Saturday, December 17, 2005

INVENTADA A "CIBERLÍNGUA", PARA A DEGUSTAÇÃO DE VARIEDADES DE CAFÉ


PARA QUEM VIVE DIZENDO QUE "O HOMEM NÃO TEM MAIS O QUE INVENTAR E AÍ INVENTA O(A)..."

COM VOCÊS, A CIBERLÍNGUA, PARA A DEGUSTAÇÃO AUTOMÁTICA DE VARIEDADES DE CAFÉ

"Língua eletrônica" estará no mercado em 2006

A primeira versão a ser explorada é para avaliação de sabores do cafezinho brasileiro


Após seis anos de pesquisa e gastos de mais de R$ 2
milhões, a ciberlíngua, mais conhecida como Língua Eletrônica, deverá estar no mercado no primeiro semestre de 2006,
pronta para avaliar o famoso cafezinho, que seduz todos os povos.


O primeiro passo para isso será dado [N. do E.: já foi dado, portanto] no dia 2 de dezembro, às 9h30, quando a responsável pelo desenvolvimento do sensor, a Embrapa
Instrumentação Agropecuária, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, assinará com a BRSensor, uma empresa privada de São Carlos, interior de São Paulo, a transferência da tecnologia. O aparelho que cabe na palma da mão é mais um invento brasileiro que promete revolucionar o método de degustação de bebidas.

Os recursos para o desenvolvimento da Língua foram oriundos das agências de fomento Fapesp, CNPq, ABIC e Embrapa Instrumentação Agropecuária.

A novidade vai mexer com o setor, mas não colocará em risco o emprego dos degustatores de bebidas, avisa o pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso, coordenador do projeto que deu origem ao sensor, e um dos maiores especialistas no Brasil em plásticos que conduzem eletricidade, também conhecidos por polímeros condutores, base da Língua Eletrônica. Para ele, que atualmente está nos Estados Unidos, a tecnologia representa um avanço no controle de qualidade, porque permite com rapidez, precisão, simplicidade e a um custo baixo, avaliar o paladar de café, vinho, leite e outras bebidas, além de verificar a qualidade da água.

Segundo o diretor-proprietário da BRSensor, Gustavo Figueira de Paula, este momento representa a realização de um sonho de adolescência. “Eu sempre quis trabalhar com Ciência e Tecnologia e estudar os polímeros condutores” diz o mestre em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos. O futuro empresário comenta que a possibilidade de ter seu próprio negócio é um caminho para quem deixa a academia e encontra dificuldade para inserção no mercado de trabalho, embora afirme que no seu caso, ser empreendedor é um desejo antigo.

O presidente da maior cooperativa de café do mundo, a Cooxupé, no Sul de Minas Gerais, Isaac Ribeiro Ferreira Leite, aponta a Língua Eletrônica como “uma tecnologia
inovadora e fantástica, um trabalho científico excelente, muito promissor e uma ferramenta de grande valor para a degustação, classificação e avaliação da qualidade de vários tipos de cafés”. Com um volume de exportação acima de um milhão de sacas por ano, a cooperativa chega, em período de safra, a fazer a degustação de 2.500 taças de café diariamente. Portanto, três erros seguidos na avaliação de uma carga para exportação pode quebrar a empresa, alerta um dos quatro degustadores da Cooxupé, Nelson Almera Coelho, para quem a Língua Eletrônica será um auxiliar indispensável na avaliação sensorial, tanto do café como de qualquer outra bebida. A empresa é uma das interessadas em usar o aparelho.

O projeto foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Física de São Carlos da USP, Escola Politécnica da Engenharia Elétrica da USP, Instituto de Ciências
Matemáticas e de Computação da USP São Carlos e com o professor Alan G. MacDiarmid (Nobel de Química de 2000) da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, que continua sendo um dos maiores especialistas do mundo em polímeros condutores.


Informações: Embrapa Instrumentação Agropecuária
Data: 02-12-2005 - Fonte: Embrapa

CUIDADO: JÁ EXISTE PELO MENOS OUTRA "CIBERLÍNGUA"
(E NÁO É PARA DEGUSTAÇÃO)



Sei não, mas os inventores/patrocinadores dessa ciberlíngua (cybertongue?) deveriam achar outro nome para a invenção. Porque já existe uma ciberlíngua (na verdade, ciberlingua, sem acento no i) e os "donos" podem reclamar precedência de uso, direitos autorais etc. Mas não se trata de uma "língua" artificial para a degustação de nada. Envolve, isto sim, uma língua viva, um idioma usado diariamente, entre o Norte de Portugal e Noroeste da Espanha, na fronteira dos dois países e suas imediações, inclusive em Santiago de Compostela e nos municípios (concellos) de Ferrol, Pontevedra, Vigo, Ribadeo, Cambre, Oleiros, Betanzos, Carballo, Ames, La Coruña, Lugo e outras localidades arroladas pela Asociación Socio-Pedagóxica Galega e pela Confederación Intersindical Galega-Ensino.

Como se vê no URL www.ciberlingua.org/quee.htm, o ciberlingua é (e desculpem a mais ou menos citação em idioma galego, isto é, da Galiza, que não deve ser confundida com a Galícia): "un proxecto dinamizador que tende unha ponte entre a comunidade escolar e a lingua galega a través da rede, achegando as potencialidades educativas das tecnoloxías da información e da comunicación (TIC) nas que é cada día máis necesario termos unha voz galega e en galego.
Ciberlingua é froito da suma de esforzos e vontades de varios concellos e asociacións e ten vocación de medre: das cinco localidades onde se realizou a primeira edición (2001-2002), esténdese no curso 2003-2004 a catorce puntos da nosa xeografía e á participación de trece entidades. A mesma liña de crecemento tamén se traduce na variedade de propostas de actividades e contidos que ano a ano van contribuíndo a formar unha masa crítica de usuarios/as da rede en galego". E por aí vai.

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Evandro da Nóbrega [Druzz],
escritor, jornalista, editor técnico & literário
evandro.da.nobrega@gmail.com.br

A.K.A.
Evandrus Anovrecensis,
"... ad radices castro Anofrice apud Galicia..."
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