valéry e Nemerov, aprendi a valorizar as duas instâncias da escrita: a Prosa (“que anda”) e a poesia (“que dança”), já que originariamente "prosus" significava "seguir em linha reta", ao passo que "versus" queria dizer "retornar”... Se Você estimula esses jovens criadores, diversificará também as temáticas da Literatura paraibana, riquíssima desde seus primórdios.


WG — Quais os principais problemas que a sociedade brasileira enfrenta atualmente?

EdN — Eles afetam quatro áreas vitais, onde reina o descalabro: 1) Educação, base principal de qualquer Sociedade que se preze; 2) Saúde, com a quase total ausência de políticas públicas efetivas; 3) Segurança Pública, num inadmissível quadro de violência urbana, com laivos de guerra civil; e 4) a corrupção endêmica, que perpassa todo o tecido social, com a cúpula dando mau exemplo à base. Mas há luz no fim do túnel: outros países avançados passaram por tal fase e a venceram; e, apesar de tudo, as instituições democráticas se consolidam, o que traz otimismo quanto ao futuro.

WG — Como você analisa as transformações sociais resultantes  da passagem da sociedade moderna industrial para a sociedade do conhecimento conectada à rede mundial de computadores?

EdN — Na Sociedade do Conhecimento, não há retorno possível a um antigo status quo. Haverá sempre maior inclusão digital. Um dos resultados disto tende a ser a ampliação da democracia: é impossível impor regras autoritárias a um grande número de pessoas conectadas pelas redes sociais. Isto significa também ampla disseminação do Saber. E pessoas bem informadas aprendem a lutar pelo que é melhor para si mesmas, para a família, o grupo, o país, a cidade. Não devem ser temidas as fundas transformações sociais propiciadas pela Tecnologia da Informação: O Homem não se coloca problemas que não possa resolver. E são infinitas as possibilidades de uma Sociedade informacional globalizada, mas organizada.

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O saudoso historiador, escritor e acadêmico Wellington Aguiar, cuja vaga na Cadeira número 12 da APL está sendo disputada no corrente pleito. [Por favor, clique na foto para ampliá-la]
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O Editor-Geral de A União, jornalista, poeta, escritor, escritor e ensaísta Walter Galvão, que elaborou o questionário e publicou as respostas dos dois entrevistados. [Por favor, clique na foto para ampliá-la]
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O cronista, escritor e jornalista Abelardo Jurema Filho, um dos dois candidatos, em segundo turno, nas atuais eleições que ora se processam na Academia Paraibana de Letras para o preenchimento da Cadeira número 12, deixada vaga pelo falecimento do saudoso historiador Wellington Aguiar. [Por favor, clique na foto para ampliá-la]
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RESPOSTAS DO JORNALISTA, ESCRITOR
E CRONISTA ABELARDO JUREMA FILHO

Não dispomos do texto digitalizado das respostas dadas pelo cronista, escritor e jornalista Abelardo Jurema Filho ao questionário elaborado pelo jornalista Walter Galvão — e, por isto, elas não são reproduzidas aqui. Se o principal interessado, nosso particular amigo Abelardo, enviar o texto, claro que também iremos publicá-lo, na íntegra, de todo bom grado.

Mas tais respostas podem ser facilmente encontradas no URL contido no link abaixo:


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